Da França para a Grécia, vinhos do Brasil seguem conquistando prêmios

Apesar de tradicional, o 13th International Wine Competition of Thessaloniki, realizado na Grécia, se destaca porque é realizado numa região tradicional de produção de vinhos que faz parte da cultura grega há mais de 4000 anos. Os primeiros vestígios de produção de vinho na Grécia foram encontrados na Ilha de Creta, em meados da 3 º milênio aC., o que o diferencia em relação aos demais eventos do gênero realizados no mundo inteiro. Mais do que qualquer outro lugar, ele valoriza as variedades nativas, sem influência de outras regiões tradicionais de produção. Ou seja, muitas das uvas são da Grécia Antiga, cultivadas somente naquela região, o que torna ainda mais difícil conquistar um prêmio no certame diante da valorização e estímulo à produção local.
É justamente por isso que a Medalha de Prata conquistada por um vinho tinto brasileiro amplifica a importância do prêmio, reconhecido mundialmente. O concurso, realizado na cidade de Thessaloniki, ocorreu entre os dias 04 e 06 de março, reunindo 553 amostras de cinco países que foram degustadas por 28 degustadores, alguns bastante conhecidos e renomados no mundo do vinho tais como Tom Stevenson ( um dos mais importantes escritores sobre vinhos do mundo), Gray W. Blake, famoso wine Blogger dos Estados unidos, entre outros.
O diretor da Associação Brasileira de Enologia (ABE), João Carlos Taffarel, não só esteve representando o Brasil como também presidiu o concurso como delegado oficial da Organização Internacional da Uva e do Vinho (OIV). Como atribuição, ele fiscalizou a organização do concurso de acordo com as regras da entidade. Isso valoriza os profissionais enólogos brasileiros, que cada vez se destacam no mundo do vinho. Para Taffarel, esta característica particular do concurso, de enaltecer a região, engrandece ainda mais o evento, tornando-o muito mais rigoroso.
PREMIAÇÃO
Medalha de Prata
Aurora Reserva Merlot 2011 - Cooperativa Vinícola Aurora