O projeto Alegria, Alegria na Festa da Uva 2016, que acontecerá em fevereiro e
março próximos, pretende literalmente “pintar” Caxias do Sul. Muros já estão
sendo pintados em diversos pontos da cidade, e a decoração, para entrar no
clima da 31ª edição do evento, promete surpreender quando estiver finalizada,
em janeiro. O projeto, desenvolvido por Fábio e Desireè Balen, foi inspirado
nas artes plásticas, na alegria e na própria Festa da Uva. A proposta está
dividida nas ações Praças em Festa, Praça Dante Mais Alegre, Julio “In Color”,
Caxias “In Color” e Colorindo a Festa.
Olimpíada Colonial
movimenta o interior de Caxias
Parceria, diversão, brilho no olho e envolvimento
da comunidade. Este é o significado da Olímpiada Colonial da Festa da Uva, que
chega a 12ª edição. O evento é considerado um dos momentos mais marcantes e
esperados de uma das maiores festas comunitárias do país. Criada em 1994 para
envolver a comunidade e, principalmente, reaproximar os moradores da área rural
de Caxias da Festa da Uva, a Olímpiada Colonial cresce a cada edição. Para
entrar na brincadeira basta querer se divertir. As provas são inspiradas nos
hábitos e tradições dos imigrantes italianos.
O evento começa em fevereiro, dias antes da Festa
Nacional da Uva 2016, justamente para criar o clima de alegria que contagia o
público. Serão realizadas provas nos dez distritos de Caxias do Sul, na Linha
40 e na Sexta Légua. A abertura e o encerramento ocorrem na Praça Dante
Alighieri, no centro da cidade. Também serão realizadas provas aos finais de
semana durante a Festa da Uva - de 18 de fevereiro a seis de março -, nos
Pavilhões, para que turistas e os moradores da área urbana também possam
participar da brincadeira.
Os “atletas das colônias” podem se inscrever no dia da
prova, em cada localidade, e os competidores deverão estar nos locais de concentração
30 minutos antes do início das provas. Serão distribuídas medalhas, coroas de
louro e brindes aos três primeiros colocados de cada prova.
O coordenador da Olimpíada, Jorge Benites, ressalta que
as atividades aproximam a comunidade dos turistas e valorizam o trabalho
realizado diariamente pelas famílias que vivem no meio rural. “A prova do
Bíguli, por exemplo, além de resgatar as raízes dos imigrantes italianos,
promove a cultura gastronômica da nossa região. Todas as provas têm a
simbologia ligada ao trabalho no campo, a lida no interior, a gastronomia e
também ao lazer. A Olimpíada tem o papel de ir até o homem do campo e dizer que
o seu trabalho é importante, é essencial”, argumenta Benites.
Benites lembra que na edição de 1998, o grito de guerra
“eu sou colono” veio para mostrar a força e o orgulho de quem mora no interior.
“Antes visto como uma ofensa, ser colono se tornou motivo de alegria e orgulho,
e a Olimpíada Colonial contribuiu para esse resgate.”
A cada ano cresce a participação popular na Olimpíada
Colonial. Na edição de 2014, duas mil pessoas participaram das provas - a
expectativa é para um acréscimo de até 25% em 2016. A comunidade também pode
participar sugerindo novas provas pelo telefone (54) 3214-4586.
2ª edição da Paraolimpíada
A Paraolimpíada, que estreou na Festa da Uva de 2014, em
2016 terá um diferencial, já que será realizada no Enxutão. A ideia é montar
uma logística para que os atletas paraolímpicos se desloquem com facilidade ao
local. O organizador, Jorge Benites, ressalta a emoção dos atletas e familiares
em um dos momentos mais importantes da Festa Nacional da Uva. “Os pais
orgulhosos e muito felizes de ver os filhos participando das provas da Paraolimpíada.
Para nós, é uma satisfação promover esses momentos”, afirma.
Provas da
Olimpíada Colonial – Festa da Uva 2016
Fazer Bíguli: Equipes de três pessoas devem fazer a
maior quantidade possível de bíguli (massa) com máquina manual em dois minutos.
Enquanto um integrante maneja a máquina, outro corta o bíguli e coloca sobre
uma mesa; o terceiro abastece a máquina com a massa.
Amassar Uvas com
os Pés: Competição
realizada em duplas. Os competidores devem amassar uva em uma mastela ( espécie
de peneira ) durante três minutos. Ganha a dupla que produzir mais bagaço de
uva, que é pesado no final da prova.
Jogo da Cuccagna: Os competidores devem “escalar” um poste em
menor tempo e apanhar, no alto, um saco com pão, salame e queijo - que
representam a Cuccagna, a fartura que os imigrantes esperavam encontrar aqui.
Corrida de
Cariola: Prova de duplas,
que devem cumprir 25 metros de percurso em menor tempo. Dada a partida, um dos
competidores entra na cariola e o outro deve carregá-lo até a marca de 25
metros. O competidor que conduzia a cariola bebe um copo d’água e troca de
lugar com o parceiro, para percorrer o trajeto final.
Debulhar Milho: Os participantes, em duplas, devem
descascar 10 espigas de milho, comer 1 cacho de uva (cada um) e, por fim
,debulhar as espigas com máquina manual.
Corrida de
Plantadeira: O participante
deve abastecer a máquina de milho, plantar o milho nos lugares demarcados até a
metade do percurso, onde fará la colasion (comer um pedaço de pão e
salame e beber um copo de vinho). Depois ele volta a plantar o milho em todos
os lugares demarcados.
Laço Vaca Parada: É usado um cavalete com uma cabeça de vaca,
com os chifres. O competidor deve se posicionar a 8 metros de distância da
cabeça da vaca e, usando um laço de couro, realizar a armada.
Arremesso de
Queijo: Os competidores
devem arremessar o queijo na maior distância possível. Os queijos têm o mesmo
peso.
Chute a Gol: O competidor tem 5 chances para
acertar o gol com uma bola de pano. Vence o que fizer mais gols.
Corrida do Saco: O competidor percorre uma
distância de 10 metros com um saco nas pernas. O melhor tempo vence.
Tirando o Pó resgata e
preserva tradições italianas durante a Festa da Uva
Resgatar acervos históricos, atrair a atenção e o
engajamento da comunidade para a Festa da Uva é o principal objetivo do projeto
Tirando o Pó. Vestidos, paletós, calças, roupas, certidões de nascimento e
casamentos, malas, dedal, máquinas e demais objetos antigos que pertenciam aos
imigrantes italianos têm um novo significado desde o lançamento do projeto, em
1994. Assim como a Olimpíada Colonial, o Tirando o Pó, surgiu em um
momento em que a comunidade estava distante da Festa da Uva. Para reaproximar a
população do evento, e também despertar ainda mais o interesse dos turistas,
foi lançada a ideia de montar recantos em diversos estabelecimentos comercias
da cidade. Os espaços recriam os ambientes típicos italianos, é como uma viagem
ao passado, e assim preservam a memória dos imigrantes.
As montagens exigem criatividade, originalidade e
harmonia. Caso os recantos não remetam aos costumes dos imigrantes, podem fazer
alusão ao tema da Festa da Uva 2016 “Imagens e Horizontes”. Além disso, os
recantos têm que estar montados em locais onde possam ser visitados e com boa
visibilidade para que sejam fotografados. Podem participar residências,
restaurantes, hotéis, supermercados, lojas, shoppings, indústrias, prestadores
de serviço e demais interessados.
O Tirando o Pó teve uma pausa nas edições de 2012 e 2014,
e retorna com uma estrutura ampliada para a Festa da Uva 2016. O projeto
conta com o envolvimento de entidades empresariais e funcionais. Tais entidades
formarão equipes de Orientação de Conteúdo, de Montagem, de Divulgação e de
Mobilização.
As inscrições para participar do Tirando o Pó ocorrem de
15 de janeiro a 10 de fevereiro de 2016 e podem ser entregues pessoalmente na
CDL, Sindilojas, Sindigêneros e SEGH ou pelos sites das entidades.
Mais informações:
(54) 3214.4586 ou projetos@interfaceventos.com.br
Game da Festa da Uva
reproduz Olimpíada Colonial
A Festa Nacional da Uva 2016 conta com mais uma novidade nesta edição. Além
de trazer para o Parque de Exposições em Caxias do Sul/RS, o Museu do Videogame
Itinerante, o evento também lança um jogo para atrair a atenção dos jovens.
Apresentado oficialmente nesta quarta-feira, o game “Olimpíada Colonial da
Festa da Uva” foi desenvolvido por uma equipe do Laboratório de Criação e
Aplicação de Software da Universidade de Caxias do Sul e estará disponível para
smartphones e tablets a partir de fevereiro, nas plataformas Android e IOS.
Participaram do desenvolvimento do aplicativo os
estudantes Tatiane Castagna Tomé e Milton Medeiros do curso de
Tecnologias Digitais, Gustavo Wamser de Ciência da Computação e Luan Carlos
Zanatta Zuchi, de Design. O projeto teve a coordenação técnica de Gelson Cardoso
Reinaldo e a supervisão dos professores Iraci Cristina da Silveira De Carli e
André Zampieri.
A professora Iraci destaca que a ideia é aproximar os
jovens da Festa da Uva, e atrair a atenção de crianças e adolescentes, mas o
jogo, apesar de simples, irá conquistar também os adultos. “Chama atenção dos
jovens, mas com certeza atrai os adultos também, porque tem a identificação com
o personagem e o envolvimento com a cultura italiana e as tradições da região”.
Ela conta que o jogo recria o ambiente da Olimpíada
Colonial e a prova escolhida é uma das mais tradicionais e divertidas da
brincadeira: amassar uva com os pés. “A ideia do game é brincar com a história
de ser colono, sendo fiel a Olimpíada Colonial com a reprodução da prova de
amassar uvas com os pés. Os estudantes fotografaram os distritos e a mastela, que é uma espécie de
peneira, onde o personagem entra para amassar a uva, ele tem que repor a uva e
seguir amassando a fruta para produzir suco até encher uma quantidade de
garrafas dentro de um limite de tempo definido em cada nível”, explica ela.
O
jogo é dividido em doze níveis, e cada fase é ambientada em um distrito
diferente, como ocorre com a Olimpíada Colonial. O personagem principal é um
dos colonos mais queridos e conhecidos da Serra Gaúcha, o Radicci, do
cartunista Carlos Henrique Iotti, que cedeu o uso da imagem e o traço do
personagem, para ser desenhado pelo estudante de Design.
“O
game tem cenários baseados na cultura do colono italiano e da Olimpíada
Colonial, com a área de competição e a plateia. Ao centro, o personagem
principal (avatar do amassador de uvas) sobre a mastela. A narração também
remete a cultura do colono, já que o narrador fala como o personagem Radicci
numa mistura que não é o italiano e nem o português, mas sim o “português
colono” com o sotaque típico dos moradores dos distritos da cidade”, afirma
Iraci.
Em cada nível é acrescentada uma dificuldade, e caso o
jogador não alcance o objetivo mínimo em qualquer nível o jogo encerra (Game
Over) e volta ao primeiro nível para nova tentativa. Quando passar todos os
níveis, o jogador terá a pontuação total computada, as medalhas por habilidades
atribuídas (habilidade de amassar, de repor uvas, de substituir garrafas) e o
nome (usuário) listado no escore geral de jogadores.
Campanha inspirada no
pôr do sol
A Festa Nacional da Uva 2016 apresenta nesta quarta-feira
o vídeo oficial de divulgação do evento. As gravações tiveram locações em
diversos pontos de Caxias e da região da Serra Gaúcha, como a Mulada, Forqueta,
Sebastopol, São Pedro da Quarta Légua e Pavilhões da Festa da Uva.
Aproximadamente 350 pessoas estão envolvidas no projeto, entre produção, atores
e figurantes e, é claro, as estrelas principais, a rainha Rafaelle Galiotto
Furlan e as princesas Laura Denardi Fritz e Patrícia Piccoli Zanrosso. Também
foram convidados grupos folclóricos de dança italiana, alemã e gaúcha, por
exemplo, para mostrar a diversidade cultural da Festa. No total, foram mais de
50 horas de gravação.
A idealizadora do roteiro, Alessandra Pinto Nora, conta
que a inspiração veio da metáfora que propõe o pôr do sol. “O sol é a linha que
nos cruza e nos une em ‘imagens e horizontes’, o tema da Festa. O pôr do
sol significa que o dia está se completando, é quando o imigrante contempla o
que conquistou”, argumenta.
Um dos principais diferenciais do VT é a utilização de
novas técnicas de iluminação, inclusive com cenas gravadas à noite, e a
captação de imagens áreas por meio de drones. “Exploramos muito
movimento, muita música e dança, tudo com um enfoque contemporâneo”, revela.
“Não estamos contando uma história, mas mostrando a Festa sob um novo ângulo”.
A divulgação será feita no Rio Grande do Sul e em Santa
Catarina. O vídeo terá três diferentes formatos: a versão estendida, que
acompanha a música tema oficial, de três minutos; a versão inicial para TV, de
um minuto; e, por fim, a versão reduzida, de 30 segundos.
Ficha técnica
Direção de cena e de Fotografia: Javier Paquito Herrera
Coordenação de produção: Elisabete Souza / Vinícius
Giacomelli
Make up e figurinos: Ciana Reis
Câmeras: Ronei Capelini / Luiz Coutinho / Igor dos Reis /
Ricardo Finco
Computação gráfica: Marcelo Colasiol
Edição: Javier Paquito Herrera / Vinicius Giacomelli /
Daniel Herrera
Produtora: Too Comunicação / Paquito Firma
31ª FESTA NACIONAL DA UVA
18 de fevereiro a 6 de março de 2016
Horários:
De 2ª a 6ª feira, das 14h às 22h
Sábado e domingo, das 9h às 22h
Ingressos
De 2ª a 5ª, R$ 12,00 - pessoas acima de 60 anos e
estudantes, R$ 6,00
De 6ª a domingo, R$ 15,00 - pessoas acima de 60 anos e
estudantes, R$ 7,50
DESFILE CÊNICO
Data e
horário:
18,
20, 21, 26, 27 e 28 de fevereiro e 05 e 06 de março, sempre às 20h.
Ingressos
Arquibancadas – R$ 30,00 - pessoas acima de 60 anos
e estudantes - R$ 15,00.
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