quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Vinícolas brasileiras prospectam US$ 900 mil em Paris



Andréia Gentilini Milan, do Ibravin, à direita na foto, é a grande divulgadora do vinho brasileiro nos mercados internacionais. Nesta foto, ela está em Nova Iorque.







Juciane Casagrande, diretora Comercial da Casa Valduga, vende vinhos pelo mundo.











Conforme levantamento do Ibravin, foram fechados US$ 110 mil em vendas na própria feira e encaminhados contatos para comercialização de outros US$ 790 mil nos próximos doze meses em vinhos, espumantes e suco de uva do Brasil. Os representantes das vinícolas, como Juciane Casagrande, da Casa Valduga, elogiaram a participação brasileira no SIAL.
A participação dos vinhos, espumantes e suco de uva 100% natural pronto para beber no Salão Internacional de Alimentos e Bebidas (Sial) 2010 terminou quinta-feira, 21 de outubro, em Paris, com a prospecção de US$ 790 mil em negócios para os próximos doze meses. Na própria feira, iniciada no domingo (17), foram fechadas vendas de US$ 110 mil. Na soma, o Sial 2010 deve gerar US$ 900 mil para as 13 empresas levadas pelos projetos mantidos pelo Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho). “Avançamos bastante, tanto em número de empresas participantes, que triplicou, como na percepção dos franceses em relação à qualidade dos vinhos e espumantes brasileiros”, afirma a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan.O time brasileiro em Paris foi formado por Boscato (vinho), Casa de Madeira (suco), Casa Valduga (vinho e espumante), Catafesta (suco), Galiotto (vinho, espumante e suco), Lidio Carraro (vinho e espumante), Miolo (vinho e espumante), Irmãos Molon (vinho e espumante), Peterlongo (vinho e espumante), Pizzato (vinho e espumante), Salton (vinho e espumante), Terragnolo (suco) e Villagio Grando (vinho). No último Sial, também em Paris, em 2008, foram prospectados US$ 500 mil em negócios por quatro empresas, Courmayer, Don Laurindo, Lidio Carraro e Miolo. “Foi uma participação histórica, não só pela feira, mas pelos eventos paralelos realizados na Embaixada do Brasil em Paris e na sede da OIV”, destaca o diretor-executivo do Ibravin, Carlos Raimundo Paviani.A Miolo conquistou um novo cliente no off-trade para a França, concretizando a comercialização de US$ 100 mil no evento. “A participação na feira foi importante para melhorar a visibilidade dos nossos produtos na França e na Europa”, diz Fabiano Maciel, da Miolo. A Pizzato ganhou ingresso no mercado dinamarquês e fechou negócios no valor de US$ 10 mil com a Irlanda. “Conseguimos consolidar alguns contatos na Europa, buscar novos contatos para negócios e ainda conhecer os produtos dos concorrentes”, avalia Flávio Pizzato. A participação das vinícolas verde-amarelas no Sial 2010 foi organizada pelo Ibravin, através do projeto Wines of Brasil, realizado com parceria com a Apex-Brasil. O apoio foi do Sebrae, Secretaria Estadual de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais (Sedai) e Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). As empresas de suco de uva 100% natural pronto para beber foram levadas ao Sial 2010 pelo Programa de Desenvolvimento Setorial do Suco de Uva, desenvolvido pelo Ibravin e pelo Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), junto com a Apex-Brasil. “Foi um bom começo, mas temos muito a avançar na divulgação do nosso suco de uva 100% natural, que não tem adição de água nem de açúcar”, fala a coordenadora de projetos do Ibravin, Raquel Rohden. “Dos US$ 900 mil em negócios prospectados na feira, US$ 200 mil são em suco de uva”, informa.
“Feira muito importante para a divulgação do vinho brasileiro, servindo como vitrine global. Também permitiu prospecção de negócios em diversos continentes, África e Ásia principalmente”, avalia Vagner Montemaggiore, que junto com Vinícius Santiago esteve no Sial 2010 representando a Salton.“A feira foi importante para divulgar o produto para o trade e buscar importador para a França e outros países. A parceria com a Abiec foi fundamental para ampliar nossa presença no evento, bem como a degustação em parceria com Embaixada do Brasil na OIV, com um público de mais de 100 pessoas do trade e formadores de opinião de vinhos”, avalia Juciane Casagrande, da Casa Valduga.“Iniciamos este ano a prospecção do mercado externo. Assim, na feira pudemos verificar preços, qualidade e quais os mercados são mais adequados a empresa”, comentam Lucas Sott e Andre Fioresi, representantes da Peterlongo.“O Sial é uma feira importantíssima para a construção da imagem do vinho brasileiro, mesmo não sendo focada em vinho e não gerando muitos contatos. O evento de degustação na OIV, em parceria com Embaixada do Brasil, certamente dará bons frutos para as vinícolas brasileiras”, acredita Patrícia Carraro, da Lidio Carraro.
“Uma boa feira, com um público bem diversificado, que aceitou bem nossos produtos, tanto o vinho como suco de uva”, comenta Leonardo Sauter, da trading Cosmopolitan, que representou as empresas Boscato, Catafesta, Galiotto, Irmãos Molon, Terragnolo e Villagio Grando. Segundo Sauter, o suco de uva orgânico foi bastante elogiado.

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