Presidente Dilma
Rousseff na abertura da Festa da Uva
Foto Martha Caus/Ibravin.
A presidenta da
República, Dilma Roousseff fez anúncios de interesse do setor vitivinícola durante
discurso de abertura da 30ª Festa Nacional da Uva, em Caxias do Sul, no início
da semana passada. Decreto que regulamenta a Lei do Vinho estava para ser
publicado desde 2008 e preço mínimo foi definido em dezembro
A presidenta da
República, Dilma Rousseff, anunciou
publicação do decreto que regulamenta a Lei do Vinho e da portaria do
preço mínimo para a safra da uva de 2014. A chefe do executivo discursou na
abertura da Festa da Uva, na tarde de quinta-feira, 20 de fevereiro, em Caxias
do Sul. Dilma informou que os valores de referência a serem pagos para os
produtores de uva, tendo como base de tabela a variedade Isabel a R$ 0,63 o
quilo, foi publicado hoje no Diário Oficial da União. Já a versão atualizada do
decreto que regulamenta a Lei do Vinho foi anunciada para esta sexta-feira. Os
dois itens constam do documento que foi entregue à presidenta no mesmo ato com
pleitos do setor vitivinícola pelo presidente do Conselho Deliberativo do
Ibravin, Moacir Mazzarollo, e outras lideranças da cadeia produtiva. A comitiva
também entregou uma cesta contendo o vinho oficial da Copa do Mundo, um
espumante e um suco de uva elaborado por agricultores familiares.
Em seu discurso, a presidenta justificou as medidas afirmando que os vinhos e sucos brasileiros têm sido reconhecidos pela qualidade, tanto no mercado interno quanto no externo. “Vocês têm na presidenta uma parceira do setor”, garantiu. Dilma lembrou, ainda, das políticas do governo federal de escoamento da produção e de financiamento para os produtores de uva.
Em seu discurso, a presidenta justificou as medidas afirmando que os vinhos e sucos brasileiros têm sido reconhecidos pela qualidade, tanto no mercado interno quanto no externo. “Vocês têm na presidenta uma parceira do setor”, garantiu. Dilma lembrou, ainda, das políticas do governo federal de escoamento da produção e de financiamento para os produtores de uva.
Para o
presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Moacir Mazzarollo, os anúncios
vêm ao encontro de alguns dos principais pleitos do setor contidos no documento
entregue à presidenta. “Ficamos felizes com as publicações da Lei do Vinho e do
preço mínimo porque dão segurança e garantias para os produtores de uva. É
importante reconhecermos esse esforço e também lembrar que temos ainda demandas
que precisam ser encaminhadas com o apoio do governo federal”, disse.
O decreto
anunciado pela presidenta é um antigo pleito do setor, que vem aguardando sua
publicação desde 2008. Ele fará o detalhamento da lei que foi atualizada em
2004, com a internalização do Código Vitivinícola do Mercosul à legislação
brasileira.
Como exemplo
prático, com o decreto passam a ser reconhecidas zonas de produção vitivinícola
em 10 estados do país. Atualmente, eram reconhecidas apenas regiões no Rio
Grande do Sul e no Vale do São Francisco. Outro benefício para a cadeia
produtora será a regulamentação de quesitos qualitativos nos vinhos, abrindo a
possibilidade de uso de termos comoReserva e Gran Reserva nos rótulos.
“Há muito tempo vínhamos solicitando e trabalhando para que o decreto fosse
publicado. Foi uma grata surpresa para o setor receber esta notícia”, comemorou
o diretor executivo do Ibravin, Carlos R. Paviani.
Carta
entregue pelo setor reconhece avanços e aponta demandas
O documento
entregue à presidenta Dilma na Festa da Uva reconhece as políticas de apoio à
vitivinicultura, mas também aponta itens que precisam avançar na agenda do
governo federal para o setor. A ampliação da competitividade é mencionada como
uma das necessidades mais urgentes do setor. Para isso, o documento solicitou
respaldo do governo para a inclusão das micro e pequenas empresas vinícolas no
Simples Nacional, regime simplificado de tributação. A medida já foi aprovada
pela Comissão Especial que analisa o tema no Congresso Nacional, mas ainda não
foi votada pelo plenário.
Já para a
qualificação da produção, a carta cita a implantação do Programa de
Modernização da Vitivinicultura (Modervitis), inserido como ação no Plano
Brasil Maior. O programa prevê a renovação de vinhedos e reestruturação de
vinícolas através de financiamentos e assistência técnica em vitivinicultura,
além de instrumentos de regulação de estoques.
Do setor
vitivinícola, estiveram presentes, além do presidente do Conselho Deliberativo
do Ibravin, Moacir Mazzarollo, o vice-presidente e o diretor executivo, Dirceu
Scottá e Carlos R. Paviani, respectivamente. O diretor executivo da Federação
das Cooperativas Vinícolas do Estado do RS (Fecovinho), Hélio Marchioro, o
diretor executivo da Associação Gaúcha de Vinicultores (AGAVI), Darci
Dani, o presidente da Associação Brasileira de Fabricantes de Suco
(Abrasuco), José Carlos Stefenon, o presidente da Comissão Interestadual da
Uva, Olir Schiavenin, o presidente do Sindicato da Indústria do Vinho do
Rio Grande do Sul (Sindivinho), Gilberto Pedrucci, e dirigentes dos
sindicatos de trabalhadores rurais da região.