terça-feira, 2 de junho de 2009

Colheita mais tardia da América do Sul

"Noites frias, dias extremamente ensolarados, estiagem nos meses de março, abril e maio, mais de 70 dias decorridos da mudança de cor à colheita, são alguns fatores que tornam as uvas da Safra 2009 um ícone qualitativo inconteste. Estas jóias que ornamentam os vinhedos estão sendo colhidas desde a segunda quinzena de maio, com altíssimos índices polifenólicos e uma harmonização perfeita entre os açúcares e a acidez. Cabe à parte enológica agora, originar vinhos do mais alto grau qualitativo, fazendo uso profundo do conhecimento e da tecnologia Villa Francioni."
As palavras acima são de Orgalindo Bettu, diretor técnico e enólogo da Villa Francioni, vinícola de São Joaquim, em Santa Catarina, confirmando uma notícia que já me havia surpreendio, no início do mês quando a ouvi da boca de Wander Weege, na Expovinis, em São Paulo, que ele estava se preparando para iniciar, dia 18 de maio, a colheita das uvas cabernet sauvignon. Surpreendi-me com o quão tardia seria esta colheita para nós, gaúchos, que estamos a colher no final de fevereiro, o mais tardar até 15 de março. Só os “heróis” deixam a uva até mais tarde nos parreirais, pois a chuva poderá acabar com elas.
Pois, em São Joaquim, a colheita vem até junho!
Na próxima quarta-feira, 03 de junho, Daniela Borges de Freitas, presidente do Conselho de Administração da Villa Francioni, recepcionará autoridades, clientes e amigos para o Ato Solene de Encerramento da Colheita 2009. Entre cestos, taças, produtos da terra e muita comemoração, quer marcar e comemorar este momento histórico: pela primeira vez no sul do Brasil uvas tintas chegam ao pleno de sua maturação no início de junho, considerada assim uma das vindimas mais tardias da América do Sul. São Joaquim, no alto da serra catarinense, ainda é um terroir em descoberta e o conjunto de fenômenos climáticos de 2009 surpreendeu a enólogos e viticultores, possibilitando sanidade perfeita para a uva, principalmente as tintas. A variedade a ser colhida será a Petit Verdot, cujo vinho tende a ser muito longevo e extremamente encorpado, uma verdadeira jóia a ser lapidada.
A Villa Francioni é uma vinícola conceitual localizada na cidade de São Joaquim, Santa Catarina, sendo um projeto de vida do empresário Dillôr Freitas. Hoje administrada por seus filhos e sob a maestria do enólogo Organlindo Bettu, os vinhedos estão há 1260m de altitude, onde um terroir peculiar permite um das colheitas mais tardias e vinhos de expressão única. Alta tecnologia, baixíssima produção e este clima permitem brancos de muita fruta e tintos de fineza, corpo e elegância. Eleita Vinícola do Ano 2006 pela Associação Brasileira de Sommeliers de São Paulo (ABS/SP), foi considerada por José Peñin, importante escritor espanhol como "Sucursal ilustre do Medoc, Saint Emilion, Toscana e Borgogna. Milagre de terras altas e virgens, capazes de produzir os melhores vinhos do Brasil".
Maiores informações no site: www.villafrancioni.com.br

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