segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Vinhos autênticos, sem maquiagem, é a proposta de Filipa Pato

                           Filipa Pato, jovem enóloga portuguesa apresentou seus vinhos
                           





Fotos Freddy Vieira/D/JN


O jantar com a enóloga portuguesa Filipa Pato, dia 13 de fevereiro, em Porto Alegre, oferecido pela Importadora Porto a Porto, foi muito interessante, segundo a jornalista Laura Schirmer.  Ela apresentou o novo visual das garrafas de seus vinhos, que foi reestilizado. Como disse na edição anterior do Blog, lamentei não poder ter aceito o convite porque fiquei até mais tarde na Redação do Jornal do Comércio. Mas Filipa honrou a tradição da família no mundo dos vinhos, onde atua há várias gerações. “Meu avó João Pato foi o primeiro produtor  independente na Bairrada a  vender seu vinho engarrafado”, informou ela. “Meu pai Luis Pato – continuou -, é o produtor que mais divulgou a região a nível internacional, tornando-se no Mister Baga. A ligação ao viticultura começa desde cedo, participando nas vindimas o cheiro da baga que saia dos lagares conquistou-me para sempre!”
A filosofia da família e de Filipa é oferecer o melhor da tradição local com dedicação e foco nas uvas autóctones: Baga e Bical. A viticultura é  essencialmente manual, especialmente nas vinhas mais velhas de Baga. Procura-se manter as vinhas velhas retorcidas, onde os tratores não conseguem passar.
“A Herança vitícola é respeitada e é uma grande mais valia para a complexidade dos nossos vinhos – disse. Não são usados herbicidas, o solo é cuidadosamente mantido e enriquecido com matéria orgânica decomposta na nossa propriedade. A vegetação é mantida natural. Cada parcela de vinha tem um trabalho especifico em função da sua necessidade
As uvas são vindimadas e selecionadas à mão no ponto ideal de maturação; a experiencia de cada colheita pela prova da uva leva à decisão da data de colheita. A intervenção é mínima para cada parcela, deixando que cada vinho fale por si. Não são feitas correções de ácidos ou açúcar.
A propriedade tem vinha velhas (idade entre 20 e 110 anos). Há diversidade do terroir da área de exploração. As raízes em busca de água absorvem a mineralidade do solo. A vinificação é feita com fermentação em lagares de carvalho com leveduras da uva.
Baga e Bical são as uvas que me melhor conseguem transmitir a essência de cada “terroir” da Bairrada. As pipas usadas são de cerca de 500 litros e dão moldura ao vinho. “Usamos carvalho francês Allier grão fino tosta média. Pelas boas condições de higienização conseguimos manter os pipos vários anos. Em geral utilizamos cerca de 20% de carvalho novo.”

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