sábado, 15 de março de 2008

Denominação de Origem Controlada

Os vitivinicultores do Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, estão entusiasmados com o rápido andamento do processo para a conquista da Denominação de Origem para os vinhos produzidos na região. Segundo Lídio Ziero, presidente da Vinícola Cordelier, que foi um dos fundadores da Aprovale, associação que reúne os produtores do vale e comanda a reivindicação junto aos órgãos competentes, a decisão deverá ser conhecida antes de 2010, dando o grande impulso que o setor precisa, depois de ter reconvertido seus parreirais e passado a produzir vinhos e espumantes de alta qualidade.
Os vinhos do vale já têm a Indicação de Procedência. A tendência, depois de conquistada a DOC, será de que duas uvas predominem nos vinhos do Vale dos Vinhedos, a cabernet sauvignon e a merlot, com 60%, ficando os outros 40% para as demais cultivadas na região. O trabalho está sendo desenvolvido em conjunto com a Aprovale, com a Universidade de Caxias do Sul, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Embrapa Uva e Vinho, contando com o apoio da Finep - Financiadora de Estudos e Pesquisas.
Concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), a Denominação de Origem traduz as características do solo, vinho e tratos culturais da região e facilita a comercialização internacional dos vinhos. A Cordelier, como as demais empresas, está entusiasmada com a qualidade da safra 2008, segundo o enólogo e diretor Dario Crespi. Anunciou o lançamento de um vinho com uvas ancellotta e um Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2005, na linha Dom Ziero, e comemorou a excelente receptividade que obteve um Vintage Licoroso Clássico, safra 2002, preparado com quatro uvas, que ele não revela quais, e que passou 36 meses em barrica de carvalho. Tem 18° de álcool e chegou ao mercado por R$ 43,00.

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