Antenada em uma nova tendência mundial, a Cooperativa Vinícola
Garibaldi, da Serra Gaúcha, quer ampliar sua participação nesse mercado.
Responsável pela produção de suco de uva
orgânico com certificação internacional, a empresa esteve recentemente na
Biofach 2014, em Nuremberg, na Alemanha. Considerada a maior plataforma do
mundo no setor orgânico, a feira se destaca por seu caráter internacional e
inovador que, só nessa edição, fechou 5,2 milhões de dólares em negócios, além
da perspectiva de 15 milhões de dólares em negociações futuras.
Essa é a primeira vez que a cooperativa apresenta seus produtos
orgânicos em nível internacional. “A Biofach é o lugar onde as pessoas
compartilham seu interesse por alimentos orgânicos. Além de negociações para
venda, buscamos entender as principais necessidades de adequação para o mercado
internacional, visando o início das exportações dos nossos produtos orgânicos”,
destacou Alan Cattani, responsável pelo setor de comércio internacional da
Garibaldi.
O evento contabilizou em torno de 42 mil compradores profissionais de
134 países, com a participação de 14 empreendimentos da agricultura familiar.
“Conseguimos mostrar o diferencial do nosso produto e avaliar a reação dos
compradores e consumidores, além de conseguir bons contatos para futuras
negociações. Tivemos uma aceitação superior a 90% dos que degustavam,
deixando-os surpresos com o nosso suco. Muitos inclusive queriam adquiri-lo na
própria feira”, avaliou Cattani.
Os produtos orgânicos da Garibaldi levam o selo de conformidade da
Ecocert e do Ministério da Agricultura, além do selo da agricultura familiar.
Na produção da uva orgânica, a adubação do parreiral consiste basicamente na
utilização de produtos orgânicos como fosfatos naturais e adubação verde. O
manejo do solo é controlado sem a utilização de agrotóxicos, apenas com a
enxada, resgatando a cultura imposta pelos primeiros imigrantes
italianos.
Situada a 120 Km de Porto Alegre, na cidade de Garibaldi, maior região
vitivinícola do Brasil , a empresa está instalada em uma área de 32 mil metros.
Ao todo, são 350 famílias associadas, de 12 municípios gaúchos, que cultivam
850 hectares de videiras.
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