O balanço de exportações de carne ovina do Uruguai em 2011 mostra duas caras bem contrapostas. Por um lado, conseguiu-se um novo recorde em matéria de dólares gerados: US$ 84,3 milhões. Esse valor representa 7% a mais que em 2010 e supera 4% o recorde anterior, obtido em 2009. No entanto, quanto ao volume exportado, experimenta uma nova redução com relação ao ano anterior, representando o menor volume dos últimos seis anos.
As exportações de carne ovina somaram 17,3 mil toneladas peso carcaça em 2011, 12% a menos que em 2010 e 46% a menos que em 2009. A obtenção de um preço médio excepcional de exportação explicou como, diante de uma baixa nos volumes exportados, igualmente se alcançou um recorde em matéria de dólares gerados.
O preço médio de exportação chegou a US$ 4.870 por tonelada peso carcaça, o que representa 21% a mais que em 2010 e 90% a mais que a média obtida em 2009. Também supera amplamente a média de 2008 (US$ 2.861 por tonelada) e, assim, consegue-se o valor máximo da história de exportação desse produto no Uruguai.
A União Europeia (UE) e o Brasil voltaram a ser os destinos mais importantes para a carne ovina uruguaia. Nessa ocasião e diferentemente do ocorrido em 2010, a UE liderou o mercado, com 39% do valor e 36% do volume total exportado. O Brasil foi o segundo destino em importância, representando 36% em valor e 29% em volume.
A primeira diferença destacada que se observa nos resultados de 2011 é a crescente participação da China na importação de carne ovina. Esse país ocupou o terceiro lugar, com 10% dos dólares gerados e 18% em volume, passando à frente dos países árabes que, de forma conjunta, ocuparam o terceiro lugar em 2010. A China foi o único destino que aumentou os volumes importados em 160% com relação ao ano anterior: passou de 1,2 para 3,1 mil toneladas peso carcaça.
Em matéria de preços, a importante melhora da média reflete os aumentos em todos os mercados, sem exceção, destacando-se novamente o Brasil como o destino de maior valor para a carne ovina uruguaia, com um preço médio de US$ 6.186 por tonelada peso carcaça. A UE está em segundo lugar no ranking dos preços pagos pelos mercados, com uma média de US$ 5.269 por tonelada peso carcaça.
A reportagem é do El País, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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