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Mulheres comandando empresas e países não é mais novidade para ninguém, muito menos no Brasil , o que se confirma desde a eleição da Presidente Dilma Roussef e da posse de Graça Foster na Petrobrás. O sexo feminino não é ainda maioria no primeiro escalão de empresas, mas sua presença vem crescendo exponencialmente. Há muito a expressão sexo frágil deixou de ser repetida e entrou na lista de jargões ultrapassados.
Em alguns setores a presença feminina ainda era tabu, mas isso tudo é passado. O universo do vinho, por exemplo, em que até pouco tempo era domínio essencialmente masculino, abriu espaço para as mulheres. Profissionais mostram que há tempos o mundo do vinho deixou de ser exclusivamente masculino.
Embora na região de Champagne Ardenne, viúvas dominassem a cena desde o século XVIII, em outros terroirs as mulheres eram coadjuvantes. Na última década o número de enólogas, proprietárias de terroirs e sommelières aumentou, e muito.
A consultora Gabriela Bigarelli, 31 anos, é um exemplo. Responsável pela carta de restaurantes badalados como Ruffino's, Dinho's, Maní, Maníoca, Figo, Tavares, Piano Piano a profissional foi a primeira jovem mulher a montar o portifólio de uma importadora, a Wine to Go.
Responsável por negociar com produtores, analisar comportamento dos consumidores, harmonizar vinhos com pratos preparados por chefs famosos, Gabriela, formada pelo Senac, iniciou sua carreira na Itália, participando de cursos, degustações, concursos e viagens a diversas vinícolas.
Seu maior desafio hoje, no entanto, não se refere nem a sua idade e nem por ser mulher, mas na firme atuação em um imenso mercado, como o brasileiro, nos segredos da enologia. "Há muitos mitos em relação ao vinho que devem ser quebrados", afirma a profissional, mas para quem já venceu muitas barreiras, as outras parecem suco de uva.
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