quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Brasileiros trocam a caipirinha da feijoada por vinho

  

Depois que meu enófilo preferido, o Olyr Correa, lá do Rio de Janeiro – quando não está nas lides rurais na fazenda, lá no Caty, em Santana do Livramento – recomendou beber Lambrusco com duas gotinhas de adoçante para acompanhar uma daquelas pesadas feijoadas cariocas, acredito em quase tudo. Até em lobisomem, como dizia meu amigo Serafim Machado, lá de Cachoeira do Sul, ao escrever sobre o andamento incrível de um processo na Justiça brasileira.
Agora, é a chilena Concha y Toro que me manda um levantamento sobre novos hábitos de consumo dos brasileiros em relação ao vinho e no qual se diz que o pessoal está trocando a caipirinha pelo vinho para acompanhar feijoada e churrasco.  Segundo levantamento realizado pela equipe de marketing responsável pelo vinho Marques de Casa Concha, da Vinícola Concha y Toro, os brasileiros estão em busca de vinhos para acompanhar esses tradicionais pratos.
A sondagem foi realizada mediante interações do projeto Personal Sommelier, que responde dúvidas de consumidores, via Whatsapp, dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Bahia, Goiás, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. O projeto começou no dia 20 de novembro e seu serviço é gratuito. Para participar, basta enviar uma mensagem para o WhatsApp da Concha y Toro até o dia 20 de dezembro.
Como a feijoada é um prato complexo e bastante suculento, é preciso amenizar a intensidade de sabores. Por isso, os sommeliers do projeto Personal Sommelier afirmam que a melhor opção é um vinho da uva Cabernet Sauvignon, já que seu processo de fermentação é feito na madeira, fazendo com que ele se torne um vinho mais encorpado e amadeirado. Desta forma, seus taninos são mais equilibrados, justamente o que suaviza o paladar gorduroso da feijoada. O vinho Marques de Casa Concha Cabernet Sauvignon cabe perfeitamente nesta harmonização.
Já no caso do churrasco tradicional, com picanha, alcatra, costela de porco e coração, os especialistas do projeto indicam um vinho da uva Merlot, já que as carnes são gordurosas e a uva é de médio corpo. O vinho Marques de Casa Concha Merlot é redondo, macio, persistente e equilibrado combinando perfeitamente com carnes mais gordurosas.
No Rio de Janeiro, os consumidores se interessaram pela harmonização de vinho com comida japonesa. Neste caso, os sommeliers especializados indicaram vinho branco, Chardonnay, pois é encorpado, com acidez equilibrada, notas marcantes, que refrescam e limpam o paladar. É o casamento perfeito com comidas cruas. A acidez do Chardonnay quebra o sal do molho shoyu.
“Nesses primeiros dias da ação, pudemos perceber uma mudança no comportamento e hábitos de consumo do brasileiro. Notamos que os consumidores estão mais exigentes e querendo fazer combinações mais ousadas e fora da curva. Isso mostra uma busca por conhecimento e é isso que queremos proporcionar, esse know how e expertise que a Concha y Toro possui em seus mais de 130 anos de história com vinhos”, finaliza Michele Carvalho, gerente de marketing da Concha y Toro. 

Um comentário:

Jorge Ducati disse...

Pois é, sobre o vinho ideal para acompanhar feijoada, sou historicamente voz minoritária. Isto, porque não vejo como ter vinho tinto com feijoada. Para mim, dado que a feijoada é forte, pesada, um vinho encorpado (como um Cabernet chileno) entraria em choque com o prato, e um mataria o outro. A solução que adoto? vinho branco, mas não qualquer um. Não pode ser frutado, nem aromático, nem barricado. Vinhos delicados, com mineralidade, nem pensar. Deve ter algum amargor, ou seja, tem que ser algo no estilo de um Trebiano, ou um Semillon. Talvez um Peverella; ou certos Moscato.
É isto...cada um com sua mania!
Jorge Ducati