A qualificação de mão de obra é apontada como dos fatores que atrapalham o crescimento da cadeia produtivo de Ovinos e Caprinos de Mato Grosso. De acordo com a produtora de Ovinos de Rondonópolis, Fernanda de Oliveira Campos, a falta de profissionais qualificados gera entre os produtores uma disputa acirrada por aqueles trabalhadores que têm algum conhecimento. "Hoje se você encontrar um profissional que sabe lidar com ovinos tem que tratar bem e não pode largar dele", brinca.
A produtora participou na manhã dessa segunda-feira (19.03) do primeiro dia do Workshop das Cadeias Produtivas, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), na sede da instituição, em Cuiabá. "Esse encontro está sendo muito positivo, pois poderemos avaliar o que é preciso para melhorar a capacitação dos trabalhadores que irão atuar na nossa propriedade", pontuou a produtora.
Além da rondopolitana, outras 60 pessoas que representam instituições ligadas às cadeias produtivas de ovinocultura e caprinocultura, como universidades, Embrapa, Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar de Mato Grosso (Sedraf), participaram do encontro. “Nós pretendemos identificar e antecipar tendências e demandas por capacitação profissional rural para atender o mercado de trabalho agropecuário do Estado de Mato Grosso”, explicou o superintendente do Senar-MT, Tiago Mattosinho, ao falar sobre o objetivo do workshop.
O facilitador do workshop, professor PhD em Administração Rural, Altair Dias de Moreira, da Universidade Federal de Viçosa (FGV), de Minas Gerais, explica que o evento é uma sessão consultiva com os especialistas de cada cadeia. "Queremos saber dos cursos oferecidos pelo Senar-MT quais devem continuar, quais devem mudar, quais permanecem inalterados e quais são desnecessários, devido a mudança de tecnologia ou outro fator", aponta.
Cadeia produtiva de ovinocultura e caprinocultura - Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), a ovinocaprinocultura é uma atividade extremamente viável ao produtor mato-grossense, que investiu durante 10 anos em pesquisas de melhoria genética. Por este motivo, hoje não é mais preciso importar material genético das raças Dorper e Santa Inês no Estado.
O rebanho é de aproximadamente um milhão de cabeças e a expectativa é de que até 2015 esse número aumente em 400%, chegando a cinco milhões de cabeças, suprindo a demanda interna pelos produtos derivados do segmento. O crescimento no rebanho é oportunidade para geração de emprego e renda no Estado. Atualmente a produção de ovinos e caprinos está espalhada pelos municípios do Vale do Guaporé, em Cáceres, Alta Floresta, Colíder, Vale do Araguaia e na Baixada Cuiabana.
Fonte: ASCOM Senar-MT
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