A Estação do Vinho está apresentando uma série de vinhos húngaros que são novidade no Brasil. Confesso que só uma vez bebi vinho húngaro, ainda no tempo da Cortina de Ferro, sentado a um bar na Alexander Platz, em Berlim Oriental, na companhia dos escritores Rubem Fonseca, Maria José de Queiroz, Ary Sherlock, Fernando Gihone e Federico Mengozzi, e não me lembro bem como foi, a não ser a leve lembrança de que era um vinho espesso. Mas devia ser bom, pois ficamos tanto tempo ali, bebendo e conversando, que quase perdemos a hora limite de atravessar o então assombroso Muro de Berlim. A Estação está oferecendo o Györgi Villa Cabernet Sauvignon (R$ 51,00) e o Royal Tokaji Ats Cuvée (R$ 76,50), um vinho de sobremesa.
A importadora informa que recebeu vinhos de uma das mais antigas regiões vinícolas do mundo: Tokaj, onde se produz vinhos há mais de 400 anos, com todas as qualidades que fazem que o vinho seja um assunto tão rico: profundidade, intensidade de sabor, vitalidade, singularidade e história.
Reza a lenda que o Príncipe Rákóczi da Transilvânia os utilizou para conseguir o apoio de Luiz XIV contra os lordes Habsurgos. E Luiz XVI os batizou de "vinho dos reis, rei dos vinhos", um vinho apreciado pelas principais cortes européias e personagens como Voltaire, Pedro o Grande, Catarina e Goethe.
Tokaj localiza-se no nordeste da Hungria cercada ao norte pelas montanhas Zemplém e ao sul pelo Rio Bodrog, que gera neblinas e condições favoráveis no outono para a ação da botrítis, exatamente o que garante o diferencial dos Tokays, principalmente sua doçura.
Em Tokaj produz-se grappa, espumantes e vinhos brancos (secos, meio-suaves, meio-secos e suaves). São cultivadas na região as seguintes castas: Hárslevelü, Furmint e Sárgamuskotály, Zéta e Kövérszölö.
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