Os especialistas em vinhos do centro do país, como meus amigos Alexandre Lala e Didu Russo,já estão dizendo que a comunidade internacional começou a reagir à possibilidade de aplicação de salvaguardas contra o vinho importado pelo governo brasileiro. Os dependentes das importadoras também.
O produtor português António Soares Franco, por exemplo, garantiu que o
“Brasil entrou em uma guerra comercial e irá perder”. O Comitê
Interprofissional das Denominações de Origem e a Federação dos
Exportadores de Vinhos e Espirituosos da França alertaram o ministro
do Comércio Exterior e o Comissário Europeu oficialmente sobre as
medidas protecionistas em estudo no Brasil. O pedido de aplicação de
salvaguardas para o vinho brasileiro foi protocolado junto ao
Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior em julho
de 2011 e teve como peticionários o Instituto Brasileiro do Vinho, em
conjunto com a União Brasileira de Vitivinicultura, a Federação das
Cooperativas do Vinho e o Sindicato da Indústria do Vinho do Estado do
Rio Grande do Sul. O objetivo é tentar diminuir a concorrência do
vinho importado. O melhor caminho, no meu entender, seria tratar de
aumentar ainda mais a qualidade do vinho brasileiro e sua
competitividade, diminuindo os preços, neste caso com desoneração
fiscal por parte dos governos. As entidades solicitaram a salvaguarda
porque o mercado, nos últimos anos, “cresceu apenas para os produtos
importados. Dos 91,9 milhões de litros de vinhos finos comercializados
em 2011, apenas 21,3% eram nacionais”. Ao contrário do que escrevi em minha coluna diária no Jornal do Comércio de Porto Alegre, o pedido atingirá o Chile,
que é o principal exportador para o Brasil, com 40%.
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