quinta-feira, 12 de novembro de 2009

China quer conhecer nossa agricultura

]Os chineses também são produtores de vinho. Sobre a qualidade, nada posso dizer, porque nunca bebi um vinho chinês nem li muito sobre eles na literatura internacional. O que soube, agora, é que os chineses querem conhecer a experiência brasileira no campo, inclusive a vitivinicultura. Os 1,3 bilhão de chineses representam, sem dúvida, um mercado extraordinário. Se cada um bebesse um cálice de vinho, não haveria vinho suficiente, no mundo, para matar a sede chinesa.
A série de políticas públicas para o meio rural criada pelo governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário foi o tema da reunião entre o ministro Guilherme Cassel e o embaixador da China no Brasil, Qiu Xiaoqui, na manhã de quarta-feira, dia 11. De acordo com o embaixador, a China possui apenas 8% das terras cultiváveis do planeta mas precisa alimentar 25% da população mundial. Dos 1,3 bilhão de chineses, 800 milhões vivem no meio rural. “Por isso a questão agrária-agrícola é de fundamental importância para nós”, afirmou Qiu Xiaoqui. Ele explicou que a China está vivendo um processo acelerado de urbanização e a tendência é que os camponeses deixem a terra para morar nos grandes centros urbanos – e beber mais vinho. Diante desta realidade, a China quer conhecer as experiências brasileiras que estão conseguindo fixar o homem no campo, além de gerar mais renda para essa população.
Cassel contou ao embaixador que o governo federal desenvolveu políticas públicas que dão apoio e segurança para quem trabalha na terra. O ministro falou sobre o programa de crédito da agricultura familiar, o Pronaf, que hoje opera com 15 bilhões de reais e atende agricultores de todas as regiões do país. Cassel falou também sobre a importância da assistência técnica e extensão rural fornecida a mais de um milhão de agricultores familiares brasileiros.
O resultado positivo das políticas criadas pelo governo federal foram constatados pelo Censo Agropecuário 2006 feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, o IBGE, divulgado em setembro. “ O Censo mostrou que a agricultura familiar é 89% mais produtiva que a agricultura de escala”, frisou o ministro. Cassel disse ao embaixador que o MDA tem maior interesse em trocar experiência com o governo chinês e colocou a equipe do ministério a disposição para iniciar o diálogo para aprofundar a discussão bilateral entre os dois países.
Acho que o Ibravin, aqui no Rio Grande do Sul, também teria o máximo interesse em receber os chineses e mostrar-lhes nossos parreiras, vinícolas e produtos.

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