sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Sidra e espumante

O diretor de Comunicação Social do Instituto Brasileiro do Vinho, jornalista Orestes de Andrade Jr., escreve para fazer uma correção sobre a nota intitulada “Cereser com a maior linha de produção de espumantes”, publicada dia 13 de outubro, na qual se informa que a paulista Cereser inaugurou, em Jundiaí, instalações de 2.000me para produzir 26 mil garrafas de bebidas por hora e que é a “maior linha de produção de espumantes do mundo”.
Orestes diz que é “sidra” e não espumante. E pede uma correção, pois “várias pessoas do setor comentaram”.
Eu sempre soube desta disputa, já que sidra é de maçã e espumante é de uva, mas quem colocou a expressão “espumante” no texto foi a própria empresa. Consultei os textos novamente e a empresa assim se expressa: “Sidra Cereser. Bebida espumante obtida da fermentação alcóolica do suco de maçãs frescas e selecionadas. Por ser um produto doce, leve, com baixo teor alcóolico, com sabor de maçã único, este espumante é consumido por todas as classes e em todos os momentos. Graduação alcoólica 6%vol. Conteúdo 660ml, vidro. Sidra Nacional. “
Acho que este é mais um caso a demonstrar a necessidade da revisão da legislação brasileira sobre bebidas, especialmente o vinho.
Obrigado, Orestes.

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá Ucha, nos conhecemos no último concurso do Espumante Brasileiro em Garibaldi. Parabéns pelo Blog, sempre lido e comentado.
Mas, o assessor do Ibravin, Orestes, tem razão. Segundo a legislação brasileira o fermentado de maças não pode ser chamado de espumante.
Já a assessoria de imprensa da Cereser 'arredondou' as coisas e daí é que fica complicado para aqueles que não entendem a imensa diferença entre os produtos. A empresa produz espumantes também, mas é mais conhecida pela sidra e a linha de produção - que eu imagino deva ser muito semelhante para todos os líquidos que precisam ser engarrafados mantendo a pressão dentro - é para todos esses produtos, espumantes, sidras e as bebidas combinadas de vinho e suco que eles fabricam.
Você tem razão ao dizer que a legislação precisa ser revista e eu acrescento que urgentemente, mas precisamos (todos nós) de um cuidado extra para que nossos excelentes espumantes não sejam confundidos com outras bebidas, ainda mais nesta época em que o consumo responsável e de qualidade é tão imperativo.
Grande abraço!
Sílvia - Jornalista e Sommelier

Atualidades do Turismo disse...

Gostaria de tirar uma dúvida: Porque a sidra não classificada como espumante? Até onde sei, os processos da sidra e do vinho espumante são iguais, o que muda é a fruta fermentada. Não é só isso? existe alguma outra diferença? Por que se for apenas isso, a sidra pode sim ser classificada como espumante, não como vinho (óbvio) mas sim como espumante de maçã.

Gostaria de mais informações sobre isso. Será que essa "legislação" comentada pelos senhores não está baseada num certo preconceito com a uma bebida popular e de baixo valor comercial e até de sabor "duvidoso"!!