sábado, 24 de março de 2012

Wines of Brasil promoveu degustação em Estocolmo e encaminhou negócios na Suécia


Embaixadora Leda Letícia Camargo e Ana Paula Bkleinowski, em Estocolmo

Mostrando onde fica o Rio Grande do Sul no mapa
Crédito das fotos: Orestes de Andrade Jr Wines of Brasil
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Um segundo evento consecutivo de degustação de vinhos brasileiro em Estocolmo contou com a promoção do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e presença de seis vinícolas integrantes do projeto Wines of Brasil: Aurora, Basso, Casa Valduga, Lidio Carraro, Miolo e Salton. Pelo que me diz o jornalista Orestes de Andrade Jr., os suecos aprovaram nosso vinho.
O vinho tinto Quinta do Seival Castas Portuguesas, safra 2008, ganhou um lançamento temporário na Systembolaget, o monopólio responsável pela comercialização no varejo de bebidas alcoolicas na Suécia. A partir de 1º de setembro, o rótulo estará nas prateleiras das butiques do monopólio sueco, permanecendo até 14 de fevereiro de 2013. Este é o primeiro resultado prático do trabalho feito pelo projeto Wines of Brasil, realizado em parceria pelo Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) e pela Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), junto ao monopólio que controla a venda de bebidas alcoolicas na Suécia. O volume pode passar de 4 mil garrafas. “É um passo super importante. Há anos estávamos trabalhando para ter os vinhos da Miolo no Systembolaget”, comentou o gerente de exportações da vinícola, Fabiano Maciel.
No último dia 8 de março, o Wines of Brasil promoveu a segunda degustação de vinhos e espumantes verde-amarelos no Hotel Scandic Anglais, em Estocolmo, capital da Suécia. A promoção do evento foi do Ministério das Relações Exteriores (MRE), por meio da Embaixada do Brasil na Suécia. Seis vinícolas estiveram presentes: Aurora, Basso, Casa Valduga, Lidio Carraro, Miolo e Salton. O novo representante do Systembolaget, Magnus Lindblom, esteve presente na degustação e disse que as chances de abrir uma licitação, ainda este ano, para os vinhos brasileiros, são muito grandes. “Foi uma apresentação muito agradável de vinhos brasileiros de excelente qualidade”, comentou. Em novembro do ano passado, o ex-comprador de vinhos do Systembolaget para a América do Sul, Magnus Elkof, esteve no Brasil visitando algumas das 37 vinícolas integrantes do Wines of Brasil. “Cada vez mais estamos próximos de ampliarmos a nossa presença na Suécia, através do monopólio”, disse a representante do Wines of Brasil, Ana Paula Kleinowski.
Cerca de 80 convidados, entre jornalistas, importadores, sommeliers e donos de hoteis, bares e restaurantes participaram do evento. A embaixadora Leda Lúcia Camargo, que assumiu há pouco o posto em Estocolmo, esteve presente e prometeu total apoio aos vinhos brasileiros na Suécia. “Quando estava em Praga promovemos uma série de eventos que ajudaram os vinhos brasileiros a aumentarem as suas vendas na República Tcheca. Agora, vamos fazer o mesmo aqui na Suécia”, prometeu. Para o ano que vem, a embaixadora quer promover, além de um evento de degustação, um jantar harmonizado na sua residência para autoridades suecas, compradores, chefs e sommeliers. “Agora que temos vinhos brasileiros aqui, todos os eventos oficiais da Embaixada terão os rótulos verde-amarelos”, garantiu.
Presente no evento de degustação, a Lidio Carraro, que conquistou agente no evento do ano passado, teve a confirmação de que seus vinhos foram incluídos nas cartas de dois restaurantes em Estocolmo. “São nossos primeiros clientes aqui”, comemorou Patrícia Carraro. A venda direta dos agentes para restaurantes e hoteis é permitida pelo monopólio e pode ser a porta de entrada às lojas do Systembolaget. “Nossos vinhos estão tendo uma boa receptividade dos clientes, que reconhecem a qualidade e a tipicidade dos vinhos brasileiros”, destacou Patrícia, que pretende dobrar suas exportações para a Suécia este ano.
A Basso acertou que o agente da Noruega vai trabalhar na importação de vinhos para a Suécia. Rosana Pasini, da Aurora, diz que o destaque ficou para o vinho Aurora Reserva Merlot, que foi apresentado para o representante do Systembolaget, Magnus Lindblom. O representante da Aurora, Fondberg, tradicional importador do mercado sueco, está aguardando a abertura de licitação no monopólio para começar a exportar. Este é o mesmo caso da Salton, cujo agente é o mesmo da Miolo e da Lidio Carraro para a Suécia.
Até agora, os vinhos brasileiros têm participado de licitações temporárias (compras sazonais) no Systembolaget. “A meta é termos nossos vinhos em venda permanente nas lojas, proporcionando uma oferta maior de produtos aos suecos”, frisou Ana Paula. Em 2010, o Systembolaget incluiu, pela primeira vez, as vinícolas brasileiras na licitação para compra de espumantes moscatéis. No ano passado, renovou convite para as empresas verde-amarelas participarem da oferta de vinho branco (chardonnay) e rosé. O Systembolaget é o local de compra de 74% dos vinhos vendidos aos consumidores suecos.

Na Suécia, que possui um consumo per capita de 26 litros de vinho e derivados ao ano, tem crescido bastante o consumo de vinho rosé e de espumante. O país escandinavo é um dos oito mercados-alvo a serem trabalhados nos próximos dois anos pelo projeto Wines of Brasil. Os demais países prioritários para a promoção dos vinhos brasileiros são Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Hong Kong, Países Baixos, Polônia e Reino Unido.

Atualmente, quatro empresas integrantes do WFB vendem vinhos para a Suécia – Miolo, Aurora, Rio Sol e, a Garibaldi, que venceu a licitação para exportação de espumante moscatel.
Desde o ano 2000, a importação e distribuição de álcool podem ser realizadas por meio de importadores registrados na Fazenda sueca. Apenas o monopólio do varejo permanece, através do Systembolaget. O consumo de vinhos tintos na Suécia representa 57% do total, sendo 32% brancos e 11% espumantes e outros. A origem dos produtos está assim dividida: Novo Mundo (43%) e Velho Mundo (57%).

- O Systembolaget tem 412 lojas, 9.000 itens cadastrados de mais de 40 países fornecedores, 114.1 milhões de clientes e 4.397 empregados (dados 2009). O faturamento alcança 23,5 bilhões de SEK’s (cerca de 2,35 bilhões de euros).
- 51% das vendas são de vinho em Bib (Bag-in-box).
- A África do Sul foi o país que mais ganhou mercado nos últimos anos, passando de 5 milhões de litros em 2000 para 35 milhões de litros em 2009, mostrando o quanto os suecos estão abertos a novos produtos.
- O Systembolaget também tem uma grande preocupação com sustentabilidade e responsabilidade sociais, considerando, cada vez mais, estes fatores na compra dos produtos. O interesse do monopólio não é de aumentar as vendas e consumo, mas sim, trabalhar cada vez mais próximo aos serviços que presta aos seus clientes.

•Produção: Praticamente inexistente, devido às condições climáticas;
•Importação: Corresponde a quase todo o valor consumido;
•Consumo: 160 milhões de litros;
•Consumo per capta: 26 litros;
• A Austrália é o principal fornecedor, seguido da África do Sul e Itália;
•A participação da Austrália cresceu 31,7% de 2006 a 2007, sendo que o maior crescimento no mesmo período foi da Nova Zelândia (47%);
•Outros crescimentos expressivos foram obtidos pelo Líbano (42,2%) e Áustria (33,2%);
•Os países com as maiores perdas de mercado foram a Romênia (-23,7%) e Grécia (20,8%);
•54% do mercado é de bag-in-box. O seu consumidor é fiel e está numa faixa etária maior, com renda acima da média;
•Há um aumento de consumo de vinhos tintos mais caros, entre US$ 10 e US$ 15. E o segmento dos mais baratos está diminuindo;
•Há uma maior aceitação para tampas-rosca, especialmente nos vinhos brancos.


Crédito das fotos: Orestes de Andrade Jr Wines of Brasil
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Um segundo evento consecutivo de degustação de vinhos brasileiro em Estocolmo contou com a promoção do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e presença de seis vinícolas integrantes do projeto Wines of Brasil: Aurora, Basso, Casa Valduga, Lidio Carraro, Miolo e Salton. Pelo que me diz o jornalista Orestes de Andrade Jr., os suecos aprovaram nosso vinho.
O vinho tinto Quinta do Seival Castas Portuguesas, safra 2008, ganhou um lançamento temporário na Systembolaget, o monopólio responsável pela comercialização no varejo de bebidas alcoolicas na Suécia. A partir de 1º de setembro, o rótulo estará nas prateleiras das butiques do monopólio sueco, permanecendo até 14 de fevereiro de 2013. Este é o primeiro resultado prático do trabalho feito pelo projeto Wines of Brasil, realizado em parceria pelo Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) e pela Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), junto ao monopólio que controla a venda de bebidas alcoolicas na Suécia. O volume pode passar de 4 mil garrafas. “É um passo super importante. Há anos estávamos trabalhando para ter os vinhos da Miolo no Systembolaget”, comentou o gerente de exportações da vinícola, Fabiano Maciel.
No último dia 8 de março, o Wines of Brasil promoveu a segunda degustação de vinhos e espumantes verde-amarelos no Hotel Scandic Anglais, em Estocolmo, capital da Suécia. A promoção do evento foi do Ministério das Relações Exteriores (MRE), por meio da Embaixada do Brasil na Suécia. Seis vinícolas estiveram presentes: Aurora, Basso, Casa Valduga, Lidio Carraro, Miolo e Salton. O novo representante do Systembolaget, Magnus Lindblom, esteve presente na degustação e disse que as chances de abrir uma licitação, ainda este ano, para os vinhos brasileiros, são muito grandes. “Foi uma apresentação muito agradável de vinhos brasileiros de excelente qualidade”, comentou. Em novembro do ano passado, o ex-comprador de vinhos do Systembolaget para a América do Sul, Magnus Elkof, esteve no Brasil visitando algumas das 37 vinícolas integrantes do Wines of Brasil. “Cada vez mais estamos próximos de ampliarmos a nossa presença na Suécia, através do monopólio”, disse a representante do Wines of Brasil, Ana Paula Kleinowski.
Cerca de 80 convidados, entre jornalistas, importadores, sommeliers e donos de hoteis, bares e restaurantes participaram do evento. A embaixadora Leda Lúcia Camargo, que assumiu há pouco o posto em Estocolmo, esteve presente e prometeu total apoio aos vinhos brasileiros na Suécia. “Quando estava em Praga promovemos uma série de eventos que ajudaram os vinhos brasileiros a aumentarem as suas vendas na República Tcheca. Agora, vamos fazer o mesmo aqui na Suécia”, prometeu. Para o ano que vem, a embaixadora quer promover, além de um evento de degustação, um jantar harmonizado na sua residência para autoridades suecas, compradores, chefs e sommeliers. “Agora que temos vinhos brasileiros aqui, todos os eventos oficiais da Embaixada terão os rótulos verde-amarelos”, garantiu.
Presente no evento de degustação, a Lidio Carraro, que conquistou agente no evento do ano passado, teve a confirmação de que seus vinhos foram incluídos nas cartas de dois restaurantes em Estocolmo. “São nossos primeiros clientes aqui”, comemorou Patrícia Carraro. A venda direta dos agentes para restaurantes e hoteis é permitida pelo monopólio e pode ser a porta de entrada às lojas do Systembolaget. “Nossos vinhos estão tendo uma boa receptividade dos clientes, que reconhecem a qualidade e a tipicidade dos vinhos brasileiros”, destacou Patrícia, que pretende dobrar suas exportações para a Suécia este ano.
A Basso acertou que o agente da Noruega vai trabalhar na importação de vinhos para a Suécia. Rosana Pasini, da Aurora, diz que o destaque ficou para o vinho Aurora Reserva Merlot, que foi apresentado para o representante do Systembolaget, Magnus Lindblom. O representante da Aurora, Fondberg, tradicional importador do mercado sueco, está aguardando a abertura de licitação no monopólio para começar a exportar. Este é o mesmo caso da Salton, cujo agente é o mesmo da Miolo e da Lidio Carraro para a Suécia.
Até agora, os vinhos brasileiros têm participado de licitações temporárias (compras sazonais) no Systembolaget. “A meta é termos nossos vinhos em venda permanente nas lojas, proporcionando uma oferta maior de produtos aos suecos”, frisou Ana Paula. Em 2010, o Systembolaget incluiu, pela primeira vez, as vinícolas brasileiras na licitação para compra de espumantes moscatéis. No ano passado, renovou convite para as empresas verde-amarelas participarem da oferta de vinho branco (chardonnay) e rosé. O Systembolaget é o local de compra de 74% dos vinhos vendidos aos consumidores suecos.

Na Suécia, que possui um consumo per capita de 26 litros de vinho e derivados ao ano, tem crescido bastante o consumo de vinho rosé e de espumante. O país escandinavo é um dos oito mercados-alvo a serem trabalhados nos próximos dois anos pelo projeto Wines of Brasil. Os demais países prioritários para a promoção dos vinhos brasileiros são Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Hong Kong, Países Baixos, Polônia e Reino Unido.

Atualmente, quatro empresas integrantes do WFB vendem vinhos para a Suécia – Miolo, Aurora, Rio Sol e, a Garibaldi, que venceu a licitação para exportação de espumante moscatel.
Desde o ano 2000, a importação e distribuição de álcool podem ser realizadas por meio de importadores registrados na Fazenda sueca. Apenas o monopólio do varejo permanece, através do Systembolaget. O consumo de vinhos tintos na Suécia representa 57% do total, sendo 32% brancos e 11% espumantes e outros. A origem dos produtos está assim dividida: Novo Mundo (43%) e Velho Mundo (57%).

- O Systembolaget tem 412 lojas, 9.000 itens cadastrados de mais de 40 países fornecedores, 114.1 milhões de clientes e 4.397 empregados (dados 2009). O faturamento alcança 23,5 bilhões de SEK’s (cerca de 2,35 bilhões de euros).
- 51% das vendas são de vinho em Bib (Bag-in-box).
- A África do Sul foi o país que mais ganhou mercado nos últimos anos, passando de 5 milhões de litros em 2000 para 35 milhões de litros em 2009, mostrando o quanto os suecos estão abertos a novos produtos.
- O Systembolaget também tem uma grande preocupação com sustentabilidade e responsabilidade sociais, considerando, cada vez mais, estes fatores na compra dos produtos. O interesse do monopólio não é de aumentar as vendas e consumo, mas sim, trabalhar cada vez mais próximo aos serviços que presta aos seus clientes.

•Produção: Praticamente inexistente, devido às condições climáticas;
•Importação: Corresponde a quase todo o valor consumido;
•Consumo: 160 milhões de litros;
•Consumo per capta: 26 litros;
• A Austrália é o principal fornecedor, seguido da África do Sul e Itália;
•A participação da Austrália cresceu 31,7% de 2006 a 2007, sendo que o maior crescimento no mesmo período foi da Nova Zelândia (47%);
•Outros crescimentos expressivos foram obtidos pelo Líbano (42,2%) e Áustria (33,2%);
•Os países com as maiores perdas de mercado foram a Romênia (-23,7%) e Grécia (20,8%);
•54% do mercado é de bag-in-box. O seu consumidor é fiel e está numa faixa etária maior, com renda acima da média;
•Há um aumento de consumo de vinhos tintos mais caros, entre US$ 10 e US$ 15. E o segmento dos mais baratos está diminuindo;
•Há uma maior aceitação para tampas-rosca, especialmente nos vinhos brancos.

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