domingo, 20 de novembro de 2011
Portugal 5 – Vinho e arte, grandes ursos e mulheres grandes
As grandes mulheres também alegram os recantos da quinta: The Graces
Os grandes ursos espalhados pelos jardins
Karl Heinz Stock, magnata alemão, dono da Quinta dos Vales
Erhard Braun, administrador da Quinta dos Vales
Fotos DU/JN
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A visita seguinte foi à Quinta dos Vales, em Estômbar, perto de Carvoeiro, em Lagoa, no centro do Algarve. O alemão Erhard Braun, que fala bem português, nos recebeu com o espumante Marquês dos Vales, elaborado 100% com uva castelão, pelo método champenoise, muito seco, lançado há pouco tempo pela vinícola, que é de propriedade do magnata alemão Karl Heinz Stock, com grandes negócios na Alemanha e na Russia, amante das artes, que transformou a propriedade num centro de arte, enchendo seus pátios e alamedas com grandes esculturas de ursos, mulheres gordas, à Bottero, e outras obras, criadas por 30 artistas sob a supervisão dele. Karl vem periodicamente a Portugal e tivemos a sorte de encontrá-lo na quinta, dia 7 de novembro.
A área da propriedade é maior – também se plantam frutas -, mas 50 hectares são dedicados às uvas petit verdot, cabernet sauvignon, syrah, alicante bouschet, touriga nacional, arinto, siria, alvarinho, viognier, Antão Vaz e outras, algumas já com 14 anos. A produção é de 100 mil litros/ano. Como a Herdade do Rocim, faz parte do rol das novas vinícolas portuguesas, pois seu primeiro vinho é de 2008. Exporta para Brasil, Africa, China, Holanda e, segundo Braun, pretende aumentar suas vendas ao Brasil, embora “as taxas para entrar no país sejam muito altas”.
Nosso segundo vinho, na degustação coordenada por Braun, foi um Marquês do Vale Rosé Primeira Seleção 2010, preparado, também, com uva castelão, macerada entre 12º e 14º. Muito seco, 12,50º, com forte aroma de framboesa e morango, bastante frutado. Depois, fomos para um Marquês do Vale Primeira Seleção 2010, branco, 12,50º, um vinho jovem para ser bebido no ano, elaborado com 100% castelão, bastante seco, mas fácil de beber, não exige comida.
O quarto vinho foi o Marquês dos Vales Grace 2010, o vinho das Graças, homenagem às gordas estátuas que enfeitam a quinta, elaborado com siria, malvasia fina e arinto, bastante seco. Braun fez questão de ressaltar que todas as uvas são colhidas à mão e que os preços dos vinhos oscilam entre E 6,90 (R$ 16,49) e E 11,18 (R$ 26,70), os brancos, e E 16,90 (R$ 40,39) os tintos. A produção dos vinhedos fica entre 5 e 6 t/ha.
O vinho seguinte foi um Marquês dos Vales Selécta 2009, elaborado com trincadeira, aragonêz e castelão, que passou 12 meses em barricas de carvalho francês, lançado em outubro deste ano. Forte, pesado, ideal para acompanhar carnes e peixes ou, como adoram os portugueses, uma sardinha grelhada. Lembrei-me dos tempos em que comia sardinhas na brasa e bebia muito vinho pesadão, na Mouraria, em Lisboa, em companhia do suadoso jornalista Clóvis Ott e da Sônia Renner. É um vinho que daqui a cinco anos estará muito bom.
Seguiu-se um Marques dos Vales Grace 2007, primeira colheita de uvas aragonez (25%), cabernet sauvignon (50%) e castelão (25%), com 18 meses em barris de carvalho francês, com 13.50º de álcool. Depois, um Marquês dos Vales Grace Touriga Nacional 2009, com 13º, 100% touriga nacional, mais concentrado, pronto para beber, pois passou um ano e dois meses em barricas de carvalho novo francês. Achei que a madeira está forter, mas vai se acalmar. O Grace Touriga Nacional 2008 foi considerado o melhor do país naquela casta.
O jantar não foi na Quinta dos Vales porque, embora tenha instalações hoteleiras para receber turistas e realizar concertos, provas de vinhos, eventos e até casamentos, só oferece café da manhã. Fomos jantar no restaurante Barradas, em Lagoa. No dia seguinte, pela manhã cedo, encontramos Karl Heinz Stock, que chegou à quinta em seu Porsche, e nos saudou com simpatia, enquanto Braun nos mostrava as modernas cubas tronco-cõnicas de aço inoxidável trazidas da Itália. Stock é um magnata dos setores dos combustíveis e dos empreendimentos imobiliários, na Alemanha e Russia, e resolveu morar no sul de Portugal. Tem paixão por escultura, o que explica as grandes peças que existem nos jardins da quinta.
Erhard Braun, administrador da Quinta dos Vales
Karl Heinz Stock, magnata alemão, dono da Quinta dos Vales
Os grandes ursos espalhados pelos jardins
As grandes mulheres também alegram os recantos da quinta
A visita seguinte foi à Quinta dos Vales, em Estômbar, perto de Carvoeiro, em Lagoa, no centro do Algarve. O alemão Erhard Braun, que fala bem português, nos recebeu com o espumante Marquês dos Vales, elaborado 100% com uva castelão, pelo método champenoise, muito seco, lançado há pouco tempo pela vinícola, que é de propriedade do magnata alemão Karl Heinz Stock, com grandes negócios na Alemanha e na Russia, amante das artes, que transformou a propriedade num centro de arte, enchendo seus pátios e alamedas com grandes esculturas de ursos, mulheres gordas, à Bottero, e outras obras, criadas por 30 artistas sob a supervisão dele. Karl vem periodicamente a Portugal e tivemos a sorte de encontrá-lo na quinta, dia 7 de novembro.
A área da propriedade é maior – também se plantam frutas -, mas 50 hectares são dedicados às uvas petit verdot, cabernet sauvignon, syrah, alicante bouschet, touriga nacional, arinto, siria, alvarinho, viognier, Antão Vaz e outras, algumas já com 14 anos. A produção é de 100 mil litros/ano. Como a Herdade do Rocim, faz parte do rol das novas vinícolas portuguesas, pois seu primeiro vinho é de 2008. Exporta para Brasil, Africa, China, Holanda e, segundo Braun, pretende aumentar suas vendas ao Brasil, embora “as taxas para entrar no país sejam muito altas”.
Nosso segundo vinho, na degustação coordenada por Braun, foi um Marquês do Vale Rosé Primeira Seleção 2010, preparado, também, com uva castelão, macerada entre 12º e 14º. Muito seco, 12,50º, com forte aroma de framboesa e morango, bastante frutado. Depois, fomos para um Marquês do Vale Primeira Seleção 2010, branco, 12,50º, um vinho jovem para ser bebido no ano, elaborado com 100% castelão, bastante seco, mas fácil de beber, não exige comida.
O quarto vinho foi o Marquês dos Vales Grace 2010, o vinho das Graças, homenagem às gordas estátuas que enfeitam a quinta, elaborado com siria, malvasia fina e arinto, bastante seco. Braun fez questão de ressaltar que todas as uvas são colhidas à mão e que os preços dos vinhos oscilam entre E 6,90 (R$ 16,49) e E 11,18 (R$ 26,70), os brancos, e E 16,90 (R$ 40,39) os tintos. A produção dos vinhedos fica entre 5 e 6 t/ha.
O vinho seguinte foi um Marquês dos Vales Selécta 2009, elaborado com trincadeira, aragonêz e castelão, que passou 12 meses em barricas de carvalho francês, lançado em outubro deste ano. Forte, pesado, ideal para acompanhar carnes e peixes ou, como adoram os portugueses, uma sardinha grelhada. Lembrei-me dos tempos em que comia sardinhas na brasa e bebia muito vinho pesadão, na Mouraria, em Lisboa, em companhia do suadoso jornalista Clóvis Ott e da Sônia Renner. É um vinho que daqui a cinco anos estará muito bom.
Seguiu-se um Marques dos Vales Grace 2007, primeira colheita de uvas aragonez (25%), cabernet sauvignon (50%) e castelão (25%), com 18 meses em barris de carvalho francês, com 13.50º de álcool. Depois, um Marquês dos Vales Grace Touriga Nacional 2009, com 13º, 100% touriga nacional, mais concentrado, pronto para beber, pois passou um ano e dois meses em barricas de carvalho novo francês. Achei que a madeira está forter, mas vai se acalmar. O Grace Touriga Nacional 2008 foi considerado o melhor do país naquela casta.
O jantar não foi na Quinta dos Vales porque, embora tenha instalações hoteleiras para receber turistas e realizar concertos, provas de vinhos, eventos e até casamentos, só oferece café da manhã. Fomos jantar no restaurante Barradas, em Lagoa. No dia seguinte, pela manhã cedo, encontramos Karl Heinz Stock, que chegou à quinta em seu Porsche, e nos saudou com simpatia, enquanto Braun nos mostrava as modernas cubas tronco-cõnicas de aço inoxidável trazidas da Itália. Stock é um magnata dos setores dos combustíveis e dos empreendimentos imobiliários, na Alemanha e Russia, e resolveu morar no sul de Portugal. Tem paixão por escultura, o que explica as grandes peças que existem nos jardins da quinta.
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