Como já comentei aqui no Blog, estive em Dom Pedrito, dia 15 de maio, e fui muito bem recebido pelo Walter José Pötter, sua esposa e filhos, que me levaram a conhecer a Estância Guatambu e seus produtos (vi uns tourinhos hereford que deverão barbarizar na próxima Expointer, em Esteio) e também a Estância Leões, onde Walter José e sua filha, a enóloga Gabriela Hermann Pötter plantaram vinhedos para produção do vinho Rastros do Pampa. Agora, estão ampliando o vinhedo e pretendem iniciar a construção da cantina, que vai ser junto à Estância Guatambu.
Vamos a mais alguns detalhes sobre o projeto. O local seria na Estância Leões, mas ambos resolveram mudar o local em virtude de que a estrada de 15Km para chegar ao vinhedo ser de "terra", consequentemente de difícil conservação, tornando complicado o acesso para turistas, ônibus, etc. “Também pensamos e pesquisamos muito sobre esta questão, inclusive consultamos várias pessoas do setor (donos de cantinas, comerciantes, agentes de turismo...) e decidimos implantar a vinícola junto a vitrine e comodidade do asfalto”, explicou-me Gabriela.“Desta forma – conitnuou -, vamos agora construir a vinícola perto da sede da Estância > Guatambu, em frente a BR 293 (à 12Km da cidade de Dom Pedrito, indo em direção a Livramento (sem dúvida, uma boa direção). O projeto da vinícola é assinado pelo arquiteto Celestino Rossi, da empresa de Caxias do Sul chamada Rossi Arquitetura e Urbanismo (http://www.rossiarquitetura.com.br/), especializada na construção de vinícolas e indústrias. Estamos na fase de aprovação final do projeto e pretendemos começar a construção no próximo mês.” Encravado em pleno pampa gaúcho, o projeto busca uma identificação com a arquitetura local, a cultura gaúcha e as influencias castelhanas dos vizinhos uruguaios e argentinos. Sob o conceito de pátio central, a vinícola se desenvolve em forma de U com iluminação e ventilação voltadas para o seu interior como forma de abrandar o Minuano que sopra na campanha e proporcionar condições térmicas ideais para a produção de vinhos de qualidade. Implantada no topo de uma coxilha, se desenvolve em dois níveis buscando o conceito de gravidade na sua produção. Com uma produção estimada em um máximo de 300 mil litros de vinho, a vinícola terá uma arquitetura totalmente voltada para o enoturismo, incluindo museu onde será apresentado antiguidades e a trajetória de 50 anos da Guatambu com pecuária e arroz irrigado, sala de degustação técnica, varejo e salão de eventos com capacidade de servir em torno de 200 pessoas, o que totalizará uma área construida de 2.800,00m2. Sobre os vinhedos, a maior parte da produção das uvas seguirá sendo em Leões (na Serrinha de Dom Pedrito), onde já se está no final da restauração do casco centenário da Estância, com todo o mobiliário e decoração direcionado ao estilo do pampa. Camas, mesas e cadeiras foram construidos por um artista-carpinteiro local com tramas e mourões de cercas antigos. Ficou muito bonito.Outra novidade é que este ano foram lançados, além do Cabernet Sauvignon Rastros do Pampa safra 2009, que será uma edição Premium (feito em parceria com a Embrapa Uva e Vinho de Bento Gonçalves), vinhos brancos das uvas Gewürztraminer e Sauvignon Blanc, estes últimos assinados pelo enólogo uruguaio Alejandro Cardozo, da vinícola Piagentini, de Caxias do Sul. Alejandro é especializado na elaboração de vinhos brancos e espumantes (faz o Estrela), com experiência na premiada vinícola Varela Zarrans do Uruguai. Alejandor, que nos acompanhou na visita à Guatambu e à Leões, está elaborando o espumante da vinícola, que se chamará Nuance do Pampa.Mais informações sobre os projetos de Walter José Pötter e Gabriela nas Estâncias Guatambu e Leões o leitor encontra em www.estanciaguatambu.com.br.
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