Uma nova expressão vai entrar no vocabulário de vários setores produtivos brasileiros, a “integração produtiva", conforme as conversas que ouvi na Expovinis 2010. É uma idéia desenvolvida pelos presidentes Cristina Kircher, da Argentina, e Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, em sua última reunião conjunta e que começa a ser discutida pelos funcionários dos dois países com os representantes dos produtores envolvidos. Teoricamente, parece ser o ideal, mas, colocar em prática, não vai ser fácil. Os dois presidentes concoraram que a integração no Mercosul só se dará se os setores se integrarem e trabalharem em conjunto. Parece simples, mas não é. Foram selecionados alguns setores econômicos para começarem o processo como energia, combustíveis, leite, carne, calçados e vinhos – estes quatro últimos ligados ao Rio Grande do Sul.
Integração II
A idéia é que cada país produza aquilo no que é melhor e, depois, se faça as trocas entre eles, Por exemplo, s e a Argentina é boa na produção de leite in natura e seus derivados e o Brasil é bom em leite em pó, este deve ser produzido e o in natura e derivados pela Argentina. No caso do vinho, apenas para explicar, se a Argentina é boa no malbec e o Brasil no merlot, este deveria produzir só merlot e aquela só malbec. É muito difícil que os produtores de ambos os países aceitem este sistema ideal.
Integração III
Dia dia 3 de maio, em Brasília, houve a primeira reunião para discutir a “integração produtiva” no campo da vitivinicultura. Foi um encontro de técnicos da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial e do ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior com os vitivicultores, representados pelo diretor do Instituto Brasileiro do Vinho, Carlos Paviani. À convite do governo, analisaram as perspectivas de que a idéia funcione. Num primeiro momento, os produtores de uva e vinho são contrários; a indústria vinífera, ainda não tem uma idéia clara sobre o tema.
Presença internacional
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social está começando a colocar em prática a linha de crédito especial para a “internacionalização da indústria nacional”. De acordo com diretores da indústria brasileira de vinhos, “é hora das vinícolas brasileiras saírem às compras”. Os olhos estão voltados para a Argentina, onde há cantinas precisando de capital; proprietários querendo vender e outros em busca de parcerias tipo joint venture. O BNDES oferece o dinheiro necessário. Grandes vinícolas brasileiras já estão analisando a possibilidade, que seria uma ação estratégica importante, pois poderiam se beneficiar do prestígio do vinho argentino no mundo para vender, junto, o vinho brasileiro.
Mosto
O Chile está pressionando o governo brasileiro para que autorize a venda de mosto chileno, a granel, no país. Os produtores locais de vinho ainda não divulgaram sua posição sobre o assunto.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário