Apurados os dados da exportação de vinho relativamente ao ano de 2011 que se revelou muito positivo, tendo atingido 675 milhões de euros, o que representa 1,6% do valor total das exportações nacionais (42,37 mil milhões euros) e 66% dos produtos “bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres” (1,02 mil milhões euros). As informações são da Wine Portugal, confirmando o que ouvi, em novembro do ano passado, quando andei pelo Alentejo, o Algarve e pela Península de Setúbal conhecendo excelentes vinícolas, algumas novas e outras muito antigas, todas falando na necessidade de aumentar as exportações de vinho.
Os vinhos “tranquilos” (+10% em valor e +22% em volume) foram o principal gerador deste crescimento, dada a quebra verificada nos licorosos (-3,3% em valor e -3,4% em volume), essencialmente devido à redução do volume de exportação de Vinho do Porto e Vinho Madeira. Apesar desta redução, não houve oscilações negativas do preço médio, dado que no Porto a variação foi de -0,5% e no Madeira chegou mesmo a crescer 12,3%.
O valor das exportações de vinhos “tranquilos” representou 51% do total, ultrapassando pela primeira vez o montante gerado pelos vinhos licorosos.
A categoria dos vinhos espumantes manteve em 2011 tendência de crescimento que vem registando, com incrementos assinaláveis de 46% em valor e 25% em volume, apesar de apenas representar 1,6% do total das exportações de vinhos. Ainda assim, 2011 marca esta categoria por se ter ultrapassado o montante de 10 milhões euros.
As exportações para países terceiros (sem Porto e Madeira) representaram 59% do volume e 55% do valor exportado, sinalizando o esforço global que tem sido feito naqueles mercados.
Os principais mercados repetem-se em 2011, com Angola, França, Alemanha, Reino Unido, EUA e Brasil todos a aumentar o volume importado de Portugal. De forma mais acentuada, França cresce 32,2% e Angola 27,9%; Alemanha 16,4% e Brasil 14,1%. Com aumento mais suave, o Reino Unido aumenta 4,7% e os EUA 2,1%. Também o mercado da China continua com interessantes níveis de crescimento, tendo importado mais 123% do que em 2010.
No valor das exportações, apenas Reino Unido e EUA tiveram diminuições, com -2,6% e -4,1% respectivamente, tendo os restantes evoluído positivamente com Angola a liderar o crescimento com +30,6%, seguindo-se Brasil (+18,7%), França (+6,8%) e Alemanha (+5,5%). O mercado chinês aumentou 91,7% em valor, mas com diminuição do preço médio em 14%, para 1,35€/litro.
Assim como Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e S. Tomé e Príncipe registram bons níveis de crescimento, mas com preços médios bastante inferiores à média nacional de 1,61 €/litro. As exportações aumentaram para estes mercados, em volume e valor, com preços médios para a Guiné Bissau de 0,62 €/litro, Moçambique de 0,69 €/litro e S. Tomé e Príncipe de 0,76 €/litro.
No continente americano, o mercado do Canadá que ocupa o 9.º lugar em volume e o 7.º em valor, evoluiu na ordem dos 9% em valor e volume, sendo o 2.º melhor mercado em termos de preço médio (3,12 €/litro).
O mercado da China mantém comportamento positivo, crescendo 123% em volume e 91% em valor mas com o preço média a cair -14%, subindo de18º lugar para 13º em valor no ranking dos principais mercados de destino.
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