domingo, 20 de novembro de 2011

Portugal 6 – Herdade dos Grous, um enólogo que já construiu 15 vinícolas


Enólogo Luis Duarte já construiu 15 vinícolas no Alentejo






Uma oliveira de 500 anos
Fotos DU/JN
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Se o vinho do Alentejo tem um nome a venerar é o do enólogo Luis Duarte, atualmente enólogo da Herdade dos Grous, em Albernôa, no Alentejo, e consultor de outras várias vinícolas, além de possuir um empreendimento próprio, onde produz 500 mil garrafas. Desde que começou a trabalhar com vinhos, Duarte já construiu 15 adegas, dando um impulso formidável ao “novo vinho alentejano”.
A Herdade dos Grous, também um complexo de hotelaria e turismo, além da criação de gado alentejano, porco preto, ovelhas e cavalos lusitanos, produção de vinho e azeite (há oliveiras com 500/600 anos, ainda produzindo), pertence a uma família alemã, Pohl, que possui, nada mais, nada menos, do que 153 companhias, muitas multinacionais, que operam nos mais diferentes segmentos industriais e empresáriais, inclusive, em hotelaria e bancos. É a sexta família mais rica da Europa, comandada por Reinfried Pohl. O Grupo se chama Vila Vita e possui um dos melhores hotéis do Algarve, numa área de 22 ha, com 11 restaurantes. Está construindo outro complexo, este no Alentejo, com três hotéis e campos de golfe, a cinco quilômetros da Herdade dos Grous. O objetivo éligar a hotelaria com o vinho, cuja produção começou em 2004, com a construção da adega, instalada entre 102 hectares de vinhedos, sendo 80% de uvas tintas e 20% de brancas. Um detalhe: na herdade, tudo é biológico, as uvas, as oliveiras, o gado, as ovelhas, os porcos e até a criação de cavalos. A herdade possui 24 quartos para receber hóspedes e muitas vezes recebe as cegonhas (os grous) que lá vão fazer seus ninhos.
Grous é uma ave (cegonha) que faz seu ninho naquela região, especialmente nos 700 hectares da herdade, onde são plantadas as castas aragonez, alicante bouschet, tinta miúda, touriga nacional, syrah, carmenère, cabernet sauvignon, nebbiolo, Antão Vaz, arinto, roupeiro , alvarinho, viognier, semillon e petit manteli, entre outras. Esta última permite produzir um vinho de sobremesa onde a podridão nobre (Botrytis cinerea) é criada artificialmente com as aspersão de água sobre a vinha.
A primeira vindima da Herdade dos Grous ocorreu em 2004 e a vinícola já saiu ganhando prêmios. Foi o melhor vinho tinto do Alentejo naquele ano, no segundo, no terceiro e no quarto. Hoje, produz 400 mil garrafas e fatura E 3 milhões (R$ 7 milhões) com o vinho, E 1 milhão (R$ 2,39 milhões) com o turismo e E 400 mil (R$ 956 mil) com os cavalos. Neste ano, segundo outro enólogo da herdade, Pedro Ribeiro, a safra de uvas foi 20% menor, mas a qualidade foi boa, apesar de alguma chuva.De acordo com Luis Duarte, as principáis exportações de vinhos são para Alemanha, Suiça, Brasil e Angola. O Brasil é o terceiro importador da Herdade dos Grous.

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