O ano termina com um importante evento para as vinícolas nacionais. Na segunda-feira, 21 de dezembro, empresários do setor participaram de jantar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além de apresentar a Lula os produtos brasileiros premiados, a situação do mercado nacional do vinho ocupou boa parte da pauta. O encontro aconteceu no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, e o jantar foi preparado por sete chefs brasileiros.
No jantar, promovido pela Apex-Brasil, o presidente Lula recebeu as reivindicações do setor vitivinícola, harmonizadas com vinhos e espumantes brasileirosSeis reivindicações do setor vitivinícola brasileiro foram contempladas em um documento com as cobranças de 74 consórcios exportadores entregue pelo presidente da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Alessandro Teixeira, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O jantar preparado foi harmonizado com seis vinhos e espumantes brasileiros de quatro vinícolas indicadas pela Apex-Brasil para representar o setor no evento – Aurora, Casa Valduga, Miolo e Salton. O encontro reuniu 20 ministros, o governador Sérgio Cabral e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. O presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Denis Debiasi, liderou a comitiva do setor vitivinícola, que teve ainda a participação de Daniel Salton (presidente da Salton), Juarez Valduga (diretor da Casa Valduga), Marcelo Toledo (CEO da Miolo Wine Group) e Alem Guerra (diretor-geral da Aurora). No local, foram expostos seis dos 188 produtos premiados pelo Brasil em 36 concursos internacionais realizados até novembro deste ano. O balanço das medalhas conquistadas pelo Brasil mundo afora já soma 2.084 premiações desde 1995. Os pleitos do setor vitivinícola contemplam a redução da carga tributária; a desoneração das exportações; a mudança da política cambial; a ampliação das ações de promoção das exportações; o apoio ao Programa de modernização e inovação da vitivinicultura; e o incremento da participação do Brasil na OIV (Organização Internacional do Vinho). “Levamos as nossas angústias e também as sugestões do setor ao conhecimento do presidente Lula, visando aumentar a competitividade e o crescente aumento de qualidade dos vinhos brasileiros”, disse o presidente do Ibravin, Denis Debiasi.
O jantar preparado por sete chefs brasileiros teve o espumante Prosecco da Salton e o Brut da Aurora servidos na hora dos coquetéis, junto com caipirinhas de frutas típicas do país. A entrada foi servida com o vinho branco Sauvignon Blanc da Miolo. Os pratos com frangos e massas tiveram a companhia do Chardonnay da Casa Valduga. A carne foi guarnecida pelo Merlot da Miolo. E a sobremesa foi acompanhado do espumante rosé da Salton.
As reivindicações
Redução da carga tributária – esta medida se faz necessária para dar maior competitividade interna. Em países como Argentina, Chile e membros da Comunidade Européia, que são grandes produtores, os vinhos, por serem um produto de base agrícola e ter grande capacidade de geração de emprego e renda, não têm tributos nas fases de produção da uva e elaboração do vinho. Isto estabelece uma diferença competitiva importante, muito mais favorável a importação do que a exportação.
Desoneração das exportações – mesmo que os principais impostos seja deduzidos nas exportações, pelo mesmo motivo exposto no item anterior, nossos produtos ainda apresentam problemas de competitividade, inclusive nas exportações, sendo necessário ampliar os mecanismos de desoneração das importações.
Taxa cambial – a valorização do Real traz problemas duplos para o setor vitivinícola, pois favorece as importações e dificulta as exportações. Ambas as situações penalizam a indústria brasileira de vinhos.
Ampliação das ações de promoção das exportações – investimentos na construção e fortalecimento da imagem do país no que tange aos aspectos vitivinícolas, articulação das ações e de uso promocional dos produtos vitivinícolas nas Embaixadas e ampliação de recursos de promoção pela APEX Brasil.
Programa de modernização e inovação da vitivinicultura – ação articulada e interministerial envolvendo os ministérios da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, juntamente como o setor produtivo, para implementação de um programa de modernização e inovação da vitivinicultura.
Participação do Brasil na OIV – Ampliar e consolidar a participação do Brasil na Organização Internacional da Uva e do Vinho (OIV), da qual o Brasil é membro desde 2005, possibilitando que o setor privado tenha participação de apoio e sustentação às ações desenvolvidas pelo Ministério da Agricultura e MRE. A OIV é um organismo intergovernamental que discute e estabelece regramentos para a produção, comércio e consumo de vinhos.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
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