segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Agavi quer maior divulgação do vinho de mesa

Mesmo que as previsões apontem para mais uma safra de uva com excelente qualidade, o setor vitivinícola continua a enfrentar velhos problemas, entre eles a voraz carga tributária e os altos estoques de vinhos, somente para citar os mais evidentes. Diante deste quadro, o empresário Rogério Beltrame, recentemente escolhido para a presidência do Conselho Deliberativo da Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi), com sede em Flores da Cunha, avalia que as pequenas e médias vinícolas brasileiras são muito penalizadas, pois estão enquadradas como “indústrias de bebidas”, classificação que as colocam fora de mecanismos tributários como o Simples Nacional. “A legislação tributária é muito complexa, principalmente a substituição tributária, onde cada estado tem uma legislação com índices diferentes de ICMS e também por que muitos estados cobram uma taxa de “fundo de pobreza”recolhidos pelas vinícolas no ato de embarque da mercadoria”, explica Beltrame. O dirigente destaca as exigências ambientais, a legislação trabalhista, os custos de produção (embalagens) e de logística (transporte) como entraves importantes no crescimento das empresas.

Entendendo que está faltando uma efetiva campanha de promoção e divulgação dos vinhos de mesa, Rogério Beltrame afirma que as campanhas de divulgação estão mais focadas nos vinhos finos e nos espumantes.“Os dados revelam que o grande consumo de vinho, é o de mesa, principalmente o tinto suave. Avalio que está faltando orientação do setor de marketing das vinícolas junto às agências de publicidade para focar no consumo de vinho de mesa, que representa 86% do vinho engarrafado consumido”, finaliza Beltrame.

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