quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Nova revolução na vitivinicultura

O Brasil ganhou a primeira fase da grande batalha que é conquistar parcelas do mercado internacional para seu vinho. Esta é a conclusão de uma série de reuniões realizadas no Vale dos Vinhedos, durante a Fenavinho 2009, por produtores, especialistas em comércio exterior e 50 jornalistas nacionais e internacionais que visitaram cantinas e analisaram com técnicos do Instituto Brasileiro do Vinho e da Apex-Brasil, responsáveis pelo programa Wine of Brazil, que leva o produto brasileiro para o exterior. A primeira fase foi demonstrar a importadores, hotéis e restaurantes de luxo que as empresas brasileiras do setor são sérias, que o vinho tem qualidade e que o Brasil é um produtor de vinhos. Nas primeiras feiras, os visitantes se espantavam ao ver o estande brasileiro montada pela Apex-Brasil com as vinícolas, pois não imaginavam que o país tropical produzia vinhos. Dez anos depois de participações constantes em feiras, os interessados se acostumaram, passaram a provar, a gostar e a recomendar o vinho brasileiro.
Carlos Eduardo Nogueira, diretor de Relações Internacionais do Miolo Wine Group, de Bento Gonçalves, diz que chegou a hora de conquistar a massa de consumidores, começar a vender em supermercados, o que sua empresa vai começar na Inglaterra, na Holanda e nos Estados Unidos''. O objetivo da Miolo é elevar de 594.240 garrafas exportadas em 2008 para 2,1 milhões de garrafas em 2009. Todas as vinícolas do Wine from Brazil, lideradas pelo Ibravin e pela Apex-Brasil, aproveitaram o período de grande movimentação nos vinhedos, por ser época da colheita, e prepararam seus planos estratégicos para 2009. Segundo os dirigentes, vai começar uma nova revolução na vitivinicultura brasileira, diante da abertura do mercado externo. “Se tivermos competência para lidar com ele, vamos ganhar o mercado internacional”, diz Nogueira.

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