Sob supervisão dos rabinos da BDK, empresa também apresenta novo
suco de uva kosher da grife Casa de Madeira. Em setembro, cerca de 250 mil pessoas estarão festejando o Ano Novo Judeu no Brasil. O Rosh Hashaná (‘Ano Novo Judaico’) marca a chegada de 5770 e o período das grandes festas da comunidade judaica em todo o mundo.
Por aqui, as comemorações devem ganhar novos sabores: a vinícola brasileira Casa Valduga apresenta a nova linha de vinhos kosher totalmente elaborados no Brasil, composta pelos rótulos Casa Valduga K Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Espumante Demi Sec e Moscatel, que reúnem toda a tradição da marca reconhecida e premiada internacionalmente pela qualidade de seus produtos.
Com rótulos bilingues em português e hebraico nas cores da bandeira de Israel, os vinhos foram preparados de acordo com as leis alimentares da kashrut sob supervisão do Rabino Shmuel A. Havlin e coordenação do Rabino Ezra Dayan, da BDK do Brasil. De acordo com o Rabino Dayan todo o processo de casherização (adequação e higienização kosher) do vinho é mais complexo se comparado a outras produções kosher. “A elaboração passou por diferentes estágios. Primeiro, foi necessário entender a função e modo de uso de cada máquina e equipamento utilizado pela vinícola. Depois, consultar as regras judaicas para saber como cada um deles devia ser casherizado. Em seguida, a parte mais importante, conseguir que todos os procedimentos fossem feitos de acordo com a lei e preparado apenas por judeus praticantes”.
A casherização engloba também todo um cuidado com a escolha dos insumos certos, inclusive para Pessach (a Páscoa judaica), o que não é fácil já que na indústria moderna existem muitos aditivos, inclusive aqueles exclusivos para vinhos. "Alguns apresentam problemas de cashrut, e outros para Pessach. Chegar a todos os aditivos permitidos ou processos que dispensem estes elementos foi uma árdua tarefa e isso só foi possível graças ao excelente trabalho e a seriedade na parceria entre a Casa Valduga e a BDK", acrescenta o Rabino.
Para a elaboração da exclusiva linha de vinhos Casa Valduga K, a vinícola praticamente parou um setor da produção por quatro dias, pois alguns equipamentos, como os tanques onde os vinhos são estocados, tiveram que ser enchidos com água por 24 horas e esvaziados por 3 vezes. Outro cuidado que foi providenciado para garantir a qualidade e autenticidade do vinho kosher foram os lacres desenvolvidos para os tanques e equipamentos. “Para tirar alguma amostra, um supervisor rompia o lacre, tirava a amostra e voltava a lacrar. Todas as torneiras e entradas do tanque foram devidamente fechadas” destaca o enólogo da Casa Valduga Daniel Dalla Valle.
De acordo com Juciane Casagrande, diretora comercial da Casa Valduga, todo esse complexo processo resultou em excelentes tintos, brancos e espumantes da mais alta qualidade. “Normalmente o vinho kosher é adocicado, porque usa uvas híbridas e passa por pasteurização. A vinícola usou métodos modernos e sofisticados que garantiram aos produtos um paladar surpreendente, pois o mosto não sofreu alterações mantendo as características originais das uvas”.
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Um comentário:
O gosto de Vinhos Kosher é muito diifferent, É vinho tradicional no Brasil.
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