O Uruguai, que já foi um dos maiores exportadores de lãs do mundo, está importando o produto para suas indústrias de tecidos. Em um cenário de escassez e demanda de lã, o Uruguai "pode produzir mais 20 milhões de quilos do produto para abastecer a indústria têxtil", disse o gerente geral do Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL), Gabriel Capurro, ao inaugurar o seminário "A produção ovina nos próximos anos". O Uruguai exporta 65 milhões de quilos por ano. O encontro que ocorreu no Laboratório Tecnológico do Uruguai (LATU), foi organizado pela Sociedade de Criadores de Corriedale do Uruguai (SCCU).
A indústria têxtil importa esse volume "porque a capacidade das processadoras instaladas é superior à produção de lã", disse o presidente da Central Lanera Uruguaia (CLU), Eduardo Pietra. Ele disse que "a indústria tem que trabalhar a plena capacidade para manter os custos baixos e manter a competitividade" e agregou que, além da queda do rebanho ovino, atualmente "exporta-se mais lã suja comparado há uma década".
Por outro lado, o gerente geral do SUL disse que a União Europeia (UE) é chave para as exportações uruguaias e enfatizou que agora é uma "zona de risco" por causa da crise econômica que vive. Ao traçar um panorama da situação, Capurro também mencionou que o Brasil é fundamental para a carne ovina e também que há riscos pelas incertezas por saber até quando poderá sustentar uma moeda forte. O gerente geral do SUL afirmou que a China é muito importante no mercado de lã, sendo o principal comprador, e recordou que "houve um aumento muito importante de preços" em dois anos.
Ao concluir sua análise, que foi precedida por uma visão sobre a evolução da produção ovina nas últimas décadas, caracterizada pela queda do estoque e valorização dos produtos, Capurro disse que "há demanda muito firme e oferta muito limitada".
Por outro lado, Pietra enfatizou a necessidade de "posicionar a lã nos mercados" e garantiu que a baixa produção se manterá, com um piso de preços altos e sugeriu observar o desenvolvimento das moedas no mundo.
A reportagem é do www.elobservador.com.uy, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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