quarta-feira, 29 de maio de 2013

01 - Uma decisão estratégica da Casa Valduga



                                                Juarez Valduga na Valduga Gallery Wines

                                                João Valduga, enólogo e diretor


                               Daniel Dalla Valla e Jones Valduga
                               Fotos Mel Helade


Foi um sucesso a a apresentação da Valduga Gallery Wines, dia 28 de maio, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, com a apresentação de todos os produtos do Grupo Valduga – vinhos, espumantes e sucos, delicatessens, geléias, antipastos e temperos – num encontro que começou às 13h e se estendeu após às 22h. Começou com um belo almoço onde estavam presentes quase todos os membros da Famiglia Valduga que comandam o grupo, a começar por Juarez e João Valduga (faltou o irmão Erielson) e seus filhos que já ataum em diferentes setores da empresa, como Jones, Eduardo e Luiza. Também presente a diretora Comercial Juciane Casagrande, sempre bonita, e o enólogo Daniel Dalla Valle, um dos responsáveis pela qualidade dos vinhos da Valduga.
Além de oferecer os melhores espumantes da casa, os Valdugas fizeram o lançamento de um livro-álbum, capa dura, com a história da família e seu árduo trabalho, desde o período da imigração italiana, até o sucesso dos dias de hoje. Também bebemos os melhores vinhos, selecionados entre os que estão guardados na grande adega no Vale dos Vinhedos. Não é atoa que João afirma: “Os melhores vinhos estão na vinícola.”
Juarez Valduga, grande contador de histórias (quando você encontrar com ele peça que lhe conte porque usa chapéu de palha), abriu o almoço falando um pouco sobre a Casa Valduga. Lembrou que, há 30 anos, vinha de Kombi a Porto Alegre vender garrafões de vinho, o velho e bom Leopoldina. Trazia em torno de 300 garrafões e vendia tudo. Como a estrada era ruim, sem asfalto, a kimbi furava vários pneus durante a viagem. E, como tinha uma placa 1113, contava para os amigos que viajava de Mercedes 1113. João lembrou que “meu pai tinha dificuldade para falar português e meu avô não tinha sapato”.
Destacou o pioneirismo dos Valduga em várias atividades relacionadas com a vinicultura e com a introdução de variedades como Arinarnoa e Marselan, trazidas da Europa e que hoje tem seus vinhos exportados para os europeus. Ressaltou o empreendedorismo da Familgia Valduga, que hoje, além de produzir grandes espumantes e vinhos em três grandes regiões no País – Vale dos Vinhedos, Encruzilhada do Sul e Campanha -, no Chile e na Argentina, se prepara para produzir, também, em Portugal, França e Itália, a “pátria mãe”. Os Valdugas também foram pioneiros no enoturismo, despertando cedo para as oportunidades abertas no setor, e hoje possuem 5 pousadas e três restaurantes junto aos vinhedos, e um parque temático ligado ao chocolate. E planejam outras nas novas áreas de parreirais.
Juarez lembrou que, há 17 anos, quando o Brasil, forçado pelos franceses, passou a usar a expressão “espumante” para designar os vinhos não-tranquilos, a palavra tinha sentido pejorativo, coisa menor, sem qualidade. “Graças ao trabalho dos produtores, superamos isso e hoje produzimos espumantes que se comparam aos melhores champagnes do mundo”, diz ele, “todos são excelentes, como comprovam os prêmios conquistados pelo mundo.”
Ainda falaram durante o almoço o Jones Valduga, que cuida da Domno, a divisão do grupo que, além de também produzir vinhos e espumantes faz importações de vinhos; e o Eduardo Valduga, que cuida dos parreirais e da vinícola em Quarai e Uruguaiana, a antiga Cooperativa Vinícola de Uruguaiana, comprada pela Valduga em 2012. Entre as novidades divulgadas pelo grupo, além da produção de vinho em Portugal, França e Itália, eles anunciaram novos vinagres balsâmicos, sucos de uva enriquecidos com fibras, cálcio e outros componentes. E João Valduga anunciou uma importante decisão estratégica: “Vamos ser a primeira vinícola a diminuir o volume de produção de vinho. Vamos continuar crescendo 20% ao ano, mas vamos apostar totalmente na qualidade.”
O almoço da Valduga foi bem prestigiado. Estavam lá, entre outros jornalistas e especialistas em vinhos, Affonso Ritter, Bete Duarte, Edith Auler, Sady Homrich, Giuliano Mendes, Julio Sortica, Mauro Corte Real, José Antonio Pinheiro Machado, Orestes de Andrade Jr. e Telmo Flor.





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