quinta-feira, 21 de março de 2013

Luiz Argenta: grande safra das uvas brancas e tintas



                  Além do raleio nos vinhedos, a seleção dos cachos é feita na vinícola após a colheita

                                Processo de vinificação é por gravidade
                  Uma dia de colheita nos vinhedos da propriedade da Luiz Argenta Vinhos e Espumantes

                                         Enólogo Edegar Scortegagna
                                         Fotos Gilmar Gomes

A Viníocola Luiz Argenta, em Flores da Cunha, encerrou a colheita das uvas projetando espumantes e vinhos brancos com qualidade superior e vinhos tintos com coloração intensa e boa longevidade. Foram 66 dias de inteira atenção à colheita da uva. Do primeiro cacho, colhido no dia 09 de janeiro, até as uvas mais tardias, selecionadas na sexta-feira, 15 de março, a rotina na Luiz Argenta Vinhos e Espumantes, na Região dos Vinhos dos Altos Montes, em Flores da Cunha, esteve inteiramente voltada para a vindima. Dentre as variedades cultivadas, a representatividade foi de 45% de tintas e 55% de brancas. Em ambas, a qualidade surpreendeu positivamente devido a baixa quantidade de potássio, característica que está diretamente ligada ao pH dos vinhos. O grande recorde de qualidade figurou entre as variedades brancas com ênfase para a Chardonnay, a Sauvignon Blanc e a Gewurztraminer. Já as tintas que mais se destacaram foram a Pinot Noir, a Cabernet Franc e a Merlot.
Com este desempenho, o enólogo da vinícola, Edegar Scortegagna, garante que os consumidores poderão provar na taça espumantes e vinhos brancos de excelente qualidade, além de vinhos tintos com coloração intensa e boa longevidade. “No geral, tivemos uma safra equivalente a de 2012, porém, com uma qualidade ainda superior entre as variedades brancas, o que projeta uma produção de vinhos brancos e espumantes de excelência”, destaca.
Conforme o enólogo, a primavera de 2011 e o verão de 2012 foram estações em que o clima seco se sobressaiu, influenciando no desenvolvimento da videira e também na safra 2013. Esse comportamento climático, explica Scortegagna, fez com que a videira apresentasse menor quantidade de radicelas que são aquelas pequenas raízes que saem pela raiz principal, responsável pela absorção de alguns componentes. “O resultado foi um desenvolvimento vegetativo com menor absorção de potássio das uvas, ou seja, baixo pH, o que favorece a elaboração de vinhos com coloração intensa e boa longevidade”.
O controle de qualidade de cada vinho e espumante elaborado pela Luiz Argenta inicia ainda no vinhedo com a poda verde e o raleio das uvas durante a maturação, o que permite dominar a produção priorizando a qualidade ao invés da quantidade. A safra 2013, assim como as demais, não ultrapassou 1,2 kg por planta, limite aceito pela vinícola. O processo continua com a seleção dos cachos na colheita e a seleção de cachos grãos nas esteiras, antes do início da vinificação por gravidade.
A vinícola cultiva em 55 de seus 140 hectares, uvas de 15 variedades viníferas. Cada safra resulta em cerca de 180 mil garrafas com lotes extremamente exclusivos que vão de 100 a 3 mil garrafas, para satisfação de Deunir Argenta, um dos proprietários da vinícola, que é bom de negócio e também bom de beber vinho. E só gosta de coisa boa.

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