domingo, 5 de maio de 2013

Nem a Peterlongo poderá usar mais a palavra “champagne”


Como já escrevi aqui, o Brasil reconheceu a denominação de origem que garante só aos franceses de Champagne a utilização da expressão “champagne” nos vinhos espumantes que produzem naquela região. Há muito tempo o assunto vinha sido discutido e uma grande vinícola gaúcha, a Peterlongo, de Garibaldi, ainda a usava, sob a alegação de que sua fundação e produção são anteriores à criação da denominação reivindicada pelos franceses. A Peterlongo é de 1915, criada pelo italiano Manoel Peterlongo, que chegou ao Brasil em 1913.
De acordo com o site da empresa, ela ainda briga por manter a expressão “champagne”, informando que tem direito garantido:
“Contrapondo-se a proposição de que o termo champanhe somente possa ser usado na região de Champagne, na França, a Vinícola Peterlongo obteve, através do Supremo Tribunal Federal, direito à utilização e divulgação do nome na apresentação de seus produtos. Essa prática ocorre desde 1913, quando a vinícola iniciou seus trabalhos. Após um processo movido por uma empresa francesa, a Peterlongo obteve judicialmente o direito ao uso do termo de acordo com a lei 78.835.”
No entanto, agora, o Brasil reconheceu o direito da França e não sei como ficará a situação. Eis a notícia publicada na França:

“Mercredi 01 mai 2013 – Réglementation

Brésil: l`indication géographique des vins de Champagne officiellemente reconnue

Le Brésil vient d'officialiser la reconnaissance et la protection de l'indication géographique Champagne, transcrivant dans les faits l’annonce de la présidenteDilma Rousseff à la fin 2012 (pour en savoir plus cliquez ici). Le 18 avril dernier, le certificat d'enregistrement de l'indication géographique Champagne etait remis par Breno Bello de Almeida Neves (directeur de l'Institut Brésilien de la Propriété Industrielle), aux représentants du Comité Interprofessionnel des Vins de Champagne. Cette cérémonie s’est déroulée à São Paulo, dans la Résidence consulaire de France.

Cet enregistrement apporte désormais aux champagnes une protection à la contre façon, la concurrence déloyale et la fraude au Brésil. Cela est d’autant plus important que le Brésil désormais fait partie des relais de croissance pour l’export des champagne (pour en savoir plus cliquez ici). Depuis le 11 avril dernier, la Chine reconnaît également l'IG Champagne.

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