quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Festa Nacional da Uva 2016 apresentará novidades

               O projeto Alegria, Alegria na Festa da Uva 2016, que acontecerá em fevereiro e março próximos, pretende literalmente “pintar” Caxias do Sul. Muros já estão sendo pintados em diversos pontos da cidade, e a decoração, para entrar no clima da 31ª edição do evento, promete surpreender quando estiver finalizada, em janeiro. O projeto, desenvolvido por Fábio e Desireè Balen, foi inspirado nas artes plásticas, na alegria e na própria Festa da Uva. A proposta está dividida nas ações Praças em Festa, Praça Dante Mais Alegre, Julio “In Color”, Caxias “In Color” e Colorindo a Festa.      
Olimpíada Colonial movimenta o interior de Caxias
 Parceria, diversão, brilho no olho e envolvimento da comunidade. Este é o significado da Olímpiada Colonial da Festa da Uva, que chega a 12ª edição. O evento é considerado um dos momentos mais marcantes e esperados de uma das maiores festas comunitárias do país. Criada em 1994 para envolver a comunidade e, principalmente, reaproximar os moradores da área rural de Caxias da Festa da Uva, a Olímpiada Colonial cresce a cada edição. Para entrar na brincadeira basta querer se divertir. As provas são inspiradas nos hábitos e tradições dos imigrantes italianos.
O evento começa em fevereiro, dias antes da Festa Nacional da Uva 2016, justamente para criar o clima de alegria que contagia o público. Serão realizadas provas nos dez distritos de Caxias do Sul, na Linha 40 e na Sexta Légua. A abertura e o encerramento ocorrem na Praça Dante Alighieri, no centro da cidade. Também serão realizadas provas aos finais de semana durante a Festa da Uva - de 18 de fevereiro a seis de março -, nos Pavilhões, para que turistas e os moradores da área urbana também possam participar da brincadeira.
Os “atletas das colônias” podem se inscrever no dia da prova, em cada localidade, e os competidores deverão estar nos locais de concentração 30 minutos antes do início das provas. Serão distribuídas medalhas, coroas de louro e brindes aos três primeiros colocados de cada prova.
O coordenador da Olimpíada, Jorge Benites, ressalta que as atividades aproximam a comunidade dos turistas e valorizam o trabalho realizado diariamente pelas famílias que vivem no meio rural. “A prova do Bíguli, por exemplo, além de resgatar as raízes dos imigrantes italianos, promove a cultura gastronômica da nossa região. Todas as provas têm a simbologia ligada ao trabalho no campo, a lida no interior, a gastronomia e também ao lazer. A Olimpíada tem o papel de ir até o homem do campo e dizer que o seu trabalho é importante, é essencial”, argumenta Benites.
Benites lembra que na edição de 1998, o grito de guerra “eu sou colono” veio para mostrar a força e o orgulho de quem mora no interior. “Antes visto como uma ofensa, ser colono se tornou motivo de alegria e orgulho, e a Olimpíada Colonial contribuiu para esse resgate.”
A cada ano cresce a participação popular na Olimpíada Colonial. Na edição de 2014, duas mil pessoas participaram das provas - a expectativa é para um acréscimo de até 25% em 2016. A comunidade também pode participar sugerindo novas provas pelo telefone (54) 3214-4586.
 2ª edição da Paraolimpíada
A Paraolimpíada, que estreou na Festa da Uva de 2014, em 2016 terá um diferencial, já que será realizada no Enxutão. A ideia é montar uma logística para que os atletas paraolímpicos se desloquem com facilidade ao local. O organizador, Jorge Benites, ressalta a emoção dos atletas e familiares em um dos momentos mais importantes da Festa Nacional da Uva. “Os pais orgulhosos e muito felizes de ver os filhos participando das provas da Paraolimpíada. Para nós, é uma satisfação promover esses momentos”, afirma.
Provas da Olimpíada Colonial – Festa da Uva 2016
Fazer Bíguli:  Equipes de três pessoas devem fazer a maior quantidade possível de bíguli (massa) com máquina manual em dois minutos. Enquanto um integrante maneja a máquina, outro corta o bíguli e coloca sobre uma mesa; o terceiro abastece a máquina com a massa.
Amassar Uvas com os Pés: Competição realizada em duplas. Os competidores devem amassar uva em uma mastela ( espécie de peneira ) durante três minutos. Ganha a dupla que produzir mais bagaço de uva, que é pesado no final da prova.
Jogo da Cuccagna: Os competidores devem “escalar” um poste em menor tempo e apanhar, no alto, um saco com pão, salame e queijo - que representam a Cuccagna, a fartura que os imigrantes esperavam encontrar aqui.
Corrida de Cariola: Prova de duplas, que devem cumprir 25 metros de percurso em menor tempo. Dada a partida, um dos competidores entra na cariola e o outro deve carregá-lo até a marca de 25 metros. O competidor que conduzia a cariola bebe um copo d’água e troca de lugar com o parceiro, para percorrer o trajeto final.
Debulhar Milho: Os participantes, em duplas, devem descascar 10 espigas de milho, comer 1 cacho de uva (cada um) e, por fim ,debulhar as espigas com máquina manual.
Corrida de Plantadeira: O participante deve abastecer a máquina de milho, plantar o milho nos lugares demarcados até a metade do percurso, onde fará la colasion (comer um pedaço de pão e salame e beber um copo de vinho). Depois ele volta a plantar o milho em todos os lugares demarcados.
Laço Vaca Parada: É usado um cavalete com uma cabeça de vaca, com os chifres. O competidor deve se posicionar a 8 metros de distância da cabeça da vaca e, usando um laço de couro, realizar a armada.
Arremesso de Queijo: Os competidores devem arremessar o queijo na maior distância possível. Os queijos têm o mesmo peso.
Chute a Gol: O competidor tem 5 chances para acertar o gol com uma bola de pano. Vence o que fizer mais gols.
Corrida do Saco: O competidor percorre uma distância de 10 metros com um saco nas pernas. O melhor tempo vence.
Tirando o Pó resgata e preserva tradições italianas durante a Festa da Uva
Resgatar acervos históricos, atrair a atenção e o engajamento da comunidade para a Festa da Uva é o principal objetivo do projeto Tirando o Pó. Vestidos, paletós, calças, roupas, certidões de nascimento e casamentos, malas, dedal, máquinas e demais objetos antigos que pertenciam aos imigrantes italianos têm um novo significado desde o lançamento do projeto, em 1994.  Assim como a Olimpíada Colonial, o Tirando o Pó, surgiu em um momento em que a comunidade estava distante da Festa da Uva. Para reaproximar a população do evento, e também despertar ainda mais o interesse dos turistas, foi lançada a ideia de montar recantos em diversos estabelecimentos comercias da cidade. Os espaços recriam os ambientes típicos italianos, é como uma viagem ao passado, e assim preservam a memória dos imigrantes.
As montagens exigem criatividade, originalidade e harmonia. Caso os recantos não remetam aos costumes dos imigrantes, podem fazer alusão ao tema da Festa da Uva 2016 “Imagens e Horizontes”. Além disso, os recantos têm que estar montados em locais onde possam ser visitados e com boa visibilidade para que sejam fotografados. Podem participar residências, restaurantes, hotéis, supermercados, lojas, shoppings, indústrias, prestadores de serviço e demais interessados. 
O Tirando o Pó teve uma pausa nas edições de 2012 e 2014, e retorna com uma estrutura ampliada para a Festa da Uva 2016.  O projeto conta com o envolvimento de entidades empresariais e funcionais. Tais entidades formarão equipes de Orientação de Conteúdo, de Montagem, de Divulgação e de Mobilização.

As inscrições para participar do Tirando o Pó ocorrem de 15 de janeiro a 10 de fevereiro de 2016 e podem ser entregues pessoalmente na CDL, Sindilojas, Sindigêneros e SEGH ou pelos sites das entidades.
Mais informações:
Game da Festa da Uva reproduz Olimpíada Colonial
            A Festa Nacional da Uva 2016 conta com mais uma novidade nesta edição. Além de trazer para o Parque de Exposições em Caxias do Sul/RS, o Museu do Videogame Itinerante, o evento também lança um jogo para atrair a atenção dos jovens. Apresentado oficialmente nesta quarta-feira, o game “Olimpíada Colonial da Festa da Uva” foi desenvolvido por uma equipe do Laboratório de Criação e Aplicação de Software da Universidade de Caxias do Sul e estará disponível para smartphones e tablets a partir de fevereiro, nas plataformas Android e IOS.
 Participaram do desenvolvimento do aplicativo os estudantes Tatiane Castagna Tomé e Milton Medeiros  do curso de Tecnologias Digitais, Gustavo Wamser de Ciência da Computação e Luan Carlos Zanatta Zuchi, de Design. O projeto teve a coordenação técnica de Gelson Cardoso Reinaldo e a supervisão dos professores Iraci Cristina da Silveira De Carli e André Zampieri.
A professora Iraci destaca que a ideia é aproximar os jovens da Festa da Uva, e atrair a atenção de crianças e adolescentes, mas o jogo, apesar de simples, irá conquistar também os adultos. “Chama atenção dos jovens, mas com certeza atrai os adultos também, porque tem a identificação com o personagem e o envolvimento com a cultura italiana e as tradições da região”.
Ela conta que o jogo recria o ambiente da Olimpíada Colonial e a prova escolhida é uma das mais tradicionais e divertidas da brincadeira: amassar uva com os pés. “A ideia do game é brincar com a história de ser colono, sendo fiel a Olimpíada Colonial com a reprodução da prova de amassar uvas com os pés. Os estudantes fotografaram os distritos e a mastela, que é uma espécie de peneira, onde o personagem entra para amassar a uva, ele tem que repor a uva e seguir amassando a fruta para produzir suco até encher uma quantidade de garrafas dentro de um limite de tempo definido em cada nível”, explica ela.
O jogo é dividido em doze níveis, e cada fase é ambientada em um distrito diferente, como ocorre com a Olimpíada Colonial. O personagem principal é um dos colonos mais queridos e conhecidos da Serra Gaúcha, o Radicci, do cartunista Carlos Henrique Iotti, que cedeu o uso da imagem e o traço do personagem, para ser desenhado pelo estudante de Design.
“O game tem cenários baseados na cultura do colono italiano e da Olimpíada Colonial, com a área de competição e a plateia. Ao centro, o personagem principal (avatar do amassador de uvas) sobre a mastela. A narração também remete a cultura do colono, já que o narrador fala como o personagem Radicci numa mistura que não é o italiano e nem o português, mas sim o “português colono” com o sotaque típico dos moradores dos distritos da cidade”, afirma Iraci.
Em cada nível é acrescentada uma dificuldade, e caso o jogador não alcance o objetivo mínimo em qualquer nível o jogo encerra (Game Over) e volta ao primeiro nível para nova tentativa. Quando passar todos os níveis, o jogador terá a pontuação total computada, as medalhas por habilidades atribuídas (habilidade de amassar, de repor uvas, de substituir garrafas) e o nome (usuário) listado no escore geral de jogadores.
Campanha inspirada no pôr do sol
A Festa Nacional da Uva 2016 apresenta nesta quarta-feira o vídeo oficial de divulgação do evento. As gravações tiveram locações em diversos pontos de Caxias e da região da Serra Gaúcha, como a Mulada, Forqueta, Sebastopol, São Pedro da Quarta Légua e Pavilhões da Festa da Uva. Aproximadamente 350 pessoas estão envolvidas no projeto, entre produção, atores e figurantes e, é claro, as estrelas principais, a rainha Rafaelle Galiotto Furlan e as princesas Laura Denardi Fritz e Patrícia Piccoli Zanrosso. Também foram convidados grupos folclóricos de dança italiana, alemã e gaúcha, por exemplo, para mostrar a diversidade cultural da Festa. No total, foram mais de 50 horas de gravação.
A idealizadora do roteiro, Alessandra Pinto Nora, conta que a inspiração veio da metáfora que propõe o pôr do sol. “O sol é a linha que nos cruza e nos une em ‘imagens e horizontes’, o tema da Festa. O pôr do sol significa que o dia está se completando, é quando o imigrante contempla o que conquistou”, argumenta.
Um dos principais diferenciais do VT é a utilização de novas técnicas de iluminação, inclusive com cenas gravadas à noite, e a captação de imagens áreas por meio de drones. “Exploramos muito movimento, muita música e dança, tudo com um enfoque contemporâneo”, revela. “Não estamos contando uma história, mas mostrando a Festa sob um novo ângulo”.
A divulgação será feita no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. O vídeo terá três diferentes formatos: a versão estendida, que acompanha a música tema oficial, de três minutos; a versão inicial para TV, de um minuto; e, por fim, a versão reduzida, de 30 segundos.
Ficha técnica
Direção de cena e de Fotografia: Javier Paquito Herrera
Coordenação de produção: Elisabete Souza /  Vinícius Giacomelli
Make up e figurinos: Ciana Reis
Câmeras: Ronei Capelini / Luiz Coutinho / Igor dos Reis / Ricardo Finco
Computação gráfica: Marcelo Colasiol
Edição: Javier Paquito Herrera / Vinicius Giacomelli / Daniel Herrera
Produtora: Too Comunicação / Paquito Firma

31ª FESTA NACIONAL DA UVA
18 de fevereiro a 6 de março de 2016
Horários:
De 2ª a 6ª feira, das 14h às 22h
Sábado e domingo, das 9h às 22h
Ingressos
De 2ª a 5ª, R$ 12,00 - pessoas acima de 60 anos e estudantes, R$ 6,00
De 6ª a domingo, R$ 15,00 - pessoas acima de 60 anos e estudantes, R$ 7,50
 DESFILE CÊNICO
Data e horário:
18, 20, 21, 26, 27 e 28 de fevereiro e 05 e 06 de março, sempre às 20h. 
Ingressos

Arquibancadas – R$ 30,00  - pessoas acima de 60 anos e estudantes - R$ 15,00.

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