terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O chefe de cozinha sugere cerveja, eu prefiro vinho para harmonizar com Kobe Beef


                              Arte da raça Wagyu do restaurante Figueira

                              Rest. Figueira/D/JN



                                               Corte especial de Kobe Beef
                                                Rest.Fiqgueira/D/JN

Os cuidados específicos e o sabor marcante deram ao Kobe Beef o título de melhor do mundo. Há alguns anos, a carne da raça Wagyu, desenvolvida no Japão,  vem conquistando os brasileiros que apreciam cortes selecionados e os prazeres da boa gastronomia. O gado, de origem japonesa, recebeu esse nome em homenagem a cidade de Kobe, onde há maior número de criadores. Estive lá, conferindo a maneira como os animais são tratados. Estabulados,  bebem cerveja e recebem massagens, todos os dias, para que se obtenha uma marmorização maior da carne, isto é, a gordura fique mais entranhada entre os músculos. A excelência é garantida através da gordura encontrada entre as fibras que formam um marmoreio, o que segundo o chef do Figueira Restaurante e especialista em carnes, Caio Fontenelle, é algo muito valorizado entre os apreciadores do alimento.
O chef também ressalta que essa gordura presente no Kobe Beef deixa a carne ainda mais macia e suculenta. “Durante o preparo, ela não se mistura com as fibras, mantendo o sabor característico da iguaria. Além de ser extremamente deliciosa, os especialistas e criadores defendem que a carne também é rica em gorduras saudáveis”, revela. Para acompanhar esse prato, Fontenelle explica que o ideal é apostar em alimentos e bebidas que ajudam a fazer uma limpeza no paladar, já que o Kobe Beef é uma carne mais pesada e com grande nível de gordura. “Sugiro uma salada com mix de folhas verdes e tempero cítrico, e para beber buscar opções de cervejas mais carbonatadas como, por exemplo, as de trigo, elas ajudarão a tornar a refeição mais prazerosa”, complementa.
Além do Kobe Beef original, que degustei, no Japão, na forma tradicional deles, numa espécie de fondue – mergulha-se a carne na água fervente e depois acrescenta-se diferentes molhos -, conheço a carne de Wagyu criados na Argentina e também em alguma fazenda do Rio Grande do Sul. Certa vez, participei de um excelente almoço, no Vermelho Grill, em Porto Alegre, com carne argentina de Wagyu importada pela Idelurdes Bernardo dos Santos, da NW Royal Carnes Especiais. Foi uma experiência muito prazerosa. Ao contrário do chef Caio Fontenelle, prefiro o Kobe Beef, se for na grelha, harmonizado com um bom vinho, preferencialmente um Merlot, da serra,ou um Tannat, este da região da Campanha.

O Figueira Restaurante, especializado em carnes nobres, apostou no Kobe Beef como uma das novidades do cardápio de verão, segundo Letícia Oberger – jornalismo4@grupoodp.com.br /47-3322-0545/9994-1534 - da Oficina Das Palavra.  No estabelecimento, os clientes poderão apreciar o corte entrecot com uma peça de 600 gramas que serve duas pessoas e vem com quatro tipos de acompanhamento. O restaurante blumenauense é o primeiro e único da região a servir esse tipo de carne. O restaurante fica à rua Mariana Bronnemann, 527, Bairro da Velha – Blumenau (SC).

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