terça-feira, 1 de novembro de 2011
Miolo concretiza fusão de suas empresas
Darcy Miolo, em companhia de Galvão Bueno, viu sua pequena vinícola transformar-se em empresa mundial
DU/JN
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O Grupo Miolo concluiu a operação de fusão iniciada em outubro de 2009, a partir da aquisição conjunta da Vinícola Almadén com as famílias Randon e Lovara. A empresa anuncia a criação da Miolo Wines S/A, que será a controladora de todos os empreendimentos do grupo, reunindo participações das famílias Miolo, Randon e Benedetti/Tecchio.
A fusão torna o grupo mais forte e preparado para atender um mercado cada vez mais promissor, na medida em que o Brasil passa por um momento importante de crescimento econômico. Além disso, a fusão proporcionará uma maior penetração nos mercados internacionais (atualmente os produtos Miolo são exportados para mais de 30 países). Um dos objetivos é chegar em 2020 com 30% da produção destinada ao mercado internacional.
O grupo também se prepara para chegar em 2020 com faturamento anual de R$ 500 milhões, consolidando sua posição como líder nacional na produção de vinhos finos e espumantes e visando estar entre os três maiores grupos de vinhos da América do Sul. Em oito anos, a empresa projeta elaborar e comercializar, por ano, 20 milhões de litros de vinhos finos e espumantes, um milhão de litros de brandy e possuir 2 mil hectares de vinhedos próprios.
“Estou muito satisfeito em ver que a nossa empresa, de centenária tradição vitivinícola, cresceu muito nesses últimos anos e agora com essa importante fusão terá a possibilidade de se tornar uma grande empresa a nível mundial”, afirma Darcy Miolo, presidente do Conselho de Administração da empresa.
O grupo, de capital fechado, integrará quatro empresas de produção em três regiões brasileiras: Vinícola Miolo (Vale dos Vinhedos/RS), Projeto Seival Estate e Vinícola Almadén (Campanha/RS) e Vinícola Ouro Verde (Vale do São Francisco/BA), além da comercializadora Miolo Wine Group.
Atualmente, o novo grupo possui 1,2 mil hectares de vinhedos próprios, produção de 12 milhões de litros de vinhos finos e espumantes e 300 mil litros de brandy, além de um quadro de 650 funcionários diretos. O faturamento previsto para 2011 deve atingir R$ 120 milhões.
Para concretizar essa fusão que teve inicio em 2009, os sócios contrataram a PricewaterhouseCoopers, a psicóloga e consultora Magda Geyer Ehlers para fazer a profissionalização e sucessão familiar, o advogado gaúcho Zulmar Neves, o economista Carlos Rossi e o assessor contábil Adelar Colombo. Os profissionais apoiaram na criação do melhor modelo societário visando preparar a empresa para dar continuidade ao seu plano de expansão.
A família Miolo permanece com o controle acionário do grupo e passa a contar com sócios com experiência muito sólida no mundo empresarial. A família Randon e a Lovara ingressam como importantes sócios estratégicos. Raul Randon é o fundador das empresas Randon, grupo classificado entre os mais importantes no setor de transporte para cargas terrestres, também atuante nos segmentos de autopeças e sistemas automotivos, além dos serviços de consórcio e banco. A Lovara, de propriedade das famílias Benedetti/Tecchio, é parceira da Miolo de longa data, desde a aquisição da Vinícola Ouro Verde, no ano 2000. A relação com a família Randon também já é antiga, a partir da elaboração do vinho RAR, iniciada em conjunto com a Miolo em 2002.
“Nós trabalhamos intensamente nestes últimos dois anos o conceito da fusão das empresas vinícolas, seguindo o exemplo ensinado pelo empresário Raul Randon. Isso possibilitará ganhar musculatura para enfrentar os desafios de competir no mercado de consumo”, afirma João Benedetti, integrante do Conselho de Administração.
“Acredito muito no negócio do vinho no Brasil. Esse ainda é um setor muito jovem, e precisamos ter empresas fortes e bem preparadas para ter um crescimento que faça frente ao desafio de desenvolver o setor no futuro,” diz Raul Randon, integrante do Conselho de Administração.
Conforme Adriano Miolo, superintendente do grupo, a fusão propiciará uma série de sinergias nas questões financeira, tributária, de produção, de mercado e de portfólio. “O grupo contará com três marcas fortes: a Miolo fortalecerá seu conceito de marca de vinhos Premium. A Terranova, com conceito jovem e inovador, e a marca Almadén será potencializada no seu conceito de excelente relação custo-benefício”, afirma.
O novo modelo também impulsionará a empresa a dar continuidade à sua trajetória de expressivo crescimento ocorrido na última década. Antes do ano 2000, a Miolo faturava menos de R$ 1 milhão e chegou em 2010 com faturamento de 100 milhões, crescendo 100 vezes em 10 anos, e pretende crescer mais cinco vezes nesta década.
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