sexta-feira, 19 de junho de 2009

Sobre garrafões e grau alcoólico

Caro Ucha

Como sempre e pontualmente recebi seu blog de 15/06 no qual estavamos comentando dois assuntos que chamaram nossa atenção, aproveitando-os para ligeiros comentários a respeito, mantendo assim o nosso PING-PONG semanal:
Garrafões – Recordar o passado, dizem ser uma forma de reviver. Acontece que a evolução faz as coisas serem substituídas e depois esquecidas. É o caso da chegada dos Bag in Box, mais práticos em seu formato completo e infenso por bom tempo às oxidações pela penetração do ar. Agora, nos resta lembrar dos garrafões da Aurora (Cosme e Damião, Frei Damião e o Mosteiro). Este último chegou a Angola numa grande importação do Pão de Açúcar, transformando-se num verdadeiro “Morteiro” em Luanda e arredores. Será que não sabe da história? e do Adega do Patrão de Santa Catarina e o Precioso de Jundiaí ?
Outro Vinho - Interessante o debate sobre “um possibile altro vino”, nos faz lembrar que há pouco tempo, defendemos a idea de vinhos mais leves com menor alcoolicidade para tentar tomar mercado das cervejas. Agora seu blog nos dá conta da premiação de um Moscatel Espumante da Peterlongo em Concurso na Eslovénia com robustez alcóolica de apenas 7,5 graus. Será que não é esse um novo vinho que logo poderá chegar aos 5 graus com menor dulçor e mais acidez, capaz de encantar alguns velhos cervejeiros?
Hoje somente fizemos perguntas e, lógico que aguardamos seus comentários.

Obrigado

Gizelda e Joel Falconi


Resposta:
Prezado Falconi,

Obrigado pelo acompanhamento e os periódicos comentários sobre o Blog. Sei da exportação do Mosteiro para a África e, também, dos garrafões de Sangue de Boi para aquela região. Sempre foi um grande mercado para o vinho da serra gaúcha.
Quanto ao grau alcoólico, é uma discussão bastante interessante. Ao contrário de tua sugestão, algumas vinícolas brasileiras estão optando por elevar a graduação alcoólica de seus vinhos, seguindo uma tendência – já superada – na Europa. A Lídio Carraro, por exemplo, conseguiu colocar no mercado – certamente com licença especial do ministério da Agricultura – um vinho com mais de 16 graus de álcool! Segundo a legislação, este tipo de vinho tem que levar a inscrição “licoroso”, mas o dos Carraro não leva. É um vinho muito bom.

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