segunda-feira, 17 de maio de 2010
Um belo dia em Dom Pedrito - Vinho e carne
Passei o sábado, dia 15, em Dom Pedrito, mas foi como se tivesse estado lá uma semana. Fiquei conhecendo o gado hereford e braford da Estância Guatambu e os demais projetos do Walter José Pötter, proprietário da fazenda, na área do arroz, do sorgo, das sementes e, principalmente, na área do vinho. Fui muito bem recebido por ele e sua família – esposa, filhas e genros – e fui levado até a Estância Leões, na Serrinha de Dom Pedrito, onde ele e a filha Gabriela, enóloga, começaram o projeto vitivinicola, em 2003, já têm dois vinhos mercado, preparam outro e vão aumentar a área plantada. Ele mesmo preparou um excelente churrasco de carne bovina tenra e de carne de cordeiro gorda como eu gosto. É claro que bebemos cabernet sauvignon Rastros do Pampa, o primeiro vinho dos 20 hectares ali atrás da casa da estância. Valeu a pena.
Estava conosco o enólogo uruguaio Alejandro Cardozo, da Piagentini, que vinificou a gewurztraminer e está preparando o espumante que vai ser lançado por Walter José a Gabriela brevemente. Aliás, Alejandro levou para degusção o excelente espumante Estrela, que está fazendo com um sócio, na terra gaúcha. São duas versões, um branco, outro rosé, um charmat, outro champenoise. Embora eu tenha gostado mais do rosé, ambos são de qualidade.
Na Estância Leões, conhecemos os 20 hectares que já forneceram uvas – cabernet sauvignon, tannat, merlot e tempranillo, entre as tintas; chardonnay, gewurztraminer e sauvignon blanc, entre as brancas – e as novas terras que estão sendo preparadas para receber novos vinhedos. Para dar outros detalhes aos meus leitores, transcrevo o que escrevi em minha coluna diária no Jornal do Comércio de Porto Alegre:
Nova atração enoturística na Campanha
Já foi escolhido o local – sobre uma coxilha sobranceira à BR-293 – e concluido o projeto para a construção da Vinícola da Estância, a nova iniciativa do empresário rural Walter Jose Pötter, cujos primeiros vinhos – Rastros do Pampa, um cabernet sauvignon, e Luar do Pampa, um gewurztraminr – estão no mercado e foram bem aceitos, inclusive na recente Expovinis, em São Paulo. É um projeto de arquitetura com inspiração espanhola, típica da colonização da região, no qual será feita a vinificação e o envelhecimento dos vinhos e também funcionará como estabelecimento de enogastronomia para recebimento de turistas que queiram conhecer vinhos da Campanha e curtir a hospitalidade gaúcha. Os próximos lançamentos serão um sauvignon blanc, denominado Ecos do Pampa, e um espumante, rotulado Nuance do Pampa. Depois, será a vez de um assemblage, possivelmente denominado Vinho da Estância.
Os vinhedoes estão na Estância Leões, na Serrinha de Dom Pedrito, com clima e solo ideais para o plantio de parreiras, com uvas cabernet sauvignon, tannat, merlot e tempranillo, entre as tintas, chardonnay, gewurztraminer e souvigon blanc, entre as bancas, controladas pela enóloga Gabriela Pötter. Atualmente, a vinificação das tintas é feita pela Embrapa e a das brancas pela Piagentini, na serra. Quando a vinificação for na vinícola própria, Walter Pötter espera produzir 50 mil garrafas, em 2011, e 180 mil na consolidação do projeto. Hoje, no evento Sabores do Sul, do Sebrae-RS, os primeiros vinhos da Vinícola da Estância serão degustados, às 19h30min, no Novotel.
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Um comentário:
Mas báhhhh, que inveja esse post faz nesta paulistana de alma gaúcha tchê!
A família Pötter, Alejandro Cardozo e Danilo Ucha são companhia até para sopa de pedra, quanto mais para vinhos excelentes como esses e churrasco da terra.
Ucha, não faça mais isso com esta pobre gente do asfalto...
Abraços à todos!
Silvia
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