Depois de comemorar os sete anos do Mesa de Cinema, da minha amiga Rejane Martins, a Campos de Cima comemora a qualidade da safra 2012, segundo Carine Kulmann. Localizada em uma região já acostumada com a falta de umidade, a Vinícola Campos de Cima, de Itaqui, na Campanha Gaúcha, está comemorando a safra deste ano, bastante afetada pelo clima seco gerado pelo fenômeno La Niña, que tradicionalmente resulta em boas safras para o setor vitivinícola. A colheita da atual safra foi iniciada no dia 3 de janeiro, a partir das variedades Pinot Noir e Chardonnay, que vão dar origem aos vinhos bases para os espumantes da vinícola. “Esta colheita aconteceu um pouco mais cedo que nos outros anos, já que as uvas estão com sanidade plena”, destaca a empresária Hortência Ravache Brandão Ayub, proprietária da vinícola.
Até o momento, o clima tem colaborado para o desenvolvimento dos vinhedos na Campos de Cima. Apesar da quantidade menor, a qualidade superior observada nas uvas, de acordo com Hortência, deve resultar em vinhos excepcionais. “O clima seco só tem beneficiado as videiras, e como trabalhamos para qualidade total dos vinhos, fazemos um grande raleio nas uvas”, lembra a viticultora. Ela acrescenta que 2012 está surpreendendo os produtores do setor com uma das melhores safras já registradas, tanto em comparação com 2011 quanto com os anos anteriores, em especial 2005, considerada a melhor safra da década passada.
Ainda nesta semana deve ser dada a largada para a colheita da variedade Viognier. Todas as demais variedades têm a vindima prevista para o período entre os meses de fevereiro e março, com boas perspectivas de qualidade. Se as chuvas continuarem ocorrendo de maneira espaçada e esporádica, as variedades de uvas tintas que ainda serão colhidas deverão apresentar qualidade superior à media dos últimos anos. “Como nossos solos são muito profundos, não estamos enfrentando problemas que poderiam ocorrer em função do clima mais seco da Campanha, as uvas estão com excelente equilíbrio”, reforça Hortência.
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