segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Avaliação sensorial de uvas de mesa do sertão nordestino define o melhor período de colheita

 Uma parceria entre a Faculdade de Tecnologia Termomecanica (FTT), mantida pela Fundação Salvador Arena, e a Bayer CropScience, unidade de agronegócios do Grupo Bayer, está redirecionando os padrões de colheita das uvas produzidas em Petrolina, no sertão pernambucano. A ação visa identificar a aceitação, a preferência e a intenção de compra de uvas de mesa, das variedades Thompson e Crimson, por meio de análise sensorial realizada junto a um grupo de consumidores.
Amostras de uvas foram cuidadosamente selecionadas em Petrolina e enviadas para a Faculdade de Tecnologia Termomecanica, onde foram avaliadas por professores e universitários do Curso Superior de Tecnologia em Alimentos. As frutas passaram por três testes: de aceitação, em que são analisados o dulçor, sabor, acidez, suculência, firmeza e aparência; de intenção de compra e de preferência, no qual os tipos são ordenados de acordo com a preferência.
Para a análise da variedade Thompson participaram 131 consumidores (55,7% mulheres e 44,3% homens), já para as uvas Crimson foram recrutados 130 consumidores (48,5% mulheres e 51,5% homens). O resultado revelou que, para ambas as variedades, houve predileção pelas amostras com maior índice de maturação, em função do dulçor mais acentuado e da menor acidez.
A partir destas avaliações, o produtor pode planejar melhor o momento da colheita, de acordo com o brix - termo usado para classificar o nível de açúcar do fruto - dependendo do tempo de maturação. Fabrício Rezende, gerente de Serviços da Bayer CropScience, explica que o serviço é uma ferramenta do programa Mais Qualidade, que a empresa oferece para seus clientes. “O resultado dessa análise vai ajudar o produtor a colocar no mercado o tipo de uva que o consumidor gostaria de ter e, com isso, agregar valor ao seu produto”.
Já Newton Matsumoto, produtor da Coana e participante do Programa Mais Qualidade, informa que a avaliação permite uma classificação Premium para a uva, facilitando sua comercialização. “O mercado precisava de um parâmetro com termos técnicos para diferenciar uma uva Premium, que são as que têm de 80% a 90% de intenção de compra, das demais”.
A Faculdade de Tecnologia Termomecanica foi escolhida para atuar em parceria com a Bayer CropScience pela qualidade da educação oferecida. O Ministério da Educação reconheceu em 2009 o Curso de Tecnologia em Alimentos da FTT como o melhor do Brasil. Em 2012, última avaliação da área realizada pelo órgão, o curso foi classificado entre os cinco melhores do país e o mais bem avaliado do Estado de São Paulo.
“Os profissionais em formação precisam conhecer de perto a realidade do mercado de trabalho. Na FTT, desde o início da graduação, os alunos são beneficiados pelas parcerias com mais de 130 empresas e 14 agentes de integração de estágio. Esta é uma forma de prepará-los para o mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, de dividir o conhecimento com a comunidade, como é o caso dos produtores beneficiados no Sertão Pernambucano”, explica Wilson Carlos Júnior, diretor acadêmico da Faculdade. 
O estudo realizado em parceria com a Bayer faz parte do Programa Mais Qualidade, criado em 2007 com o objetivo de orientar o agricultor sobre o uso correto dos produtos de proteção de cultivo, oferecendo a eles apoio técnico diferenciado e colaborar para o fornecimento de frutos com qualidade superior ao mercado. Atualmente, o projeto atende mais de 900 produtores de abacaxi, melão, uva, maça e morango nos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, Tocantins e Rio Grande do Norte.

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