Como já escrevi aqui, meu negócios é cordeiros, até porque o Blog se chama Cordeiro e Vinho. Mas como, no estante do País, ovinos e caprinos são tratados em conjunto, vou divulgar uma lei recentemente divulgada em Minas Gerais que beneficia ambas as criações, especificamente os animais produtores de leite, tanto de cabra quanto de ovelha. O exemplo deveria ser seguido pelos demais estados onde há criação.
A Portaria 1059, publicada no final do mês de abril pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), apelidada de Leite Legal, deu uma injeção de ânimo no setor de caprinocultura de leite no Estado e vem estimulando novos investimentos por parte dos criadores."Dos cerca de dois mil caprinocultores cadastrados em Minas Gerais, apenas cerca de 120 estão em condições de comercializar leite de cabra, devido às limitações impostas pela legislação. Mas agora, com essa conquista, esse quadro deve mudar", afirma a presidente da Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos de Minas Gerais (Accomig/Caprileite), Aurora Gouveia.A portaria regulamenta a utilização da pasteurização lenta no beneficiamento do leite de cabra para o consumo humano. Até então, somente era admitida a pasteurização rápida, o mesmo processo adotado para o leite de vaca, que exige alto investimento dos criadores.Para Cinthya Leite Madureira, coordenadora de Pecuária da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), a medida causará impacto positivo na oferta do produto para os consumidores, com a inserção de muitos caprinocultores até então excluídos do mercado formal. Ela estima que o custo de um equipamento de pasteurização lenta sai em torno de R$ 4 mil. "Pequenos produtores poderão atuar em conjunto, para utilizar a capacidade máxima permitida, de 100 litros por dia", sugere.Um dos criadores animados com a nova portaria é Onivaldo Ramos Leão, com um capril com 35 fêmeas em Itabirito, ele já planeja adquirir outras 25 cabras este ano. Além de aumentar a oferta de leite e a renda dos produtores, ele prevê outra vantagem também para os consumidores. "O preço do queijo também poderá ficar mais acessível."No varejo, o leite de cabra é encontrado congelado, em sacos plásticos, com preços de R$ 1,90 a R$ 2,50 por litro, enquanto o queijo do tipo frescal é vendido entre R$ 15,00 e R$ 20,00 o quilo.Outra boa notícia esperada pelos produtores de caprinos e ovinos é a aprovação de uma lei que regula as condições higiênico-sanitárias da produção artesanal de leite de cabra e de ovelha e seus derivados. Projeto de Lei sobre o assunto (4004/2009) está em tramitação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Atualmente, as normas vigentes são as mesmas utilizadas pela bovinocultura."Muitas vezes os criadores de ovinos e caprinos não têm condições de entrar no mercado formal, pois a escala de produção é muito inferior, se comparada à criação de vacas. Isso inviabiliza os investimentos. Por isso, o setor precisa de uma legislação específica, adequada ao seu porte e às particularidades da atividade", explica a coordenadora de Pecuária da Emater-MG.Cinthya Leite Madureira afirma que a caprinocultura é uma atividade com bom potencial de crescimento na agricultura familiar, pois exige investimento relativamente baixo, com boa lucratividade. "As cabras não precisam de tanto espaço quanto a criação de vacas. Além disso, os criadores têm menos gastos também com alimentação dos animais e o leite e derivados têm maior valor agregado que os de vaca", compara. Na pasteurização lenta, aprovada para volumes de até 100 litros de leite de cabra processados por dia, o produto, após ensacado, fica em banho maria com temperatura de 63°C a 65°C por 30 minutos, sob constante agitação. Em seguida, é resfriado rapidamente até atingir 4ºC ou menos, podendo inclusive ser congelado.- Na pasteurização rápida, exigida para o leite de vaca, o líquido, em volumes de até 500 litros por hora, passa por placas, onde atinge rapidamente temperaturas entre 72°C e 75°C, durante 15 a 20 segundos, para então ser resfriado a 4°C. No leite de vaca, não pode haver congelamento.
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Como já escrevi aqui, meu negócios é cordeiros, até porque o Blog se chama Cordeiro e Vinho. Mas como, no estante do País, ovinos e caprinos são tratados em conjunto, vou divulgar uma lei recentemente divulgada em Minas Gerais que beneficia ambas as criações, especificamente os animais produtores de leite, tanto de cabra quanto de ovelha. O exemplo deveria ser seguido pelos demais estados onde há criação.
A Portaria 1059, publicada no final do mês de abril pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), apelidada de Leite Legal, deu uma injeção de ânimo no setor de caprinocultura de leite no Estado e vem estimulando novos investimentos por parte dos criadores."Dos cerca de dois mil caprinocultores cadastrados em Minas Gerais, apenas cerca de 120 estão em condições de comercializar leite de cabra, devido às limitações impostas pela legislação. Mas agora, com essa conquista, esse quadro deve mudar", afirma a presidente da Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos de Minas Gerais (Accomig/Caprileite), Aurora Gouveia.A portaria regulamenta a utilização da pasteurização lenta no beneficiamento do leite de cabra para o consumo humano. Até então, somente era admitida a pasteurização rápida, o mesmo processo adotado para o leite de vaca, que exige alto investimento dos criadores.Para Cinthya Leite Madureira, coordenadora de Pecuária da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), a medida causará impacto positivo na oferta do produto para os consumidores, com a inserção de muitos caprinocultores até então excluídos do mercado formal. Ela estima que o custo de um equipamento de pasteurização lenta sai em torno de R$ 4 mil. "Pequenos produtores poderão atuar em conjunto, para utilizar a capacidade máxima permitida, de 100 litros por dia", sugere.Um dos criadores animados com a nova portaria é Onivaldo Ramos Leão, com um capril com 35 fêmeas em Itabirito, ele já planeja adquirir outras 25 cabras este ano. Além de aumentar a oferta de leite e a renda dos produtores, ele prevê outra vantagem também para os consumidores. "O preço do queijo também poderá ficar mais acessível."No varejo, o leite de cabra é encontrado congelado, em sacos plásticos, com preços de R$ 1,90 a R$ 2,50 por litro, enquanto o queijo do tipo frescal é vendido entre R$ 15,00 e R$ 20,00 o quilo.Outra boa notícia esperada pelos produtores de caprinos e ovinos é a aprovação de uma lei que regula as condições higiênico-sanitárias da produção artesanal de leite de cabra e de ovelha e seus derivados. Projeto de Lei sobre o assunto (4004/2009) está em tramitação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Atualmente, as normas vigentes são as mesmas utilizadas pela bovinocultura."Muitas vezes os criadores de ovinos e caprinos não têm condições de entrar no mercado formal, pois a escala de produção é muito inferior, se comparada à criação de vacas. Isso inviabiliza os investimentos. Por isso, o setor precisa de uma legislação específica, adequada ao seu porte e às particularidades da atividade", explica a coordenadora de Pecuária da Emater-MG.Cinthya Leite Madureira afirma que a caprinocultura é uma atividade com bom potencial de crescimento na agricultura familiar, pois exige investimento relativamente baixo, com boa lucratividade. "As cabras não precisam de tanto espaço quanto a criação de vacas. Além disso, os criadores têm menos gastos também com alimentação dos animais e o leite e derivados têm maior valor agregado que os de vaca", compara. Na pasteurização lenta, aprovada para volumes de até 100 litros de leite de cabra processados por dia, o produto, após ensacado, fica em banho maria com temperatura de 63°C a 65°C por 30 minutos, sob constante agitação. Em seguida, é resfriado rapidamente até atingir 4ºC ou menos, podendo inclusive ser congelado.- Na pasteurização rápida, exigida para o leite de vaca, o líquido, em volumes de até 500 litros por hora, passa por placas, onde atinge rapidamente temperaturas entre 72°C e 75°C, durante 15 a 20 segundos, para então ser resfriado a 4°C. No leite de vaca, não pode haver congelamento.
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Um comentário:
Se a região Nordeste tivesse os incentivos necessários dos governantes para a criação de caprinos - poderia ser, sem dúvida,
o maior produtor de derivados - leite, queijo, carne, pele,adubo
e farinha de osso do país - para beneficiar e melhorar as condições
sócio-econômicas do homem rural.
Os incentivos básicos e fundamentais - são, atualmente:educação dos criadores, recursos financeiros a longo prazo
+ juros baixos, produção de forragem e organização da comercialização.
Por falta disso - os criadores de caprinos estão em decadência progressiva nos Estados do Nordeste, sem a perspectiva de melhorias em decorrência da falta de vontade política dos governantes
que preferem olhar mais para os grandes produtores rurais.
Quando esta situação vai mudar?
Infelizmente, ninguém sabe!
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