terça-feira, 22 de novembro de 2011
Elogios ao tannat Rio Velho, elaborado em Rosário do Sul
Roberto Menezes tem sua cantina Rio Velho às margens do rio Santa Maria
Foto Arquivo JN
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Meu conterrâneo Paulo Roberto Menezes, o Alemão, que escolheu as margens do velho rio Santa Maria, em Rosário do Sul, para plantar uvas, deve estar muito satisfeito. Além da Associação dos Vinhos da Campanha Gaúcha, da qual ele participa, andar de vento em popa, seu tannat Rio Velho acaba de receber merecidos elogias do crítico de vinhos do Jornal da Noite, Olyr Corrêa, que fez uma degustação com amigos no Rio de Janeiro. Eis a correspondência que o Oly mandou a ele:
“Paulo
Ontem, 21 de novembro, provei o teu vinho junto com alguns amigos cariocas e mineiros.
Todos gostaram e, realmente, acharam que, pela primeira vez, bebiam um tannat que não era “rascante”. (Carioca gosta de vinho tinto, doce e sem taninos).
Pedra ume, segundo eles, é remédio para corte, não vinho.
De minha parte, gostei bastante e achei superior ao corte tannat/arinarnoa da uruguaia Giménez Méndes.
Mas não tome muito em consideração esta opinião, pois nesta quadra da vida desenvolvi uma implicância com cheiro de zorrilho, enxofre e gosto de carvalho acentuado no vinho.
Como o teu não apresentava nenhum desses cheiros, me agradou muito.
Não vou te dizer que reflete o “terroir de Ituzaingó”, pois é o primeiro daí que tomo (e não sei se há outros) porém o teu vinho é bastante singular.
Tomado inicialmente “à capella”, depois com um pernil de cordeiro assado e finalmente com carré (espinhaço) de cordeiro com trigo sarraceno apimentado com dedo-de-moça, saiu-se bem em todas, o que revela ser um excelente vinho de mesa (no bom sentido, de bebida para as refeições).
Já o outro extremo (de preços) da Campanha, o Bueno, abusava do que não gosto e revelou-se uma encarnação do Talento porém sem a acidez deste, o que o invalidou como vinho de “mesa”. Baunilha, chocolate, coco, e uma quantidade perceptível de SO2, fizeram-me enjoar do vinho já no segundo copo. Mas os outros presentes, diga-se a bem da verdade, gostaram e acharam superior ao teu, porém injustificável a relação preço x benefício de quase 7 x 1 (R$79 x R$11,90).
Um abraço e vá em frente, porque atrás virá gente!”
Olyr Corrêa
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