O ano está sendo especial para os vinhos brasileiros. A comercialização de vinhos gaúchos, responsáveis por cerca de 90% do mercado nacional, aumentou 14,25% de janeiro a agosto deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. A informação foi dada nesta sexta-feira (24) pelo gerente de Promoção e Marketing do Instituto Brasileiro do Vinho, Diego Bertolini, durante visita à vinícola Garibaldi, dentro do Projeto Imagem Nacional, que começou com um jantar na Salton na quarta-feira (23), trazendo 15 jornalistas do centro do país e do Nordeste para conhecerem vinícolas da serra gaúcha. Eles se integraram ao grupo de oito jornalistas internacionais que estão na serra desde segunda-feira (21). Bertolini revelou o mais recente levantamento do Ibravin, que aponta a venda de 145,5 milhões de litros de vinhos finos e de mesa nos oito meses de 2009, ante 127,3 milhões de litros colocados de janeiro a agosto de 2008. A comercialização de espumantes foi ainda melhor, com acréscimo de 20%. O suco de uva natural/integral encheu os copos dos brasileiros em 38%.
A importação de vinhos pelo Brasil caiu 2%. De janeiro a agosto entraram 26,6 milhões de litros de vinhos de outros países, contra 27,6 milhões de litros que ingressaram em igual período em 2008. Bertolini destacou dois fatores principais que podem ser atribuídos ao crescimento da comercialização de vinhos de janeiro a agosto: a maior agressividade comercial das vinícolas, participando de eventos, feiras e buscando alternativas para a colocação de seus produtos, e também a consolidação do reconhecimento da qualidade crescente dos vinhos nacionais pelos consumidores brasileiros.
Apesar de positivo, a comercialização de vinhos brasileiros ainda amarga prejuízo em relação a anos anteriores. Na comparação com a média de comercialização de 2004 a 2008, por exemplo, há uma queda de 2,8% no volume de vinhos colocados no mercado. “Este ano está representando uma virada na tendência de queda da participação dos vinhos brasileiros no mercado nacionais, porém, há cinco anos estamos estagnados no volume de vinho vendido dentro do País”, pondera Paviani. A elaboração de vinhos representa cerca de 70% da absorção de uvas produzidas no Estado e é responsável pela maior parcela de faturamento das empresas.
Outros fatores influenciaram o crescimento na colocação de vinhos brasileiros este ano, como a entrada em vigor, desde o início do ano, da obrigatoriedade do Selo de Controle Fiscal para as Sangrias e os Coquetéis, que beneficiou os vinhos de mesa. O frio mais intenso neste inverno e a adaptação dos consumidores em relação à Lei Seca igualmente são indicados como elementos que favorecem o incremento das vendas de vinhos brasileiros de janeiro a agosto deste ano.
Espumantes 20%
A comercialização de vinhos espumantes elaborados no Rio Grande do Sul cresceu 20% de janeiro a agosto deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram vendidos 3,77 milhões de litros nos oito meses do ano, contra 3,14 milhões de litros em igual tempo de 2008, mostram as estatísticas reunidas pelo Ibravin. “O desempenho foi excelente, especialmente porque o primeiro semestre é considerado o período mais fraco para venda de espumantes”, lembra Bertolini.
Os moscatéis encheram em 35,5% sua presença nas taças brasileiras. A alta segue a tendência de crescimento no consumo de espumantes moscatéis comprovada pelo salto de 20% nas vendas totais do ano passado. “O consumo de moscatéis puxa todo o mercado de vinhos, já que eles são a porta de entrada para espumantes secos e vinhos brancos e tintos”, comenta o gerente de Promoção e Marketing do Ibravin. Os espumantes do tipo brut e demi-sec tiveram incremento de 16,2%.
Suco de uva cresce 41%
Os primeiros oito meses do ano terminaram com um acréscimo de 41,3% na venda de suco de uva integral/natural no Brasil. De janeiro a agosto deste ano, foram vendidos 15,25 milhões de litros de suco de uva natural/integral, diante de 10,8 milhões colocados no mesmo período em 2008. A comercialização total de suco de uva (reunindo o natural, adoçado, concentrado e reprocessado) teve alta de 25% de janeiro a agosto.
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