O jornalista Aldo Renato Souza, gaúcho há muitos anos radicado junto ao poder, em Brasília, mandou mensagem manifestando sua dúvida sobre a qualidade da safra gaúcha de vinho. Diz que toda a vez que ouve que a safra será boa, depois vai provar os vinhos e não vê grande diferença. Comentei com ele que, ao menos as uvas deste ano, são de altos graus de açúcar. A qualidade dos vinhos dependerá dos enólogos.
E, sobre a informação que o Blog estava voltando depois de quatro meses de férias, comentou: “Lá em Ijuí o pessoal diria: esse pessoal da fronteira não tem jeito.......”
Para informar o Aldo Renato: Mais uma indicação de que os espumantes da safra 2008 serão maravilhosos, frescos, perfumados e aromáticos: a vinícola Salton encerrou a safra de uvas chardonnay com 1,4 milhão de quilos, crescimento de 220% em relação a 2007, e o enólogo Lucindo Copat diz que os dias quentes e as noites frias, com pouca chuva, garantiram uma uva sadia e perfumada. Maior produtora de espumantes do país e líder na comercialização do produto há quatro anos consecutivos, a empresa prevê um acréscimo de 800 mil garrafas de espumantes finos em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a 4,4 milhões de garrafas neste ano.
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2 comentários:
Ucha, realmente é algo de se pensar. Como diz o Javier , enólogo dos Carrau no Cerro do Chapeu, o problema é o que eles fazem quando esta uva toda vai para o barril (ou quando os barris vão para o corte e garrafa). Veja o caso da tua querida Almadén : vinhas velhas (30 anos) de varietais nobres (riesling renano, cabenet sauvignon, merlot..), cantidad de dias abaixo de 10°C concentrando qualidade, verões secos, amplitude térmica acima de 15°C, alto teor de açucar, alto grau alcoólico. Capital não lhes falta desde os tempos da Almadén, passando pela Seagrams e agora a Pernod Ricard.
E os vinhos resultantes? Que decepção!
Só se pode compreender se a hipótese for a de que realmente não estão fazendo vinhos, como a Globo, Record e SBT não fazem televisão. Estão fazendo dinheiro!
Sem paixão do produtor pelo vinho não há vinho...
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