quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Galvão Bueno prestigiou os vinhos da Campanha em Livramento


Danilo Ucha, Ivan Magalhães, Darci Miolo, Galvão Bueno, João Benedetti, Adriano Miolo, Afrânio Moraes e esposa, movimentada mês no Jantar dos Vinhos da Campanha


Adriano e Darci Miolo, Galvão Bueno, Afrânio Moraes Filho e João Benedetti



Afrânio Moraes Filho, Galvão Bueno, Danilo Ucha e Adriano Miolo

Galvão Bueno, Isadora Pötter, da Guatambu, Danilo Ucha, e Nara Pötter


Isadora Pötter, da Guatambu, e Danilo Ucha


Darci Miolo, Danilo Ucha e Afrânio Moraes Filho

Prefeito Wainer Machado, Danilo Ucha, chef João Delpupo e Ivan Magalhães
Fotos Jadir Pires


Uma ação importante da Associação dos Vinhos da Campanha, com apoio do Miolo Wine Group, foi levar o narrador esportivo da TV Globo e produtor de vinhos em Candiota, Galvão Bueno, a Santana do Livramento, na fronteira com Rivera, Uruguai, para conhecer a loja de vinhos da Campanha instalada pela associação no ponto de maior passagem de turistas das duas cidades, e, depois, participar de um jantar, no antigo Clube Comercial, com apresentação de carne bovina hereford – típica da região – e carne de cordeiro, um dos maiores produtos de Livramento, harmonizadas com 15 dos melhores vinhos produzidos na região, inclusive o Paralelo 31, do próprio Galvão Bueno, que possui vinhedos em Candiota.
Estavam presentes, além dos produtores representativos das vinícolas associadas, como Valter José Pötter, a esposa Nara e as filhas Gabriela e Isadora; o presidente da associação, Afrânio Moraes Filho, da Almadén; Roberto Menezes, da Rio Velho; o enólogo Eder Peruzzo, da Vinícola Peruzzo, de Bagé; Simone Marasca, representante da Vinícola Campos de Cima, de Itaqui; Edson Chein, e muita gente mais. Em companhia de Galvão Bueno, seu sócio Ivan Magalhães Siqueira, que contava para quem quisesse ouvir que nasceu naquela região da campanha, em Santana do Livramento, em antiga fazenda de Thomas Albornoz, de quem seu pai era posteiro. Roberto Menezes andava de um lado para o outro, pois, além de ser o responsável pelo funcionamento da loja Vinhos da Campanha, era um dos organizadores do jantar.
Na apresentação da loja, onde Galvão Bueno fez questão de destacar seu vinho Paralelo 31, estavam o criador Luiz Pedro Albornoz, que me ajudou a defender, numa discussão com defensores da angus, a importância da raça hereford para aquela região, onde algumas estâncias tem mais de 100 anos de genética hereford; o jornalistas Duda Pinto, Nelson Moreira, Fábio Perez e Jadir Couto Pires, políticos como Maria Regina Prado Alves, Nelmo Oliveira, Silvio Bueno Vares, o prefeito Wainer Machado e outros. Também presentes Adriano Miolo e seu pai Darci Miolo, João Benedetti, da Vinícola Lovara.
O jantar, no Clube Comercial, foi uma festa, com mais de 250 pessoas. Galvão Bueno, alegre e simpático, abraça todo o mundo, subiu ao palco, fez discurso emocionado, elogiando o vinho brasileiro e o terroir da Campanha, cantou junto o Hino Riograndense e, depois de receber, das mão de Cabeto Martins, uma bandeira do Esporte Clube 14 de Julho, o mais popular de Livramento, fundado em 1906, admitiu que aquela é a camisa mais bonita do mundo, pois tem as cores da do Flamengo, do Rio, seu time do coração. Adriano Miolo também subiu ao palco e falou sobre todos os terroirs brasileiros para garantir que aquele é o melhor e, por isso, 15% dos vinhos finos brasileiros já saem da região da Campanha. Observou que, na serra gaúcha, a maior produtora de vinhos, 80% dos parreirais ainda tem uvas americanas e híbridas, enquanto na Campanha, são 100% de viníferas. E citou este bloguista, lembrando que, certa vez, eu escrevi que a Campanha é a Nova Califórnia do vinhedo brasileiro. Em 10 anos, garantiu vai mudar o conceito do vinho brasileiro.
Galvão anunciou que seu próximo vinho, que ele imagina que será o vinho nº 1, o ícone de sua propriedade, levará o nome Galvão Bueno 1836, em homenagem à proclamação da República Riograndense pelo general Neto. Sua propriedade, garantiu, está diante do marco histórico que registra aquele ato heróico dos gaúchos. Adriano Miolo não ficou para trás e anunciou para abril novos vinhos do Miolo Wine Group, entre os quais o esperado Tannat Velhas Vinhas, elaborado com uvas tannats de videiras de mais de 30 anos, plantadas pelos iniciadores do Projeto Almadén, a National Distillers.
O cardápio do jantar, harmonizado com os 15 melhores vinhos da Região da Campanha, constou de raviole rosé, entrecot de hereford e filé de cordeiro ao molho de mostarda e carré francês ao molho de ervas. O entrecot teve origem nos animais hereford e braford da Estância Guatambu, de Dom Pedrito. O cordeiro foi especialmente preparado pelo chef João Delpupo, vindo especialmente de Vitória, no Espírito Santo, para colaborar no jantar. Foi trazido por Paulo Ricardo Schida Corrêa, da Agrovitória, que vende cordeiros no Espírito Santo e possui uma unidade de produção em Santana do Livramento. Junto com ele estava o sócio Lins Elói da Costa.
Segundo o diretor comercial da Vitória, Paulo Ricardo Schida Corrêa, a ação fez parte de um projeto que visa a divulgar os valores e sabores da carne ovina a fim de ganhar espaço junto aos chefs fortalecendo uso desta carne. “Valorizar todos os cortes, divulgando que estes cortes podem ser utilizados por todas as camadas sociais, basta ajustar o corte à receita correta”, ressaltou Schida.
O diretor da empresa diz que este será o primeiro de muitos eventos em que o vinho será parceiro da carne ovina. “O mercado consumidor está aquecido, com vontade de consumir o nosso produto, vamos promover eventos que favoreçam o encontro entre as duas pontas, produto e consumidor”, finaliza .

Um comentário:

João Delpupo disse...

Importante lembrança para quem esteve lá e informação concisa que carrega a importância do evento para os que não tiveram esta oportunidade. Parabéns mestre.