Uma campanha institucional denominada “Vinhos do Brasil, uma boa escolha” estará sendo veiculada até 10 de agosto de 2008 em rede nacional de Televisão. A emissora escolhida para a campanha é a Rede Globo e a meta, com a campanha, é de que a mensagem chegue a pelo menos 60 milhões de telespectadores. A ação de divulgação é coordenada pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Fundado há 10 anos pelas principais instituições representativas do setor produtor de uvas, indústrias e cooperativas vinícolas localizadas no Rio Grande do Sul, Estado maior produtor de vinhos do Brasil, o Ibravin tem por objetivo o ordenamento e a promoção do setor e dos produtos vitivinícolas.
A campanha “Vinhos do Brasil, uma boa escolha” tem por objetivo promover os vinhos brasileiros, comunicar a evolução qualitativa da vitivinicultura brasileira e apresentar situações de consumo de vinhos e espumantes. O VT, produzido pela GTEC e criado pela Base de Comunicação apresenta, em três versões, cenas de vinhedos, cultivo da videira, elaboração de vinhos e, ao final, três situações de consumo: uma refeição em família, executivos em um happy hour e jovens comemorando uma vitória esportiva. A escolha da mídia eletrônica se deu com o objetivo de massificar a mensagem, a qual pretende atingir consumidores de vinhos e prospectar novos consumidores. A campanha complementa-se ainda com anúncios publicitários inseridos nas publicações especializadas ligadas ao setor de vinhos. As vinícolas, por sua vez, estarão trabalhando junto aos canais de distribuição para disponibilizar aos consumidores os vinhos brasileiros, que estarão identificados com um Tag que apresenta a logomarca e slogan da campanha.
Com a crescente qualificação dos produtos brasileiros, fruto dos investimentos em novas variedades, novas formas de condução de vinhos e implantação de tecnologias em processos enológicos e equipamentos mais modernos, o setor vinícola gaúcho e brasileiro apresenta uma diversidade e variedade de produtos para agradar os diferentes consumidores e, principalmente, em diferentes faixas de preços. Fazer com que o consumidor descubra e comprove o aumento da qualidade dos vinhos brasileiros é o principal objetivo da campanha.
As principais dificuldades do setor, hoje, estão relacionadas à queda na comercialização do vinho, produto de maior volume e importância econômica na cadeia produtiva. Soma-se a esta dificuldade o aumento da produção de uvas nos últimos anos, impulsionadas pela falta do produto no final da década de 90. Como conseqüência dá-se o aumento dos estoques de vinhos, que colocam em risco a comercialização de uvas na próxima safra. Para ampliar o quadro das dificuldades tem-se a valorização do real em relação ao dólar que facilita ainda mais as importações aumentando a concorrência com os vinhos finos brasileiros.
Na categoria de vinhos de mesa, proliferou-se nas regiões sudeste e nordeste do país a produção e comercialização de sangrias e coquetéis que assemelham-se ao vinho – tem cor, aroma e gosto de vinhos – e buscam confundir o consumidor menos esclarecido. A introdução do selo de controle fiscal para estas bebidas, a qual vai entrar em vigor a partir de 1º de julho, foi uma das conquistas do setor vitivinícola, objetivando diminuir a concorrência e a produção ilegal destes produtos.
As estratégias de desenvolvimento do setor estão descritas no Programa Visão 2025, que prevê ações de qualificação da produção, construção de imagem dos produtos brasileiros e fortalecimento da presença dos vinhos e sucos nos mercados interno e externo.
Neste momento o Ibravin está formulando um programa de modernização da viticultura que pretende qualificar a produção de uvas e tornar os vinhedos mais competitivos. Depois dos debates internos o programa será apresentado para as autoridades governamentais para definições de fontes de financiamento deste programa.
Para ampliação da participação de mercado dos produtos brasileiros, além da campanha de promoções no mercado interno, o Ibravin gerencia o projeto de exportação Wines from Brazil, em cooperação com a Apex-Brasil, que neste ano tem programadas mais de 20 ações promocionais nos Estados Unidos, Inglaterra, Canadá, Alemanha, República Tcheca, Finlândia, Emirados Árabes, Cingapura e China.
A negociação de tarifas de importação que dificultem a entrada de vinhos de baixo preço, os quais geralmente contam com subsídios e, portanto, tem sua competitividade ampliada é outra estratégia adotada pelo setor. Em coordenação com a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Viticultura, Vinhos e Derivados, o setor busca o apoio do governo federal para revisão dos acordos com o Chile, equilíbrio das relações com o Mercosul, disciplinar as importações com terceiros países e maior controle e eliminação do descaminho.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário