Dia 18 de dezembro, pela manhã, ocorreu o lançamento da edição 2005/2007 do Cadastro Vitícola do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Publicado na forma de CD, o material apresenta detalhadamente toda a produção de uvas do Estado. A primeira edição do Cadastro Vitícola do Rio Grande do Sul foi publicada em 1995. Desde então, já foram divulgadas outras duas edições (1995-2000, 2001-2004). A nova edição, realizada pela Embrapa Uva e Vinho, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa), apresenta informações inéditas referentes aos anos de 2005, 2006 e 2007 e é resultante de um repasse adicional de recursos do MAPA à Embrapa.
“O envio ou o preenchimento online do cadastro vitícola já está incorporado a cultura dos viticultores do Estado. Sempre ao término da safra, faz parte da rotina dos produtores o fornecimento dos seus dados de produção”, comenta a pesquisadora da Embrapa Uva e Vinho e coordenadora técnica do Cadastro, Loiva Ribeiro de Mello. A coordenadora destaca que o Cadastro é um instrumento indispensável para dar suporte à fiscalização de vinhos e demais produtos vitícolas, ao desenvolvimento da pesquisa vitivinícola e, em especial, ao progresso do Setor Vitivinícola.
O secretário da Agricultura, João Carlos Machado, destaca o papel estratégico do Cadastro Vitícola. “As informações contidas neste material são fundamentais para todo o trabalho de fiscalização realizado pelos técnicos do Departamento de Produção Vegetal”, afirma. Para o secretário, como o Rio Grande do Sul possui um controle bastante apurado da sua produção, tanto de uva como de vinhos e sucos, a qualidade dos produtos gaúchos é genuína e facilmente comprovada.
Para o presidente do Conselho Deliberativo do Ibravin, Denis Debiasi, o cadastro tem importância fundamental, pois "nos permite conhecer com profundidade o setor e sua evolução, o que possibilita formular com mais profundidade as políticas do setor".
Além das entidades parceiras responsáveis pela realização do Cadastro, todos os anos a atualização dos dados cadastrais conta com o importante apoio dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais e da Emater.
As informações obtidas a partir do Cadastro Vitícola aliadas a outras disponíveis e a informações particulares das empresas produtoras de uvas possibilitam a construção de cenários para a tomada de decisão da iniciativa privada e pública, em prol do desenvolvimento da vitivinicultura do Estado do Rio Grande do Sul.
Em 2007, a área vitícola do estado foi de 38.505,23 ha. Em comparação ao primeiro ano de sua realização, 1995, houve incremento de 58,33% na área total de vinhedos do Estado, representando crescimento em torno de 4% ao ano. Para as cultivares viníferas, usadas para elaboração de vinhos finos e espumantes, o incremento foi de 63,61%.
Os municípios com maior área cultivada de videiras são Bento Gonçalves (5.920,36 ha), Flores da Cunha (4.716,12 ha), Farroupilha (3.892,26 há), Garibaldi (3.178,16 ha) e Monte Belo do Sul (2.242,76 ha).
De 1995 a 2008, ocorreu o ingresso de novos municípios produtores de uvas, como Candiota, a partir de 2005, Encruzilhada do Sul (2002), Bom Jesus (2001), Cristal do Sul (2005), Montenegro (2002) e Rosário do Sul (2007).
A tradicional uva Isabel, cultivar híbrida, cobre mais de um quarto da superfície vitícola do Estado, com 10.692,10 ha, em 2007. Esta cultivar tem triplo propósito, suco, vinho de mesa e consumo in natura. Desta cultivar surgiu o clone Isabel Precoce, que em apenas cinco anos de difusão já apresenta 201,84 ha.
As cultivares do grupo das viníferas tiveram aumento importante na área, passando de 4.606,45 ha, em 1995, para 7.536,21 ha, em 2007. Dentre as cultivares viníferas se destacaram em 2007, pela ordem, Cabernet Sauvignon, Merlot, Moscato Branco, Chardonnay, Tannat, Cabernet Franc e Riesling Itálico, com 1.868,48 ha, 1.089,45 ha, 776,84 ha, 642,08 ha, 421,38 ha, 352,57 ha e 335,46 ha, respectivamente.
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