quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Presidente da Casa Valduga dá aula de empreendedorismo

                                Juarez Valduga e seu chapéu de palha
                                  Arquivo JN

Classificando-se antes de tudo como colono e enfatizando a necessidade de se valorizar o produtor rural, o empresário Juarez Valduga, presidente do Grupo Famiglia Valduga, de Bento Gonçalves, encantou os cerca de 50 empresários e executivos participantes do segundo encontro empresarial, promovido pela Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) e Sebrae Vales do Taquari e Rio Pardo na noite de terça-feira (06.10) no salão de eventos da entidade. Certamente, contou a história que mais gosta, a de que, quando era jovem e estava iniciando sua vida empresarial, tinha dificuldade de entrar em alguns lugares, principalmente bancos, por seu aspecto de colono, com roupas simples e chapéu de palha. Era obrigado, por exemplo, a tirar o chapéu para ter acesso aos bancos. Hoje, poderoso, com sucesso e dinheiro, anda sempre de chapéu...
Formado inicialmente pela Casa Valduga, fundada em 1º de maio de 1973, Casa Madeira (1992), Domno Importadora/.Nero (2014), o grupo amplia sua diversificação com duas novas empresas criadas em 2015 – a Leopoldina Jardim, focada na produção de cervejas artesanais finas, e a Vinotage, produtora de cosméticos à base de uva. O grupo distribui seus produtos para os 26 estados brasileiros e 21 países. Os vinhos e espumantes Valduga são os produtos escolhidos para serem servidos em todas as recepções às autoridades e grupos estrangeiros recebidos no Palácio Itamaraty, em Brasília. O presidente explica que esta particularidade facilitou a expansão e abertura do mercado internacional para os vinhos e espumantes da empresa, sediada na Linha Leopoldina, no coração do Vale dos Vinhedos.
O empresário sensibilizou o público ao contar de forma simples e bem-humorada a história de empreendedorismo da família, de intenso trabalho ao longo de mais de 40 anos e as decisões que culminaram na diversificação e fortalecimento do grupo. A Famiglia Valduga hoje atua com enoturismo, cursos (degustação), culinária (restaurante Maria Valduga), hotelaria (possui cinco pousadas), eventos (espaço para casamentos, eventos corporativos e confraternizações) e enobutiques (delicatessen, vinoterapia, bistrô e gelatteria). O grupo produz anualmente seis milhões de litros, sendo 52% de espumantes e 48% de vinhos.

No momento de interação com os convidados, interrogado pelo presidente da Acil, Alex Schmitt, Valduga estimulou o Vale do Taquari a descobrir a sua vocação e investir na busca da denominação de origem (DO), conquistada pela região do Vale dos Vinhedos depois de mais de 20 anos de intensa mobilização. Como exemplo, surgiram ideias de serem trabalhadas vocações como a produção de lácteos ou de carne suína, dentro do segmento alimentício. O empresário, que foi um dos líderes que mais atuou para a conquista da primeira DO de uma região geográfica no Brasil, prontificou-se a ser o “padrinho” do VT para a mobilização. Ao final, os participantes, convidados pelo empresário, brindaram com espumantes da Casa Valduga, sendo após servido o jantar. 

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