Simone Sylvestre sommelier da Vinno
Foto Divulgação
A sommelière Simone
Sylvestre passou a integrar a equipe da Vinno, novo e-commerce
de vinhos que vem com uma proposta diferenciada: além da comercialização,
também disponibiliza conteúdo gratuito para quem quer se aprofundar mais no
assunto. Os leitores que tiverem alguma dúvida sobre podem mandar-lhe a
pergunta que ela responderá. Há oito anos como sommelière,
e há onze morando na Inglaterra, Simone Sylvestre é uma daquelas profissionais que
realmente ama a profissão.
Quem gosta de gastronomia, gosta de vinho, e vice-versa.
Foi assim que Simone Sylvestre descobriu sua paixão pela bebida. Mas ela foi
além. Deixou de lado sua carreira como chef de cozinha, num grande grupo
alimentício, para se dedicar integralmente ao vinho. “Trabalhava na Compass Group, na Inglaterra,
quando me vi totalmente ligada ao vinho. A gastronomia me trouxe esse fascínio,
que permanece e cresce até hoje”, relembra. Apoiada pela família, Simone não
pensou duas vezes e foi atrás de seu novo objetivo: se tornar uma grande
profissional de vinho. E ela conseguiu. Hoje é formada na renomada escola Wine & Spirit Education Trust,
já conquistou a importante certificação WSET Nível 3 e
está emprocesso de conclusão do Nível 4. Todo esse empenho rendeu trabalhos em
restaurantes, hotéis, participações em competições, coluna em revista e
experiência como educadora nessa área. “Como sommelière, trabalhei nos
restaurantes Roux at Parliament Square e Le Gavroche. Este último, sem dúvida,
foi o degrau mais importante na minha carreira”, afirma ela, que por conta da
profissão teve a chance de conhecer diversos países – e terroirs. Morando na
Inglaterra há onze anos, a sommelière decidiu voltar a morar no Brasil, mas sua
base sempre será o país que a acolheu. “No momento, estou trabalhando como
consultora para a Vini Italiani
fazendo todo o trabalho de curadoria, ou seja, escolhendo e comprando os vinhos
que acredito que valem a pena”, complementa.
Na Vinno não será diferente. Simone, aqui no Brasil,
trabalhará exclusivamente para a empresa e ajudará na curadoria dos vinhos,
principalmente na seleção de rótulos italianos. Para ela, o mais importante na
aquisição será focar nos nacionais e na diversidade dos internacionais. “Vou
atrás de uvas diferentes, não muito conhecidas. Quero fazer, de fato, uma
seleção onde podemos oferecer um ótimo custo-benefício e, claro, vinhos
interessantes”, explica. Para que a Vinno ofereça preços ainda mais atrativos,
a ideia é estreitar o contato com produtores e enólogos e, assim, formar um
time. “Com isso, os clientes sairão ganhando”, comenta.
Tanto a Simone quanto a Vinno acreditam que beber vinho
não tem de ser sinônimo de complicação, e sim, um momento prazeroso. “Gostei
muito da proposta da Vinno, que é de educar os consumidores, despertando a
curiosidade em experimentar novos rótulos. Por trás de cada vinho existe uma
historia rica, uma mão de obra, um romance e até mesmo uma ciência. Estou
convencida de que, juntos, vamos proporcionar uma nova experiência para os
amantes da bebida”, afirma ela, que tem uma meta já traçada na empresa. “O meu
objetivo é fazer com que os consumidores viagem pela origem do vinho,
mergulhando pela história e queiram degustar o prazer de aprender”, diz.
Para Simone, o maior erro dos consumidores é querer
impressionar alguém com determinados rótulos. “Acho que o vinho ainda é visto
no Brasil como a ‘bebida para celebração’, enquanto em outros países,
simplesmente, como uma bebida do dia a dia. Muitas pessoas acabam comprando um vinho
sem saber a história, o sabor ou até mesmo a uva utilizada. Nunca pense que
vinho caro será sua melhor escolha”, alerta.
Ao ser questionada sobre o mercado brasileiro, a
sommelière garante vê-lo com bons olhos. “Recentemente estava lendo uma
pesquisa realizada pelo IAM&M (Instituto de Assessoria
Mercadológica e Mercadométrica), que dizia que nos últimos dez
anos, o consumo de vinho dobrou e isso me animou muito. Acredito que o mercado
ainda tem muito a crescer”, comemora. Segundo a profissional, não apenas o
consumo no País melhorou como também os vinhos nacionais apresentam qualidade
mais elevada. “Nos últimos anos, o Brasil deu um grande salto na qualidade de
vinhos, tanto na seleção de uvas (os produtores estão entendendo melhor seu
próprio solo) como na produção. O Brasil tem grande potência e clima para obter
e, assim manter, uma qualidade espetacular, resultando em bebidas mais
equilibradas, não muito alcoólicas, vinhos mais frescos e ainda assim
gastronômicos”, conclui.
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