domingo, 11 de dezembro de 2011

Consulado da Áustria promoveu o maior Road Show de Vinhos austríacos já realizado no Brasil

Grandes rótulos de nove renomadas vinícolas, quase todas biodinâmicas, foram apresentados no mercado brasileiro, em cinco diferentes eventos que aconteceram entre 5 e 8 de dezembro em São Paulo, Rio e Campinas. Eu fui convidado para uma degustação on line, mas infelizmente, a edição do Jornal do Comércio me reteve naquela noite e não pude participar. Ficará para uma próxima vezx.
Famosos mundialmente por brancos sublimes e tintos repletos de estrutura, os rótulos austríacos são raros no Brasil. A razão é simples: uma produção pequena e consumo interno elevadíssimo limitam as exportações. Mas este quadro começa a mudar, impulsionado pelo aumento do interesse do brasileiro por vinhos de qualidade. Tanto que o Consulado Geral da Áustria decidiu promover pela primeira vez na história o Austrian Wine Show Case, uma semana especial de degustação de alguns grandes ícones austríacos.
Foram cinco eventos em São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas, promovidos em conjunto com duas das principais associações ligadas ao mundo do vinho no país: a ABS – Associação Brasileira de Sommeliers, e a SBAV – Sociedade Brasileira Amigos do Vinho. Além disso, na segunda-feira, dia 5 de dezembro, ocorreu uma degustação virtual especial, transmitida ao vivo, às 20hs pelo site Winebar, ou pela página oficial do portal no Facebook, onde também foi possível interagir com os degustadores renomados que receberam amostras dos vinhos. Nesta é que eu deveria ter partipado. Peço desculpas ao Carlos Marcondes, que foi quem me convidou.
Entre as vinícolas participantes, representadas pelas duas únicas importadoras que trazem rótulos do país, a The Special Wineries e a Mistral, destaque para a Hirsch, uma centenária produtora, considerada como uma das melhores na elaboração de brancos da Áustria. Outra bem tradicional que esteve presente nos eventos foi a Juris, que faz vinhos desde 1571 e é ícone da famosa região de Burgenland. Já a biodinâmica Loimer é reconhecida não só por belos rótulos, mas também pela arquitetura única de sua vinícola chamada pela imprensa de “Grande Caixa Preta”.
Tiveram ainda exemplares das produtoras Sattlerhof, Sonnemulde, Bründlmayer, Prieler, Graf Hardegg e Feiler-Artinger, estas duas últimas, lançaram seus vinhos pela primeira vez no Brasil e passaram a fazer parte do portfólio da The Special Wineries. “É uma seleção especial que representa algumas das melhores vinícolas do país. E com o bom momento da economia brasileira, queremos mostrar com estes eventos, que agora é possível ter acesso a excelentes rótulos austríacos, repletos de tradição, tipicidade, qualidade e sustentabilidade”, explicou o Cônsul Geral da Áustria, Ingomar Lochschmidt.
A seleção de vinhos e vinícolas representou uma viagem cultural pela Áustria e uma excelente oportunidade para conhecer os diferentes terroir do país. Foram exemplares de todas as macro-regiões produtoras, do nordeste ao sudeste, passando por Kamptal, Sudsteiermark, e pelas famosas Burgenland e Styria.
Os eventos do Austrian Wine Show Case contaram com a presença especialíssima da austríaca Kathrin Schreiner, proprietária da Sonnemulde, uma pequena vinícola familiar biodinâmica da região de Burgenland. São apenas 16 hectares de vinhas que geram principalmente belos tintos de Blauburgunder (Pinot Noir) e das autóctones Blaufränkisch, Zweigelt, St. Laurent. Esta foi a primeira vez que a produtora veio ao Brasil para promover seus vinhos, recém chegados neste semestre por aqui.
A filosofia “verde” é uma febre no país. Pouca gente sabe, mas o país é o maior produtor orgânico da União Européia, com 20% do total plantado neste tipo de cultivo. As vinícolas também são adeptas a esta prática, inclusive adotando o sistema biodinâmico, que além de banir fertilizantes de vinhedos também se utiliza de práticas exotéricas como, por exemplo, colher as uvas de acordo com as fases da lua. Em 2008 já havia no pequeno país cerca de 550 vinícolas certificadas, além de outras dezenas que seguem este formato sem adquirir o selo.
Localizada no centro da Europa, vizinha a ícones produtoras como Itália e Alemanha, o país possui cerca de 46 mil hectares de vinhas que geram 230 milhões de litros por ano, dos quais 77% são consumidos internamente, segundo dados de 2009. Todo este vinho é elaborado por seis mil vinícolas, das quais apenas 450 reservam parte de seus rótulos à exportação. Por lá, bebe-se muito, cerca de 30 litros per capita por ano, o que coloca o país em 13º lugar no ranking mundial de consumo de vinho.
Ao todo são 16 regiões produtoras, com sete denominações de origem controladas (DAC), além da famosa Wachau que possui apelação própria. O país conta ainda com seis cepas indígenas segundo pesquisas feitas pelo governo local: as tintas Sankt Laurent (da família da Pinot Noir), Blaufrankisch, Rotgipfler e Zweigelt, e as Brancas Gruner Veltliner e Zierfandler.
Destaque também para a Gelber Muskateller, que apesar de ter origem grega, quase desapareceu na terra natal e adotou a Áustria como terroir de belíssimos exemplares. Há ainda a rara Furmint, conhecida pelos vinhos Tokaj, da vizinha Hungria, mas que também é plantada na terra da valsa, produzindo vinhos secos excepcionais.
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