sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Casa Valduga apresenta vinhos kosher

Sob supervisão dos rabinos da BDK, empresa também apresenta novo
suco de uva kosher da grife Casa de Madeira. Em setembro, cerca de 250 mil pessoas estarão festejando o Ano Novo Judeu no Brasil. O Rosh Hashaná (‘Ano Novo Judaico’) marca a chegada de 5770 e o período das grandes festas da comunidade judaica em todo o mundo.
Por aqui, as comemorações devem ganhar novos sabores: a vinícola brasileira Casa Valduga apresenta a nova linha de vinhos kosher totalmente elaborados no Brasil, composta pelos rótulos Casa Valduga K Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Espumante Demi Sec e Moscatel, que reúnem toda a tradição da marca reconhecida e premiada internacionalmente pela qualidade de seus produtos.
Com rótulos bilingues em português e hebraico nas cores da bandeira de Israel, os vinhos foram preparados de acordo com as leis alimentares da kashrut sob supervisão do Rabino Shmuel A. Havlin e coordenação do Rabino Ezra Dayan, da BDK do Brasil. De acordo com o Rabino Dayan todo o processo de casherização (adequação e higienização kosher) do vinho é mais complexo se comparado a outras produções kosher. “A elaboração passou por diferentes estágios. Primeiro, foi necessário entender a função e modo de uso de cada máquina e equipamento utilizado pela vinícola. Depois, consultar as regras judaicas para saber como cada um deles devia ser casherizado. Em seguida, a parte mais importante, conseguir que todos os procedimentos fossem feitos de acordo com a lei e preparado apenas por judeus praticantes”.
A casherização engloba também todo um cuidado com a escolha dos insumos certos, inclusive para Pessach (a Páscoa judaica), o que não é fácil já que na indústria moderna existem muitos aditivos, inclusive aqueles exclusivos para vinhos. "Alguns apresentam problemas de cashrut, e outros para Pessach. Chegar a todos os aditivos permitidos ou processos que dispensem estes elementos foi uma árdua tarefa e isso só foi possível graças ao excelente trabalho e a seriedade na parceria entre a Casa Valduga e a BDK", acrescenta o Rabino.
Para a elaboração da exclusiva linha de vinhos Casa Valduga K, a vinícola praticamente parou um setor da produção por quatro dias, pois alguns equipamentos, como os tanques onde os vinhos são estocados, tiveram que ser enchidos com água por 24 horas e esvaziados por 3 vezes. Outro cuidado que foi providenciado para garantir a qualidade e autenticidade do vinho kosher foram os lacres desenvolvidos para os tanques e equipamentos. “Para tirar alguma amostra, um supervisor rompia o lacre, tirava a amostra e voltava a lacrar. Todas as torneiras e entradas do tanque foram devidamente fechadas” destaca o enólogo da Casa Valduga Daniel Dalla Valle.
De acordo com Juciane Casagrande, diretora comercial da Casa Valduga, todo esse complexo processo resultou em excelentes tintos, brancos e espumantes da mais alta qualidade. “Normalmente o vinho kosher é adocicado, porque usa uvas híbridas e passa por pasteurização. A vinícola usou métodos modernos e sofisticados que garantiram aos produtos um paladar surpreendente, pois o mosto não sofreu alterações mantendo as características originais das uvas”.

Um comentário:

John Klok disse...

O gosto de Vinhos Kosher é muito diifferent, É vinho tradicional no Brasil.