segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Ysern Tannat-Tannat – O retorno

Reconhecendo a potência do vinho, respeitoso e alertado pela mensagem do Javier Carrau, abri a segunda garrafa do Ysern Tannat-Tannat com uma nova tática.
Em um decantador de base larga deixei-o aerar por quatro horas e elevei a temperatura de serviço para 20 graus centígrados.
O vinho amansou-se admirávelmente e permitiu degustação à capela sem ofender por adstringência. E quando acompanhou um tira-bocas de filé mignon suíno à Chateaubriand, não subjugou o chancho. Acabou lá pela quinta hora em muito bom estado, esbanjando juventude, potência e promessas de futuras complexidades.
Mas agora deu para perceber melhor que vai ser um grande vinho quando as suas partes constituintes se amalgamarem melhor, o carvalho se integrar à fruta e os taninos se suavizarem.
Vinhos assim só comprando em caixa e abrindo uma garrafa a cada ano para acompanhar a evolução e encontrar o ponto ideal de maturidade.

Olyr Corrêa, do Rio

Um comentário:

OC disse...

Ucha,

minha sobrinha, Jussara Silveira, também apaixonada por vinhos levantou uma outra hipótese sobre o fechamento da primeira garrafa do Ysern. Veja só, tem lógica:

"Muito bom! Não podia acreditar que o vinho não tinha jeito.
Hoje lembrei que você me ensinou que um vinho, depois de transportado, deveria descansar por, no mínimo, 48 horas. Se não me engano, você tinha comprado o vinho no mesmo dia em que abriu... Estou certa?
Teria sido esse o motivo do mau-humor do tannat?"