Filipa Pato,
jovem enóloga portuguesa apresentou seus vinhos
Fotos Freddy Vieira/D/JN
O jantar com a
enóloga portuguesa Filipa Pato, dia 13 de fevereiro, em Porto Alegre, oferecido
pela Importadora Porto a Porto, foi muito interessante, segundo a jornalista
Laura Schirmer. Ela apresentou o novo
visual das garrafas de seus vinhos, que foi reestilizado. Como disse na edição
anterior do Blog, lamentei não poder ter aceito o convite porque fiquei até
mais tarde na Redação do Jornal do Comércio. Mas Filipa honrou a tradição da
família no mundo dos vinhos, onde atua há várias gerações. “Meu avó João Pato
foi o primeiro produtor independente na Bairrada a vender seu vinho
engarrafado”, informou ela. “Meu pai Luis Pato – continuou -, é o produtor que
mais divulgou a região a nível internacional, tornando-se no Mister Baga. A
ligação ao viticultura começa desde cedo, participando nas vindimas o cheiro da
baga que saia dos lagares conquistou-me para sempre!”
A filosofia da
família e de Filipa é oferecer o melhor da tradição local com dedicação e foco
nas uvas autóctones: Baga e Bical. A viticultura é essencialmente manual,
especialmente nas vinhas mais velhas de Baga. Procura-se manter as vinhas
velhas retorcidas, onde os tratores não conseguem passar.
“A Herança
vitícola é respeitada e é uma grande mais valia para a complexidade dos nossos
vinhos – disse. Não são usados herbicidas, o solo é cuidadosamente mantido e
enriquecido com matéria orgânica decomposta na nossa propriedade. A vegetação é
mantida natural. Cada parcela de vinha tem um trabalho especifico em função da
sua necessidade
As uvas são
vindimadas e selecionadas à mão no ponto ideal de maturação; a experiencia de
cada colheita pela prova da uva leva à decisão da data de colheita. A
intervenção é mínima para cada parcela, deixando que cada vinho fale por si.
Não são feitas correções de ácidos ou açúcar.
A propriedade
tem vinha velhas (idade entre 20 e 110 anos). Há diversidade do terroir da área
de exploração. As raízes em busca de água absorvem a mineralidade do solo. A
vinificação é feita com fermentação em lagares de carvalho com leveduras da
uva.
Baga e Bical são
as uvas que me melhor conseguem transmitir a essência de cada “terroir” da
Bairrada. As pipas usadas são de cerca de 500 litros e dão moldura ao vinho.
“Usamos carvalho francês Allier grão fino tosta média. Pelas boas condições de
higienização conseguimos manter os pipos vários anos. Em geral utilizamos cerca
de 20% de carvalho novo.”
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