Renan Proença, que foi um dos melhores presidentes da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, reuniu os mais importantes jornalistas do estado para o lançamento do vinho Gran Reserva Cabernet Sauvignon Fasolo 90 Anos 2007, comemorativa dos 90 anos de sua empresa, a Fasolo artefatos de couro e ferragens. O resultado foi um grande vinho, característico do Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, onde é produzido.
Proença continua aberto e bem informado, como nos tempos da Fiergs, e falou sobre a crise mundial, a economia brasileira e mostrou que sua empresa, embora também dependa de exportações, enfrentou bem a crise. Disse que, até o dia 22 de junho, data do almoço de lançamento do vinho, no restaurante Sulina Grill, o desempenho da Fasolo estava exatamente igual ao do mesmo dia no ano passado. Ele prevê crescimento de vendas em 10%.
Estavam no almoço, além deste bloguista, que acompanha a trajetória de Proença há muitos anos, os joanlistas Rogério Mendelski, Fernando Albrecht, Paulo Sérgio Pinto, Magda Beatriz, Nikão Duarte, Sérgio Lagranha, Valter Galvani, Adão Oliveira, Jaime Copstein, Políbio Braga, Affonso Riterr, Décio Azevedo, Eduardo Bins Ely, Rosane Alves, Adroaldo Streck, Jurandir Soares e Carlos Alberto Souza. Também estavam presentes a esposa de Proença, Yeda Fasolo Proença, e a filha Carolina Fasolo, cujo nome já foi usado num excelente espumante, brut e rose, colocado no mercado pela Doppio A, dirigida por José Alberici.
Carolina Fasolo também é o nome da Linha Feminina da Fasolo, empresa que, até recentemente, só produzia artefatos de couro – cintos, carteiras e pastas – para homens. A linha Carolina Fasolo, de bolsas e carteiras e outros acessórios, foi lançada recentemente e está fazendo grande sucesso. As mulheres presentes ao almoço, principalmente a Magda Beatriz, adoraram as bolsas com couro legítimo feitas por “mãos gaúchas”, como destacou Renan.
O especialista José Alberici Filho, ex-presidente da Cooperativa Aurora, sócio de Proença no projeto dos vinhos, diz que a safra do Fasolo 90 Anos, a 2007, “é uma safra bendita”. Foram produzidas 18 mil garrafas que, inicialmente, não irão para o mercado, porque serão distribuídas para os funcionários da empresa, clientes e amigos de todo o País.
O vinhedo, com vinhas trazidas da Itália e da França, foi implantado numa área nobre do Vale dos Vinhedos, “terroir” consagrado. O plantio foi feito sob orientação de Idalêncio Francisco Angheben, uma das maiores autoridades da vitivinicultura brasileira (26 anos na Chandon e 42 anos na Escola de Enologia de Bento Gonçalves), e supervisão do Alberici. O vinho é uma assamblage: 85% (cabernet sauvignon), 5% (merlot), 2% ( petit verdot), 2% (arinarnoa), 2% (marselan), 2% (alicante bouschet) e 2% (teroldego).
O resultado foi um Grande Reserva resultante de videiras cultivadas em espaldeira baixa, com espaçamentos de 2 x 1 m e produção limitada entre 6 e 8 toneladas por hectare. As uvas foram colkhidas com gradução superior a 22° Brix. A vinificação foi feita com controle de temperatura em tanques de aço inoxidável, ficando o liquido um inverno nos taqnues, para precipitação natural dos sólidos, depois houve passagem em barris de carvalho, por 6 meses. O vinho não foi filtrado, o que preservou as características e estruturas da cabernet sauvignon. O enólogo foi Aldérico Sassi. Graduação de alcoólico de 13%, cor rubi-violáceo, intenso, límpido, brilhante, boa concentração, aromas complexos de frutas vermelhas maduras, ameixas secas e passas, com toques de cacau, baunilha e defumados, naturalmente trazidos pelo contato com os barris de carvalho de tostagem média.
É um vinho pleno no paladar, rico, de taninos presentes e agradáveis, saboroso e de bom corpo, frutado e suculento, com notas de especiarias, café e chocolate, com perfeita harmonização de aroma e paladar, com final longo e persistente. É um vinho fácil de beber e bom para guarda. Quando ficar mais velho, ficará melhor ainda, principalmente para acompanhar uma boa paleta de cordeiro, como fiz no almoço do Sulina Grill.
A próxima safra, a 2008, levará o nome de Giuseppe Fasolo, o Patriarca, nascido em Vicenza, na Itália, que veio para o Brasil em 1888 e aqui, em 1917, fundou a Fasolo – curtume e artefatos de couro. Hoje, a empresa é líder na fabricação de cintos, carteiras, pastas executivas e brindes exclusivamente em couro, sem utilização de nenhuma peça importada, “tudo artesanalmente gaúcho”.
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