Jornalistas e críticos de vinhos estrangeiros trazidos ao Rio Grande do Sul pela Apex-Brasil e pelo Ibravin para degustarem vinhos gaúchos saíram daqui impressionados. No primeiro dia da programação do Projeto Imagem, promovido pelo Wines from Brazil (WFB), jornalistas internacionais ficaram impressionados com a qualidade dos vinhos brasileiros. O grupo, formado por 12 jornalistas de oito países (Canadá, Estados Unidos, Alemanha, República Tcheca, Singapura, Inglaterra, França e Suíça), participou de um seminário que abordou temas relacionados à vitivinicultura brasileira e às estratégias de promoção do vinho e espumante brasileiro no mercado externo, encerrando com degustação de vinhos das vinícolas participantes do projeto. Após a degustação, os jornalistas estrangeiros juntamente com representantes da imprensa nacional participaram de um coquetel onde puderam estar em contato com as 28 empresas que fazem parte do WFB. O evento foi realizado, dia 04, no Hotel Villa Europa, no Vale dos Vinhedos.
Os 12 jornalistas permaneceram na região até o dia 08 de março. A agenda do grupo teve intensa programação que inclui visitação às vinícolas Lídio Carraro, Miolo, Pizzato, Don Laurindo, Casa Valduga, Salton, Dal Pizzol, Boscato, Monte Reale, Panizzon, Perini, Cooperativa Garibaldi e Marson e também à Embrapa Uva e Vinho.
De acordo com a Gerente de Promoção Comercial do WFB, Andreia Gentilini Milan, o sucesso do projeto pode ser medido pelo crescente interesse das vinícolas brasileiras. Ela acredita que a intenção de alcançar 30 empresas até o final deste ano será atingida em breve, uma vez que ontem mesmo já foi confirmada a inclusão de uma nova empresa no WFB. “O nome da mais nova participante, no entanto, só será divulgado após a oficialização da adesão. Esta é a primeira ação do Wines from Brazil no ano e já contamos com 29 vinícolas”, comemora.
Mas eu posso antecipar o nome da nova vinícola no Wines From Brazil: Dom Cândido.
A apresentação dos 10 vinhos representativos das empresas do projeto foi feita pelo pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, Doutor Celito Guerra, que contextualizou os produtos com a palestra “O Brasil Vitivinícola e suas Regiões Produtoras”. Animada com o que viu, a jornalista Nicole Barrete Ryan, do Canadá, disse que gostou muito dos assemblage. “Tive uma agradável surpresa com o que vi e com o que degustei”, destacou. April Cullom, também dos Estados Unidos, acredita que o futuro do Brasil está diretamente ligado a elaboração de vinhos a base de cortes.
Outra impressão positiva dos vinhos brasileiros quem teve foi o jornalista americano Manos Angelakis. Editor e crítico de vinhos, ele disse que o Chardonnay número 1 do mundo está na Grécia, mas o segundo está no Brasil.
O Diretor Executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Paviani, que falou sobre a “Caracterização da Vitivinicultura Gaúcha e Brasileira”, apresentou dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e do Cadastro Vitícola que mostram a existência de 1.162 vinícolas distribuídas em 22 estados brasileiros, sendo 702 somente no Rio Grande do Sul, o que comprova a representatividade do Estado no setor. “Este número cresceu 60% em seis anos, subindo de 439 em 2001 para 702 empresas em 2007”, relatou.
A quantidade de uvas viníferas industrializadas no Estado no mesmo período também teve expressivo aumento. Os 50,01 milhões de quilos industrializados em 2001 passaram para 72,15 milhões de quilos em 2007, um acréscimo de 45%, o que mostra que o país vem apostando na elaboração de vinhos finos e espumantes. A qualidade vem sendo reconhecida no mundo inteiro. Prova disso são as 1.600 medalhas conquistadas em concursos internacionais de vinhos desde 1995. Paviani também destacou que apesar de ainda ser considerado baixo, principalmente em relação a países da Europa, além dos vizinhos Argentina e Chile, o consumo per capita de vinhos e derivados no Brasil aumentou 45% de 1993 a 2005, quando chegou a 2 litros.
Com a meta de aumentar o volume médio de exportações do Wines from Brazil de US$ 2,3 milhões em 2007 para US$ 3 milhões em 2008 e US$ 5 milhões em 2009, o projeto também atua para ampliar o número de países de destino dos vinhos do Brasil passando de 20 para 30 nos próximos dois anos. Segundo Andreia Gentilini Milan, a Alemanha, a Inglaterra e os Estados Unidos estão entre os mercados alvo. “Hoje, 14 vinícolas do WFB exportam, sendo que o projeto busca atingir 20 até dezembro de 2009”, salientou.
Boscato Indústria Vinícola, Casa Valduga, Cave Marson, Champagne Georges Aubert, Cooperativa Vinícola Aurora, Cooperativa Vinícola Aliança, Cooperativa Vinícola Garibaldi, Fante Indústria de Bebidas, Irmãos Molon, Lovara Vinhos Finos, Miolo Wine Group, Panizzon, Pizzato Vinhas & Vinhos, Sociedade de Bebidas Mioranza, Sulvin Indústria e Comércio de Vinhos, União de Vinhos do Rio Grande, Velha Cantina, Vinhos Don Laurindo, Vinhos Salton, Vinícola Boutique Lídio Carraro, Vinícola Cordelier, Vinícola Cordilheira de D’Santanna, Vinícola Courmayer, Vinícola Dal Pizzol, Vinícola Panceri, Vinícola Perini, Vinhos Monte Reale, Vinícola Mena-Kaho e, agora, Dom Candido
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