segunda-feira, 19 de abril de 2010

Correspondência de Olyr Corrêa para Marco Danielle

Parkerized : Ultraripe grapes, overextracted, dense black colour, very few tannins, low acidity, residual sugar.
Marco,
como eu te falei, a afirmação foi: "pareceu-me parquerizado". E se referia a um Premium e um Secundum, que poderiam estava cozidos pelo calor na mala de um carro durante a Festa da Uva de 2006. Como essa figura do Robert Parker possui o "mau gosto de gostar do gosto" de pixe, alcatrão e asfalto no vinho, me ocorreu naquela ocasião a infeliz frase. É o problema dos críticos que engolem e não cospem. Se pasan de la raya.
A expressão já foi retirada na nossa última correspondência.
Assim que o frio inciar, seguirei para a campanha gaúcha, via Florianópolis e Porto Alegre. Isto deve ser lá pelo fim de maio, início de julho. Boa ocasião para provar os teus vinhos. Especialmente o pinot noir, de quem falam muito bem.
Tenho profunda intolerância pelo gosto do SO2 e do milho, o que me faz rejeitar a maioria dos vinhos e cervejas brasileiros. Acompanho com grande esperança e respeito as tuas experiências neste sentido.
Parabéns pelo bem sucedido que foi a tua viagem à Borgonha.
Um abraço

Olyr Corrêa, do Rio

Um comentário:

Vinhotopia disse...

O interessante da mensagem é o termo Parkerizado virar descritor de vinho. Veja quanta influência tem.
No restante, o Olyr foi só mais uma vítima da super proteção que o Marco Danielle dá a seus vinhos.
Mas isso é normal. Que pai não protege seus filhos?